O contato com o europeu despertou muitas perguntas e ativou o imaginário indígena: aqueles homens que chegavam eram inimigos, invasores, deuses, demônios, impostores, loucos? Todas essas imagens dependeram do grupo indígena contatado e do momento em que isso ocorreu. Os indígenas queriam entender e explicar quem eram aqueles homens tão diferentes, que chegavam de um mundo desconhecido por eles.
A reação inicial dos indígenas foi variada, conforme atestam diversos relatos. Com Colombo e Cabral teria sido hesitante, mas pacífica e de grande curiosidade. Sabe-se também que, em diversas aproximações, os indígenas pensaram que os europeus eram deuses. Isso ocorreu, por exemplo, no caso do imperador asteca Montezuma, que, baseado em antigos relatos de seus antepassados e em certas profencias religiosas, foi levado a supor que o conquistador espanhol Cortés era um deus asteca que havia retornado e deu-lhe muitos presentes. Os europeus recém-chegados, por sua vez, alimentavam essa identificação com entidades sagradas, quando ela ocorria, para facilitar o projeto da conquista.
Houve também casos de hostilidades e resistência imediata dos grupos indígenas, como aqueles em que os conquistadores foram executados por grupos indígenas que praticavam rituais de antropofagia.
De qualquer forma, os povos americanos não demoraram a perceber claramente que se tratava de uma invasão. Isso porque a chegada dos conquistadores significou a perda progressiva de seus bens e territórios, o deslocamento, a escravidão e até mesmo o extermínio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário