segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Maria Bonita

Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita, foi uma cangaceira brasileira, companheira de Lampião e a primeira mulher a exercer função significativa de liderança em um grupo cangaceiro na história do Brasil.
Maria Bonita nasceu em 1911 no povoado Malhada da Caiçara, na cidade de Paulo Afonso, Bahia. Casou-se nova mas não conseguiu gerar filhos no primeiro matrimônio, considerada seca, alcunha que denominava mulheres que não podiam procriar, sofreu violência constante do primeiro companheiro e de sua família. Maria se separou e voltou a morar com os pais, quando conheceu Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião ou Rei do Cangaço, Maria foi convidada para fazer parte do seu bando de cangaceiros, o mais conhecido e temido na época. Junto ao novo companheiro Maria ajudou a liderar o grupo e abriu espaço para a inserção de outras mulheres no universo do banditismo social nordestino. Maria Bonita acompanhou Lampião por 8 anos, até ser assassinada numa emboscada da polícia armada oficial, na Grota de Angico, em Poço Redondo (SE), em 28 de julho de 1938.
Maria Bonita teve 4 filhos com Lampião, deixou um legado de heroína e é conhecida historicamente como uma mulher de fibra e com capacidade incrível de liderança.
Apesar das controvérsias entre pesquisadores sobre a função das mulheres no período do Cangaço, Maria Bonita e Dadá são consideradas importantíssimas para entender esse período histórico brasileiro.

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