O cangaço foi um fenômeno de banditismo social que ocorreu em finais do
século XIX e inicio do Século XX, principalmente no norte e nordeste
brasileiro. Se caracterizava por grupos armados que percorriam regiões
pobres do país. Esses bandos vagavam pelas cidades em busca de justiça e
vingança pela falta de emprego, alimento e cidadania, saqueavam
fazendas e faziam justiçamentos. Foram considerados ameaça
por todos os estados da Federação mas tinham o apreço de parte da
população, que se vendo abandonada pelo Estado, via na atitude dos
cangaceiros uma forma de libertação.
Durante muitos anos a região
nordeste do Brasil foi controlada, oficialmente, por fazendeiros que
recebiam a alcunha de Coronéis. Esses donos de terras eram responsáveis
pela justiça e distribuição do trabalho nessas regiões. Mandavam em
grandes pedaços de terra como se fossem senhores feudais.
Os cangaceiros surgiram como uma afronta, um poder antagônico aos senhores mais abastados.
O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do então Presidente da
República, Getúlio Vargas, de eliminar todo e qualquer foco de desordem
sobre o território nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu
Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença
passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.
Patrocinados pelo governo federal os Estados constituíram tropas
oficiais chamadas "Volantes" ou "Macacos", bem mais equipados e com
maiores recursos conseguiram exterminar boa parte dos bandos de
cangaceiros existentes na região norte e nordeste do país.
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