“A mulata aqui representada é da classe dos artífices abastados. Sua
filhinha abre a marcha conduzindo pela mão o pequeno negrinho, seu bode
expiatório a seu serviço particular; vem em seguida a pesada mulata, em
lindo traje de viagem, que se dirige a pé para o sítio situado num dos
arrabaldes da cidade. Sua negra escrava de quarto, a segue carregando
seu passarinho predileto.
(...) Logo em seguida vem uma negra de serviço, com o gongá, cesto que contém todo resto do guarda-roupa da senhora. A terceira escrava, um pouco menos cuidada, carrega o leito da senhora, elegante colchão enrolado numa esteira fabricada em Angola (muito bem imitada na Bahia). A quarta, encarregada de trabalhos mais pesados, uma lavadeira quase sempre grávida, carrega os pertences de suas companheiras. A negra jovem que segue humildemente o cortejo, carrega a provisão de café torrado e a coberta de algodão com que se cobre à noite para dormir”.
Fonte: BANDEIRA, Júlio & LAGO, Pedro Corrêa do. Debret e o Brasil. Obra completa. Rio de Janeiro: Capivara, 2008.
(...) Logo em seguida vem uma negra de serviço, com o gongá, cesto que contém todo resto do guarda-roupa da senhora. A terceira escrava, um pouco menos cuidada, carrega o leito da senhora, elegante colchão enrolado numa esteira fabricada em Angola (muito bem imitada na Bahia). A quarta, encarregada de trabalhos mais pesados, uma lavadeira quase sempre grávida, carrega os pertences de suas companheiras. A negra jovem que segue humildemente o cortejo, carrega a provisão de café torrado e a coberta de algodão com que se cobre à noite para dormir”.
Fonte: BANDEIRA, Júlio & LAGO, Pedro Corrêa do. Debret e o Brasil. Obra completa. Rio de Janeiro: Capivara, 2008.
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