sábado, 7 de abril de 2018

A ABDICAÇÃO DE UM IMPERADOR

Em 7 de abril de 1831, o primeiro imperador do Brasil, Pedro I, abdicava do trono brasileiro, depois de oito anos de reinado, por volta das duas da manhã, no Palácio da Quinta da Boa Vista, em favor de seu único filho homem sobrevivente na altura, Pedro de Alcântara, de cinco anos, que se tornou Pedro II, sob uma regência que se mostraria muito conturbada. O ex-imperador, sua segunda esposa, Amélia, grávida de três meses, e seu séquito, deixam o país, sem se despedir, numa nau inglesa, e chegaram a França, em junho.
Os casos sexuais extraconjugais de Pedro I criaram grandes escândalos e também mancharam sua reputação. Mais dificuldades sugiram no parlamento brasileiro, onde os debates políticos passaram a ser dominados com a discussão sobre se o governo deveria ser escolhido pelo imperador ou pela legislatura. Pedro foi incapaz de lidar com os problemas simultâneos do Brasil e Portugal (sua filha, Maria, havia sucedido o avô, D. João VI, em 1826, com a abdicação do pai ao trono português, mas o trono foi usurpado pelo tio, D. Miguel), culminando na seguinte declaração:
"Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu muito amado e prezado filho o Senhor D. Pedro de Alcântara.
Boa Vista, 7 de abril de mil oitocentos e trinta e um, décimo da Independência e do Império."

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