quarta-feira, 9 de agosto de 2017

A coragem de um homem que, em pleno auge do nazismo, recusou-se a fazer a saudação a Hitler.

Em 1936 uma multidão juntava-se em Hamburgo para assistir ao lançamento de um navio nazista. Enquanto centenas de pessoas levantavam o braço direito para aclamar Hitler, um homem destacou-se por manter os braços cruzados, franzir os olhos e se recusar a fazer a saudação.
Mas só em 1991 este homem foi identificado por uma das suas filhas como sendo August Landmesser, um trabalhador do estaleiro de Hamburgo.
Ao que parece, Landmesser tinha uma razão muito pessoal para não fazer a saudação. De acordo com um site sobre o campo de Auschwitz, o homem fazia parte do partido nazista entre 1931 e 1935, no entanto foi expulso por ter casado com uma judia, Irma Eckler.
Depois de ter duas filhas com Irma, foi preso por “desonrar a raça”. Acredita-se que Irma foi detida pela Gestapo e levada para uma prisão em Hamburgo. As filhas, Ingrid e Irene, foram separadas: uma ficou com a avó materna e a outra foi levada para um orfanato até ser adotada por uma família.
Landmesser foi libertado em 1941 mas rapidamente foi chamado a servir na guerra. Pouco tempo depois foi dado como desaparecido e todos julgaram que tinha morrido em combate.
Em 1996, uma das filhas, Irene, resolveu escrever uma história com o objetivo de contar ao mundo como o que o regime destruiu a sua família.

Nenhum comentário:

Postar um comentário