Em cima das bancadas estão centenas, talvez milhares, de fragmentos de
ossos humanos. São diferentes partes de esqueletos de homens, mulheres e
crianças que viveram a cerca de 10.000 anos atrás na região de Lagoa
Santa, na área metropolitana de Belo Horizonte (MG).
Com mais de uma dezena de sítios arqueológicos, o local é uma das áreas
mais ricas das Américas para escavações. Os ossos em cima das bancadas
do Laboratório de Estudos Evolutivos e Ecológicos Humanos (LEEEH), da
Universidade de São Paulo (USP), esperando para serem montados, colados e
catalogados são provenientes da Lapa do Santo, um dos “sítios
cemitério” mais ativos da região. Eles são apenas uma pequena parte do
que foi escavado em 2016 na última expedição de uma equipe
multidisciplinar que vêm trabalhando ali há anos. Um mês de escavação é igual a dois anos no laboratório.
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