O início da Guerra do Paraguai estimulou os sentimentos cívicos da população. Muitos se apresentaram voluntariamente para participar dos combates, acreditando que a guerra seria rápida e fácil.
Por isso, a criação dos Voluntários da Pátria foi um sucesso no começo. Entretanto, logo as coisas mudaram de rumo. As dificuldades no campo de batalha e a necessidade de realizar longos cercos às fortificações inimigas desgastavam os combatentes. A imprensa passou a chamar o conflito de "açougue paraguaio". Isso estimulou um grande temor em relação à guerra e a população começou a desisirir do alistamento voluntário.
Diante desse recuo, o governo lançou mão do recrutamento forçado. Muitos dos chamados Voluntários da Pátria, na realidade foram enviados compulsoriamente para a guerra. Nesse caso, todos que podiaam tentavam escapar das listas de enviados para os campos de batalha.
Alguns se refugiavam nos matos, longe das cidades, outros se feriam propositadamente. Mas o modo mais efetivo de se livrar do recrutamento era conseguir dispensa por meio do favor de alguém importante.
A guerra também se tornou uma maneira de punir escravizados considerados indisciplinados ou perigosos por seus senhores. Há relatos de proprietários que venderam seus cativos ao governo para que este os enviasse ao campo de batalha. Nesse caso, o proprietário recebia uma soma considerável como indenização.
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