O ato foi uma resposta brutal às passeatas que pediam democracia e às organizações estudantis que exigiam o fim do regime militar instalado em 1964. Sob o pretexto de restabelecer a ordem pública, o governo militar usou o AI-5 para fechar o Congresso, cassar o mandato de deputados, prender dezenas de pessoas e suspender a concessão de habeas corpus. O presidente ganhou a prerrogativa de nomear prefeitos e governadores. A tortura e a morte de presos políticos tornaram-se rotina.
Nos anos seguintes, centenas de perseguidos partiram para o exílio. A
maior parte só retomou a vida normal nos anos 1980, com a abertura lenta
e gradual arquitetada pelo general Ernesto Geisel e executada pelo
último dos presidentes militares, João Baptista Figueiredo.
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