segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Uma História pouco conhecida: O Massacre de Katyn.

Também conhecido como Massacre da Floresta de Katyn, foi uma execução em massa ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial contra oficiais poloneses prisioneiros de guerra, policiais e cidadãos comuns acusados de espionagem e subversão pelo Comissariado do Povo para Assuntos Internos (NKVD), a polícia secreta soviética, comandada por Lavrentiy Beria, entre abril e maio de 1940, após a rendição da Polônia à Alemanha Nazista. Através de um pedido oficial de Beria, datado de 5 de março de 1940, o líder soviético Josef Stalin e quatro membros do Politburo aprovaram o genocídio. O número de vítimas é calculado em cerca de 22.000, sendo 21. 768 o número mínimo identificado.
As vítimas foram executadas na floresta de Katyn, na Rússia, em prisões em Kalinin e Kharkov e em outros lugares próximos. Do total de mortos, cerca de 8 mil eram militares prisioneiros de guerra, outros 6 mil eram policiais e o restante dividido entre civis integrantes da intelectualidade polonesa - professores, artistas, pesquisadores, historiadores, etc - presos sob a acusação de serem sabotadores, espiões, latifundiários, donos de fábricas, advogados, funcionários públicos perigosos e padres.
Em 17 de setembro, a União Soviética começou sua própria invasão, de acordo com os termos do Pacto Molotov-Ribbentrop ou Pacto de Não Agressão Germânico-Soviético, assinado ainda nos últimos dias de paz. O Exército Vermelho avançou rapidamente e encontrou pouca resistência, já que os soldados poloneses haviam sido orientados por seu governo para evitar o combate com os soviéticos. Entre 250 mil e 454 mil poloneses foram feitos prisioneiros e internados em campos pela autoridades soviéticas. Alguns deles foram libertados pouco tempo depois ou escaparam, enquanto 125 mil foram aprisionados em campos sob controle da NKVD. Destes, 42.400 soldados de etnia ucraniana ou bielorrussa que viviam nas regiões da Polônia recém-incorporadas à URSS foram libertados em outubro. Os 43 000 prisioneiros oriundos da Polônia ocidental, agora sob domínio alemão, foram transferidos para a Alemanha. Em troca, a Alemanha entregou 13.575 poloneses aos soviéticos.
Em 30 de outubro de 1989, Gorbachev permitiu que uma delegação de centenas de poloneses, organizada pela associação Familiares das Vítimas de Katyn, visitasse o memorial em Katyn.
Em 13 de abril de 1990, no 47º aniversário da descoberta das covas coletivas em Katyn, a União Soviética formalmente expressou seu "profundo pesar" e admitiu a responsabilidade da polícia secreta soviética pelos crimes. O dia 13 de abril foi declarado mundialmente como o Dia da Memória de Katyn.
Bibliografia:
Polonia durante la Segunda Guerra Mundial, Ernie Trory. Crabtree Press Limited, Hove, 1983.
Rusia en guerra 1941-45, Alexander Werth. Barrie and Rockliff, Londres, 1964.
La Segunda Guerra Mundial, Winston S. Churchill. Castell & Co, Londres 1950-54
Seis siglos de relaciones ruso-polacas, W.P. and Z. Coates, Lawrence and Wishart. Londres, 1948.

Nenhum comentário:

Postar um comentário