22
de dezembro de 1988 Em Xapuri, no Acre, morria Francisco Alves Mendes
Filho, conhecido como Chico Mendes. Nascido no dia 15 de dezembro de
1944 ele foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental,
reconhecido internacionalmente pela sua luta pela preservação da
Floresta Amazônica. Seringueiro desde criança, Chico Mendes só aprendeu a
ler aos 20 anos, por conta da falta de escolas na região da floresta.
Em 1975, iniciou sua carreira como líder sindical, como secretário
geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. No ano
seguinte, começou sua luta pacífica para impedir o desmatamento da
floresta. Ele também organizava ações em defesa da posse da terra pelos
habitantes nativos. Depois, Chico Mendes ocupou diferentes cargos na
área sindical e foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Ele
tentou a carreira política, candidatando-se ao cargo de deputado
estadual tanto em 1982 quanto em 1986, mas não conseguiu se eleger. Em
1985, participou da criação do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) e
da luta pela preservação da floresta e pelo modo de vida dos povos que
ali vivem – seringueiros, indígenas, castanheiros, pequenos pescadores,
populações ribeirinhas - ganhou repercussão nacional e internacional.
Por conta de sua luta, algumas terras começam a ser desapropriadas, como
o Seringal Cachoeira, de propriedade de Darly Alves da Silva. Com isso,
agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes. Apesar de o líder
dos seringueiros avisar polícia e imprensa que poderia ser morto,
inclusive citando nomes de quem o ameaçava, quase nada foi feito. No dia
22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado com tiros
disparados do fundo de sua casa, quando saía de casa para tomar banho em
uma dependência externa. Em dezembro de 1990, a justiça brasileira
condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira a 19
anos de prisão pelo crime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário