Mas o grau da doença do Czarevich era tão severo que não eram só as pancadas que colocavam sua vida em risco. A passagem a seguir foi extraída do livro "Nicolau e Alexandra", de Robert K. Massie e relata uma ocasião em que ele quase morreu em virtude de um sangramento no nariz provocado por um acesso de espirros. Imagine-se agora o caso de uma criança que, mesmo vivendo sob o clima extremamente severo da Rússia, não podia sequer apanhar um resfriado, sem que isso representasse um risco para sua vida:
"Na maior parte do tempo, tudo ia bem, a doença permanecia sob controle
e Nicolau aproveitava a enganosa calma e estabilidade que
frequentemente advêm aos pais de hemofílicos. Mas a doença, caprichosa e
malevolente, aguarda precisamente esses momentos para atacar. Em
dezembro de 1915, o Czarevich sofreu um forte sangramento no nariz. Foi o
pior ataque desde Spala, do tipo que assombrava a imaginação da
imperatriz.
Ao contrário de outros sangramentos externos, que podem ser estancados com pressão e bandagens, o de nariz é um
perigo extremo para os hemofílicos. Difícil de tratar, refratário à pressão; quando começa, é quase impossível estancar.
Nicolau e Alexei estavam no trem rumo à Galícia para inspecionar vários regimentos da Guarda Imperial. “Na manhã da partida”, recorda Gilliard, “Alexei Nicolaevich, que tinha pegado um resfriado na véspera e sofria forte constipação nasal, começou a sangrar muito pelo nariz como resultado de
violentos espirros. Mandei chamar o professor Fedorov, mas ele não conseguiu estancar totalmente o sangramento... Durante a noite, o menino piorou. Sua temperatura subiu e ele estava ficando mais fraco. Às três horas da madrugada, alarmado com a responsabilidade, o professor Fedorov decidiu acordar o Czar e pedir que voltasse a Mogilev, onde poderia atender ao Czarevich em condições mais favoráveis.
“Na manhã seguinte, estávamos de volta ao quartel-general, mas o estado do garoto era tão alarmante que foi decidido retornar a Tsarskoe Selo... As forças do paciente se esvaíam rapidamente. O trem teve que parar várias vezes para podermos trocar o tampão [do nariz]. Alexei Nicolaevich ficou apoiado na cama por seu marinheiro Nagorny (não podia ficar totalmente deitado). À noite, ele desmaiou duas vezes e pensei que o fim tinha chegado.”
Ao contrário de outros sangramentos externos, que podem ser estancados com pressão e bandagens, o de nariz é um
perigo extremo para os hemofílicos. Difícil de tratar, refratário à pressão; quando começa, é quase impossível estancar.
Nicolau e Alexei estavam no trem rumo à Galícia para inspecionar vários regimentos da Guarda Imperial. “Na manhã da partida”, recorda Gilliard, “Alexei Nicolaevich, que tinha pegado um resfriado na véspera e sofria forte constipação nasal, começou a sangrar muito pelo nariz como resultado de
violentos espirros. Mandei chamar o professor Fedorov, mas ele não conseguiu estancar totalmente o sangramento... Durante a noite, o menino piorou. Sua temperatura subiu e ele estava ficando mais fraco. Às três horas da madrugada, alarmado com a responsabilidade, o professor Fedorov decidiu acordar o Czar e pedir que voltasse a Mogilev, onde poderia atender ao Czarevich em condições mais favoráveis.
“Na manhã seguinte, estávamos de volta ao quartel-general, mas o estado do garoto era tão alarmante que foi decidido retornar a Tsarskoe Selo... As forças do paciente se esvaíam rapidamente. O trem teve que parar várias vezes para podermos trocar o tampão [do nariz]. Alexei Nicolaevich ficou apoiado na cama por seu marinheiro Nagorny (não podia ficar totalmente deitado). À noite, ele desmaiou duas vezes e pensei que o fim tinha chegado.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário