Um pilone é um elemento característico da arquitetura do Antigo Egito
que consiste numa porta monumental flanqueada por duas torres
trapezoidais.
No interior das torres
de um pilone poderiam existir quartos. Na parte da frente dos pilones
existiam reentrâncias que permitiam inserir mastros de madeira onde se
colocam bandeiras, a anunciar a existência de um espaço divino. Nas
paredes das torras representavam-se cenas, sendo a mais habitual a do
faraó a castigar os inimigos do Egito.
À partir da época do Império Novo os templos egípcios seguem uma
estrutura clássica. Um caminho decorado com esfinges, o dromos, partia
do rio Nilo; antes de se atingir o pilone várias estátuas colossais do
rei ou de deuses, bem como obeliscos, antecediam a porta monumental.
Atravessando o pilone encontrava-se um pátio, que era a parte pública de
um templo egípcio. Ao contrário dos locais de culto das religiões
atuais, um templo egípcio só era acessível ao faraó e aos sacerdotes. O
pátio era a única zona a que o povo poderia aceder e mesmo assim apenas
em datas especiais.
Simbolicamente a forma do pilone evocava a
imagem de dois montes entre os quais nascia o sol todos os dias, bem
como as duas margens de terra entre as quais corria o rio Nilo. A nível
mitológico, as duas torres eram identificadas com as deusas Ísis e
Néftis, que ajudavam o sol no seu nascimento.
Os templos mais
importantes do Antigo Egito poderiam ter mais do que um pilone, como é o
caso do templo de Karnac, onde se construíram um total de dez pilones.
Na imagem o pilono da entrada do Templo de Hórus.
David Souza
Equipe Egiptologia Brasil

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