Também conhecido como Massacre da Floresta de Katyn, foi uma execução em massa ocorrida durante a Segunda Guerra
Mundial contra oficiais poloneses prisioneiros de guerra, policiais e
cidadãos comuns acusados de espionagem e subversão pelo Comissariado do
Povo para Assuntos Internos (NKVD), a polícia secreta soviética,
comandada por Lavrentiy Beria, entre abril e maio de 1940, após a
rendição da Polônia à Alemanha Nazista. Através de um pedido oficial de
Beria, datado de 5 de março de 1940, o líder soviético Josef Stalin e
quatro membros do Politburo aprovaram o genocídio. O número de vítimas é
calculado em cerca de 22.000, sendo 21. 768 o número mínimo
identificado.
As vítimas
foram executadas na floresta de Katyn, na Rússia, em prisões em Kalinin e
Kharkov e em outros lugares próximos. Do total de mortos, cerca de 8
mil eram militares prisioneiros de guerra, outros 6 mil eram policiais e
o restante dividido entre civis integrantes da intelectualidade
polonesa - professores, artistas, pesquisadores, historiadores, etc -
presos sob a acusação de serem sabotadores, espiões, latifundiários,
donos de fábricas, advogados, funcionários públicos perigosos e padres.
Em 17 de setembro, a União Soviética começou sua própria invasão, de
acordo com os termos do Pacto Molotov-Ribbentrop ou Pacto de Não
Agressão Germânico-Soviético, assinado ainda nos últimos dias de paz. O
Exército Vermelho avançou rapidamente e encontrou pouca resistência, já
que os soldados poloneses haviam sido orientados por seu governo para
evitar o combate com os soviéticos. Entre 250 mil e 454 mil poloneses
foram feitos prisioneiros e internados em campos pela autoridades
soviéticas. Alguns deles foram libertados pouco tempo depois ou
escaparam, enquanto 125 mil foram aprisionados em campos sob controle da
NKVD. Destes, 42.400 soldados de etnia ucraniana ou bielorrussa que
viviam nas regiões da Polônia recém-incorporadas à URSS foram libertados
em outubro. Os 43 000 prisioneiros oriundos da Polônia ocidental, agora
sob domínio alemão, foram transferidos para a Alemanha. Em troca, a
Alemanha entregou 13.575 poloneses aos soviéticos.
Em 30 de
outubro de 1989, Gorbachev permitiu que uma delegação de centenas de
poloneses, organizada pela associação Familiares das Vítimas de Katyn,
visitasse o memorial em Katyn.
Em 13 de abril de 1990, no 47º
aniversário da descoberta das covas coletivas em Katyn, a União
Soviética formalmente expressou seu "profundo pesar" e admitiu a
responsabilidade da polícia secreta soviética pelos crimes. O dia 13 de
abril foi declarado mundialmente como o Dia da Memória de Katyn.
Bibliografia:
Polonia durante la Segunda Guerra Mundial, Ernie Trory. Crabtree Press Limited, Hove, 1983.
Rusia en guerra 1941-45, Alexander Werth. Barrie and Rockliff, Londres, 1964.
La Segunda Guerra Mundial, Winston S. Churchill. Castell & Co, Londres 1950-54
Seis siglos de relaciones ruso-polacas, W.P. and Z. Coates, Lawrence and Wishart. Londres, 1948.
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