quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Revolta de Aragarças: Militares foram autores do primeiro sequestro de avião que se tem noticia no Brasil.

Militares revoltosos, que sequestraram um avião, são presos por soldados do exército, em 1959. A ideia era tirar Juscelino Kubitschek do Poder.
De acordo com o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, “a Revolta de Aragarças, que eclodiu em 2 de dezembro de 1959, começou a ser articulada em 1957. A conspiração foi liderada pelo tenente-coronel aviador Haroldo Veloso, e dezenas de outros militares e civis, entre os quais o tenente-coronel João Paulo Moreira Burnier, que foi um dos principais líderes. O objetivo era iniciar um "movimento revolucionário" para afastar do poder o grupo, liderado pelo presidente Juscelino Kubitschek, cujos elementos seriam, segundo os líderes da conspiração, corruptos e comprometidos com o comunismo internacional.”
O estopim, que culminou com o primeiro sequestro de avião do país, foi o fato de Jânio Quadros recusar-se a concorrer ao cargo de presidente, como candidato apoiado pelos partidos de oposição. Os rebeldes acusavam também o então governador gaúcho Leonel Brizola de liderar uma conspiração comunista no Sul e ameaçavam levar para o "paredão os que tripudiavam sobre a miséria do povo".
A intenção era bombardear os palácios das Laranjeiras e do Catete, no Rio, e ocupar as bases de Santarém e Jacareacanga, no Pará.
Os rebeldes sequestraram quatro aviões e os desviaram para Aragarças. O local fora escolhido porque era um centro de oficiais geograficamente importante e caminho de rotas aéreas. Na visão dos organizadores do protesto, aquele seria um ponto de difusão da luta porque serviria de encontro e ligação de aeronaves vindas do Rio de Janeiro e de outras capitais.
levante não conseguiu adesões. O político Carlos Lacerda, considerado um aliado do movimento, não apoiou os rebeldes e ainda os denunciou ao Ministro da Guerra. Os insurgentes ficaram isolados e a rebelião foi sufocada em apenas 36 horas. Os líderes fugiram de avião para o Paraguai, Bolívia e Argentina, e só retornaram ao Brasil no governo Jânio Quadros.


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