A conturbada história da proibição da erva nos Estados Unidos e no mundo
perpassa também pela proibição de medicamentos provenientes do
Canabidiol e THC, componentes da Cannabis Sativa, que eram vendidos em
farmácia até o inicio do Século XX.
Nos Estados Unidos a maconha foi proibida por duas principais questões, uma econômica
e outra ligada ao controle social de imigrantes. A primeira tem a ver
com questões econômicas ligadas ao mercado de tecido e papel. O Canhamo,
uma espécie de cannabis, era usada para confecção de roupas e papel,
principalmente por pequenos produtores, o que atrapalhava os interesses
de grandes fazendeiros plantadores e produtores do algodão e celulose,
após forte pressão sobre congressistas, leis proibicionistas começaram a
brotas em vários Estados. O outro fator preponderante para entender a
proibição tem a ver com imigração Mexicana nos Estados do Sul, muitos
mexicanos fumavam a erva e a usavam para diferentes tratamentos médicos,
com a criminalização dessa população a maconha passou a ser mal vista
pelos cidadãos conservadores do Sul. No inicio do Século XX até os
produtos farmacêuticos que possuíam em sua composição elementos
extraídos da planta foram proibidos, e muitas farmácias, como essa da
fotografia, que comercializavam vários tipos de medicamentos com base de
Canabidiol tiveram que alterar suas vendas ou fecharam as portas.
O
Brasil foi um dos primeiros países a proibir a Cannabis, a primeira lei
proibicionista que se tem noticia foi aprovada na Câmara Municipal do
Rio de Janeiro, em 1830. A justificativa para a proibição era que
escravos se revoltavam a partir do uso, partindo dessa questão os
vereadores e a mídia da época começaram a chamar a maconha de Charuto do
Capeta, Erva do Diabo e Pito do Pango.
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