Neste crime, oito jovens (seis menores e dois maiores de idade), em situação de rua, foram assassinados por policiais militares, encapuzados.
A frente da igreja da Candelária era conhecida como instalação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, ali, em frente ao templo, vários grupos dormiam e recebiam alimentação de entidades religiosas e ONGs. Os "meninos de rua" eram considerados, principalmente por comerciantes das redondezas, como delinquentes e entraves ao turismo na região. O que facilitou a legitimação dos assassinatos por parte da população. Em pesquisa do Jornal do Dia na época, 70% das pessoas declararam que apoiavam os polícias suspeitos de cometerem a chacina, alegando que as crianças e adolescentes mortos eram bandidos. Mesmo com a condescendência de parte dos brasileiros, o crime teve repercussão negativa internacionalmente, o Brasil chegou a sofrer sanções econômicas e o governo do Rio de Janeiro foi cobrado pela Organização das Nações Unidas. A cobrança requisitava ações para descobrir e processar efetivamente os autores da barbárie.
Todos os acusados e condenados pelo crime estão soltos.
Curiosidade: Sete anos após a Chacina, um sobrevivente chamado Sandro,
sequestrou um ônibus próximo ao Jardim Botânico, na cidade do Rio de
Janeiro, o evento ficou conhecido como "Sequestro do Ônibus 174".
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