É uma expressão que em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre
analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português.
Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu
se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu
medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o
índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de
rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio
as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos
portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e
raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos
índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos
portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".
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