sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Nessa foto, podemos ver o tenente Hiroo Onoda, o último soldado japonês a se render após o fim da Segunda Guerra Mundial. Quando foi a rendição? Em 1974!

Servindo como um agente de inteligência e entrando, aos 22 anos, na Segunda Guerra Mundial a partir do ano de 1944, Onoda tinha sido colocado em ação em Lubang, uma pequena ilha nas Filipinas. Após os EUA invadirem e retomarem as Filipinas, o tenente recebeu as ordens de seus superiores para recuar em direção ao interior da ilha, defendendo o território das forças aliadas até o Exército japonês retornar.
As ordens foram: "Você está absolutamente proibido de morrer pelas suas próprias mãos. Pode levar 3, 5 anos, mas aconteça o que acontecer, nós voltaremos para resgatar você. Até lá, contanto que você tenha um soldado, você continuará liderando-o."
Assim, Onoda começou sua campanha, inicialmente com 3 soldados. Para sobreviver, ele roubava arroz e bananas de moradores locais, além de abater vacas para obter carne.
Chegando ao fim de 1945, panfletos avisando que a guerra tinha acabado e que o Japão tinha sido derrotado até chegaram nas mãos de Onoda. Porém, este, e seus soldados aliados, não acreditaram, pensando que isso era coisa do inimigo para enganá-los.
Eventualmente, com o passar dos anos, outros anúncios do tipo chegaram até eles, mas sem sucesso em convencê-los.
Durante a estadia nas florestas da ilha, eles acabaram entrando em conflito com os moradores locais e com a força policial filipina, o que gerou a morte de inocentes e de dois dos seus soldados, sendo que um tinha se rendido às forças filipinas em 1949.
Só então, em 1974, pessoas o reconheceram - durante uma busca particular - e o Major Yoshimi Taniguchi, quem tinha dado a ordem de permanência à Onoda, foi ao seu encontro nas Filipinas para, finalmente, libertá-lo do seus serviços. Onoda entregou sua katana (em suas mãos, na foto), seu rifle Type 99, 500 cartuchos de munição, várias granadas de mão e sua adaga dada de presente pela sua mãe (a qual tinha como objetivo ser usada no seu suicídio caso fosse capturado).
O governo filipino, após entender o mal entendido, resolveu perdoá-lo pelos crimes de combate.
A mídia cobriu bastante o fato e no Japão o povo o recebeu com muita alegria, ressaltando seu espírito de comprometimento militar. Onoda acabou se casando em 1976 e até veio ao Brasil assumir um papel de liderança na Colônia Jamic, uma comunidade japonesa aqui em Terenos, no Mato Grosso do Sul. Retornou ao Japão em 1984, onde morreu de problemas cardíacos em 2014.

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