Nas últimas décadas do século XIX, muitas famílias nordestinas, principalmente do semi-árido, estavam sofrendo com a miséria. As principais causas eram: o declínio da produção açucareira a brutalidade dos coronéis fazendeiros e as contantes secas.E estavam desesperados buscando por paz e justiça. Em 1893, chegou na Bahia em uma fazenda abandonada às margens do rio vaza-barris, Antônio Conselheiro, um homem que não concordava com certos aspectos da República, e por isso, foi chamado de "monarquista". Neste local chamado de Canudos, ele começou a erguer um arraial, povoado que o mesmo de Belo Monte, com a ajuda de muitas famílias sertanejas que estavam tentando fugir da fome, da violência e dos abusos que sofriam. Em Canudos, predominava o sistema comunitário: tudo era repartido e o excedente era vendido, não havia cobrança de tributos, conselheiro proibiu a prostituição e a venda de bebidas alcoólicas Em alguns anos o local se tornou um dos mais habitados da Bahia, reunindo entre 20 mil e 30 mil pessoas.Lá moravam sertanejos sem-terra, vaqueiros, ex-escravos e homens e mulheres perseguidos pela polícia. Muitas pessoas, inclusive membros da Igreja Católica, começaram a considerar Canudos uma ameaça, pois Conselheiro "desviava os fieis da fé verdadeira "era fanático religioso", além de que os habitantes não pagavam imposto ao governo. Ninguém pensou que Canudos era uma sociedade alternativa para pessoas que queriam fugir da fome. Em novembro de 1896, tropas de coronéis e do governo estadual tentaram invadir Canudos, mas o povoado não cedeu. Logo após, o governo federal interviu e aproximadamente 7 mil homens lutaram contra o povoado. Mais de 5 mil casas foram destruídas e o povo morreu defendendo Canudos. No dia 5 de outubro de 1897, eles não puderam mais lutar. Canudos caiu.
Produção Textual feita pela aluna Ana Letícia Barros Gaião do 3º ano C da Escola Estadual Senador José Gaudêncio. Julho/2016.
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