Os templos são redondos, em contraste com a forma quadrangular ou retangular típica de descobertas feitas na zona, junto de Kerma, antiga cidade do reino núbio, uma das mais antigas civilizações africanas, que ocupava a região que é hoje o sul do Egito e o norte do Sudão.
“Esta arquitetura é desconhecida. Não há outros exemplos na África central ou no vale do Nilo”, afirmou Bonnet, reforçando que se trata de “algo completamente novo“.
Segundo o arqueólogo, encontrar as raízes da arquitetura destes templos será na realidade desvendar “o segredo de África”.
No local, conhecido como “colina vermelha”, foram ainda descobertas “enormes fortificações”, o que poderá indiciar que há outras riquezas à espera de ver a luz do dia.
“Isso significa que esta parte do mundo era defendida por uma coligação, provavelmente pelo rei de Kerma em conjunto com povos do Darfur e do centro do Sudão” contra os avanções dos egípcios, que queriam controlar o comércio na África central, diz.
Charles Bonnet, que dirige escavações arqueológicas no Sudão há cinquenta anos, afirmou que está à espera de ser “revelada uma história do mundo extraordinária”.
“Dentro de alguns anos, a sudanologia poderá ser uma área de estudo equivalente à egiptologia”, defende o arqueólogo.
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