Não é fácil apagar a imagem que no Egito antigo havia escravidão. A
influência exercida por filmes como Os Dez Mandamentos foi muito forte, e
muitas pessoas acreditam que as pirâmides foram construídas às custas
de sofrimento de milhares de escravos. No antigo Egito nenhum ser humano
era considerado objeto sem alma.
Devido a um erro de tradução. O termo hem geralmente traduzido por "escravo", nunca teve esse sentido. Pois, hem significa "servo", e aplica-se primeiro ao faraó – na sua qualidade de servo das divindades. Do ponto de vista egípcio:
• servir – é um ato nobre, e não servil, por isso nas moradas eternas eram colocadas estatuetas de servos e servas, associado à ressurreição do amo e senhor.
As grandes damas comandavam uma casa com numerosas servas, algumas muito jovens. Havia núbias e asiáticas entre elas, sobretudo a partir do Novo Império. Quando era preciso mulheres de condição modesta também podiam recorrer a profissionais do serviço da casa ou da sua manutenção, que alugavam as suas habilidades por um determinado período. Todas as servas podiam possuir bens e terras e legá-los livremente aos seus filhos.
• O trabalho alugado – era prática corrente no Egito.
• A corvéia – forma de requisição de trabalhadores nas grandes obras ou nas vastas explorações agrícolas em certos períodos.
As pessoas que trabalhavam como criados eram pagas por sua competência, as tarifas eram livres. O único caso de trabalho obrigatório, não livre, era para os prisioneiros de guerra. Uma vez adquirida a liberdade, muitos ex prisioneiros integravam-se na sociedade egípcia.
Até o fim da civilização faraônica, existiu uma forma particular de "servidão" voluntária:
– a dedicação ao culto de uma divindade e a filiação a uma comunidade sagrada.
O Egito faraônico não foi uma civilização da escravatura e da servidão, mas sentiu um profundo respeito pelo ato de servir, como testemunho da primeira máxima do ensinamento do sábio Ptah-hotep:
"Uma palavra perfeita é mais rara do que a pedra verde, e contudo encontramo-la junto das servas que trabalham na mó." Origem: 'A Egípcias' de Christian Jacq.
Referência: http://info.abril.com.br/…/escravos-nao-construiram-piramid…
Imagem: Representação moderna com trabalhadores Egípcios talhando e transportando rochas.
FELIZ DIA DO TRABALHO!
Participe de nosso grupo de estudos: Egiptologia Brasil
Nossa biblioteca virtual: [ACERVO] Egiptologia Brasil
David Souza.
Equipe Egiptologia Brasil #EBDS
Devido a um erro de tradução. O termo hem geralmente traduzido por "escravo", nunca teve esse sentido. Pois, hem significa "servo", e aplica-se primeiro ao faraó – na sua qualidade de servo das divindades. Do ponto de vista egípcio:
• servir – é um ato nobre, e não servil, por isso nas moradas eternas eram colocadas estatuetas de servos e servas, associado à ressurreição do amo e senhor.
As grandes damas comandavam uma casa com numerosas servas, algumas muito jovens. Havia núbias e asiáticas entre elas, sobretudo a partir do Novo Império. Quando era preciso mulheres de condição modesta também podiam recorrer a profissionais do serviço da casa ou da sua manutenção, que alugavam as suas habilidades por um determinado período. Todas as servas podiam possuir bens e terras e legá-los livremente aos seus filhos.
• O trabalho alugado – era prática corrente no Egito.
• A corvéia – forma de requisição de trabalhadores nas grandes obras ou nas vastas explorações agrícolas em certos períodos.
As pessoas que trabalhavam como criados eram pagas por sua competência, as tarifas eram livres. O único caso de trabalho obrigatório, não livre, era para os prisioneiros de guerra. Uma vez adquirida a liberdade, muitos ex prisioneiros integravam-se na sociedade egípcia.
Até o fim da civilização faraônica, existiu uma forma particular de "servidão" voluntária:
– a dedicação ao culto de uma divindade e a filiação a uma comunidade sagrada.
O Egito faraônico não foi uma civilização da escravatura e da servidão, mas sentiu um profundo respeito pelo ato de servir, como testemunho da primeira máxima do ensinamento do sábio Ptah-hotep:
"Uma palavra perfeita é mais rara do que a pedra verde, e contudo encontramo-la junto das servas que trabalham na mó." Origem: 'A Egípcias' de Christian Jacq.
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