Mahommah Gardo Baquaqua, nascido na África no início do século XIX foi
levado para o Brasil, em 1845, onde foi escravizado por um senhor que
era padeiro (em Olinda), Baquaqua foi brutalmente castigado onde
trabalhou, na construção de casas, carregando pedras, aprendeu o
português e chegou a exercer funções como “escravo de
tabuleiro”,vendedor externo, função normalmente reservada a escravos de
confiança e inteligentes, antes de fugir do para Nova York, em 1847. Ele
escreveu a única autobiografia de um
africano escravizado em terras brasileiras. Estudou no New York Central
College, em McGrawville, por quase três anos. Em 1854, foi para o Canadá
e sua bibliografia foi publicada no mesmo ano por Samuel Downing Moore
em Detroit, numa tentativa de arrecadar fundos para a campanha
abolicionista. A autobiografia – chave do seu engajamento na luta – é
contemporânea e guarda similaridade com a de Solomon Northup. Americano
nascido livre e escravizado no Sul dos Estados Unidos, ele teve sua obra
adaptada para o cinema em 2013, com o título “Doze anos de escravidão”.
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