terça-feira, 22 de maio de 2018

O REI SOL, VERSÃO PORTUGUESA

D. João V foi Rei de Portugal e Algarves entre 1706 e 1750. Foi um período em que o ouro extraído do Brasil colônia fluiu para a metrópole lusitana com tal abundancia que o seu uso permitiu ao soberano entrar para a história como “o magnânimo” e “o Rei Sol português”.
Monarca absoluto, D. João V se inspirou na corte francesa para criar um ambiente de pompa e muito luxo em Portugal. Proliferaram as cerimônias públicas (procissões, óperas, concertos e encenações teatrais) e o uso de vestimentas elaboradas com adornos suntuosos. Na arquitetura, impulsionou a construção do belíssimo complexo formado pela Basílica, Palácio e Convento de Mafra, onde trabalharam 25 mil operários durante cerca de 20 anos.
Foi também o impulsionador do Aqueduto das Águas Livres, uma magnífica ponte de pedra que se estende por nada menos do que 60 quilômetros de comprimento e cuja finalidade era suprir a demanda de água potável em Lisboa. Não é só: o aqueduto tem o maior arco em ogiva do mundo, motivo pelo qual até hoje está no Guinness Book. E como esquecer a magnífica Biblioteca Joanina, da Universidade de Coimbra?
Proliferaram as igrejas com talhas de ouro e as carruagens magníficas que faziam sucesso até mesmo no estrangeiro, onde eram enviadas junto com os embaixadores. Por fim, alguém que pretendia ser uma imagem do Rei Sol não poderia se contentar com uma única parceira sexual e D. João V teve várias, com uma peculiaridade notável: sentia atração incontrolável por freiras, tendo tomado algumas como amantes e, inclusive, tido filhos com elas. Três dos bastardos foram reconhecidos pelo Rei e se tornaram conhecidos como os famosos “meninos da Palhavã".

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