terça-feira, 26 de junho de 2018

HISTÓRIA DA SÉRVIA

A Sérvia, oficialmente República da Sérvia, é um país europeu, cuja capital é Belgrado, localizado no sudeste da Europa, na região balcânica. Faz fronteira a sudoeste com Montenegro, país do qual se separou em 2006, a oeste com a Bósnia e Herzegovina, a noroeste com a Croácia, ao sul com a Macedónia e com a Albânia, ao leste com a Roménia e com a Bulgária e ao norte com a Hungria. A coberto da ocupação militar estrangeira e da limpeza étnica levada a cabo contra a população sérvia mediante a expulsão e a eliminação física, o poder político albanês instalado no Kosovo, proclamou unilateralmente a "independência" da província, no sul, em 2008, como "República do Kosovo", mas o governo sérvio, tal como o russo, o espanhol e outros, não a reconhece, reivindicando-a como Província Autónoma de Kosovo e Metohija.

É uma ex-república iugoslava tendo integrado, até junho de 2006, uma confederação com Montenegro denominada Sérvia e Montenegro. No dia 5 de junho do mesmo ano, a Sérvia declarou a sua independência, 2 dias após Montenegro ter feito o mesmo. No entanto, a Sérvia foi reconhecida como o estado sucessor da união, que por sua vez sucedia a República Federal da Jugoslávia. Em 2009 a Sérvia apresentou a candidatura oficial de adesão à União Europeia.

Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, a Sérvia tem sido a fundadora da maioria dos Estados eslavos meridionais, que pertenciam originalmente ao Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (rebaptizado mais tarde de Reino da Iugoslávia. Fez parte da então República Socialista Federativa da Iugoslávia, da República Federal da Jugoslávia e da União de Estado da Sérvia e Montenegro. Após um referendo no Montenegro, em 2006, o estado federal foi dissolvido e a República da Sérvia, com base na carta constitucional, reconheceu a independência de Montenegro em 5 de junho daquele ano.

A Sérvia possui duas províncias autónomas: Voivodina e Kosovo e Metohija. Desde o bombardeio da OTAN na Jugoslávia, em 1999, Kosovo e Metohija estão sob ocupação da Organização das Nações Unidas. Instituições provisórias de "Auto-Governo" do Kosovo, onde os albaneses compõem a maioria étnica, se iniciaram em 2008, sob forte protesto da Sérvia, que não reconhece a independência do Kosovo nem a declaração ilegal de "soberania", usando como base a sua própria constituição, além da Resolução 1244 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A situação de conflito entre o governo sérvio e o poder instalado no Kosovo ainda se estende, e vários países se posicionaram sobre o feito.

A República da Sérvia é membro da Organização das Nações Unidas (ONU), do Conselho da Europa, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), da Parceria para a Paz e da Organização de Cooperação Económica do Mar Negro. É, também, um candidato oficial à adesão à União Europeia (UE), além de ser um país militarmente neutro, e tem o estatuto de observador na Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).

Fala-se húngaro, romeno, croata, ruteno e eslovaco na Vojvodina, além da albanês e turco no Kosovo.

HISTÓRIA

O actual território da Sérvia fez parte das províncias romanas de Ilírico e da Mésia Superior a partir do ano 29 a.C. No século VII, a região foi invadida pelos sérvios, povo eslavo vindo da Galícia (Europa Central). Vassalos do Império Romano do Oriente, os sérvios se diferenciaram dos croatas por sua conversão ao cristianismo bizantino por volta de 875 e pela adopção do alfabeto cirílico. A Igreja Ortodoxa Sérvia ganhou autonomia no século XIII, quando teve São Sava como seu arcebispo.

Durante a Idade Média, o país gozou de um curto apogeu durante o reinado de Estevão Duchan (1331-1355), seguido de um rápido declínio. Após a derrota frente aos turcos na batalha de Kossovo Poliê (1389), a Sérvia não demorou a ser incorporada ao Império Otomano.

Entre 1459 e 1804, a Sérvia esteve formalmente sob o controle dos otomanos, apesar de três invasões austríacas e numerosas rebeliões. O Islão teve um período de expansão durante esta fase, levando à conversão de muitos sérvios. Estes convertidos recusavam-se a serem chamados de sérvios, adoptando a denominação de muslimani e, posteriormente, de bosníacos, uma vez que viviam maioritariamente na região conhecida como Bósnia - razão pela qual são também chamados de bósnios muçulmanos.

A Sérvia foi ainda um principado autónomo (face ao Império Austríaco) entre 1817 e 1878, um principado independente entre 1878 e 1882 e um reino independente entre 1882 e 1918.

No início do século XX, lutava para formar a "Grande Sérvia", um Estado envolvendo toda a região balcânica. Como resultado das Guerras balcânicas (1912-1913), incorporou a Macedónia e o Kosovo, berço original da nacionalidade sérvia. Durante a Primeira Guerra Mundial, teve uma actuação destacada, e a partir de 1918 passou a ser um dos estados integrantes do Reino da Jugoslávia (que se converteu em República Socialista após 1945), tomando o nome de República Socialista Federal da Iugoslávia em 1963. Em 2003, passou-se a denominar Sérvia e Montenegro. E em 2006, após uma votação para a independência do Montenegro, consumou-se enfim a dissolução formal da federação. Em 2008, o "parlamento" do Kosovo aprovou, unilateralmente, a declaração da "independência" da província feita pelo "primeiro-ministro" kosovar Hashim Thaçi durante uma sessão especial na capital, Pristina. A sessão contou com a presença de 104 parlamentares.

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