domingo, 24 de fevereiro de 2019

Às vésperas do Carnaval de 1855...

Na segunda metade do século XIX, alguns jornalistas começaram a estimular a criação de carnavais que imitassem a sofisticação de Roma e Veneza, onde as pessoas saíam às ruas fantasiadas para tomar parte no corso (hoje desaparecido), que consistia num desfile de carros ou carruagens com capota arriada e com foliões fantasiados atirando confetes e serpentinas no público.
Um dos jornalistas que defendeu ardorosamente essa forma civilizada de Carnaval foi José de Alencar. Ele expressou tal ideia em sua coluna do Jornal Mercantil do Rio às vésperas do Carnaval de 1855. Foi assim, após a campanha jornalística aliada a constante ação repressora da polícia contra o violento Entrudo, que os desfiles de rua começaram a acontecer, além dos bailes restritos em hotéis, teatros, clubes, circos, palacetes e demais locais.
Em fila, ao longo do bairro da Glória, tendo o Pão de Açúcar como pano de fundo, ainda sem bondinho, carruagens e carros particulares passeavam enfeitados, como se fossem pequenas prévias dos grandes carros alegóricos de carnavais futuros. Nessas carruagens, as famílias – em geral fantasiadas – iam de um ponto ao outro da avenida, cumprimentando-se de uma maneira “carnavalesca”: jogavam confete uns nos outros, flores em pequenos ramos ou até mesmo serpentinas
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FOTO: Carruagens perfiladas na Batalha de Confete do Carnaval de 1907, organizada pelo jornal Gazeta de Notícias, na Avenida Beira-Mar, Rio de Janeiro. (Foto sem indicação de autor, Revista Kósmos, fevereiro de 1907)

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