O termo “polacas” foi aplicado de forma ampla para as mulheres que, em
sua maioria, eram trazidas do leste europeu e de origem judaica, para
alimentar o crescente mercado da prostituição no Brasil, que começaram a
desembarcar ainda no ano de 1867 perdurando até praticamente a eclosão
da Segunda Guerra Mundial.
As meninas - principalmente entre 13 e 16 anos - recrutadas nas aldeias russas ou polonesas foram atraídas com falsas propostas de casamento ou emprego em casas de família, isso não quer dizer que não viessem também mulheres que já desempenhavam estas práticas no velho continente.
Existia uma instituição internacional criminosa encarregada de organizar o transporte e exploração dessas moças, com grande destaque para a Zwi Migdal, que controlava com monopólio o tráfico na Europa Centro-Oriental, em Varsóvia, Paris, Berlim e no Porto de Odessa.
O principal ponto de distribuição dessas escravas sexuais era a cidade de Buenos Aires, onde as jovens foram vendidas como nos antigos mercados de escravos. Elas foram exibidas nuas e leiloados pelo melhor lance em pontos da alta sociedade como o Café Parisién e o Hotel Palestine. Somente na Argentina a Zwi Midgal possuía 3 mil bordeis. Na língua da época, uma "viagem a Buenos Aires" era sinônimo de início da prática dessa profissão antiga.
Rio de Janeiro, São Paulo, Belém e Manaus eram os principais pontos no Brasil de destino destas moças. Os cafés destas cidades abriram espaço para o desenvolvimento da prostituição de luxo, vinculado à expansão dos lazeres noturnos. Meretrizes estrangeiras, de diferentes categorias e preços, disputam de maneira acirrada o espaço na cidade. Surge a figura da “francesa”, meretriz frequentadora de um determinado espaço e ocupante de um determinado lugar na hierarquia da prostituição.
Muitas destas “francesas” não eram de nascimento, isso se dava, em parte, pelo fato de o porto de Marselha na França ser o início da jornada dessas mulheres e com isso sabiam falar francês e adquiriram um certo comportamento que lhes permitiam “passar” por francesas. A atração que os homens ricos sentiam por estas judias era confundida com a identificação nacional. Se nas cidades mais ao sul a prostituta judia era “polaca”, no Amazonas se transmutava em “francesa”. O prazer a ser encontrado deveria ter o estilo francês, seu estilo de vida, de preferência na companhia de prostitutas bem vestidas, adornadas com joias e brancas.
Iniciar-se sexualmente pelas mãos experientes das “francesas” tornou-se símbolo da modernidade e do refinamento dos costumes. A prostituição de luxo tinha mesmo uma função “civilizadora” ao introduzir os jovens nas “artes do amor” e ensinar códigos mais modernos de civilidade aos rudes fazendeiros e demais provincianos.
Nas 4 capitais era possível encontrar ruas exclusivas para esse comercio, como na Praça Onze no Rio de Janeiro e a Riachuelo e Padre Prudêncio em Belém. Tanto nos bordéis, quanto nas ruas, estabeleceu-se uma hierarquia: de um lado, as cocottes francesas que representavam a elite do meretrício, mulheres de boa aparência que circulavam nas altas rodas da sociedade; de outro, as polacas, que levavam consigo a imagem de proletárias do sexo.
No caso do Norte do Brasil, a derrocada da borracha afastou a rota de exploração sexual, logo no início do século XX enquanto no sudeste grande parte da organização foi desmantelada com a eclosão da segunda guerra mundial, mas que de modo algum representou o fim desse mercado. Até os dias de hoje somos surpreendidos com notícias nesse sentido.Fonte:Consultoria Mnesis.
As meninas - principalmente entre 13 e 16 anos - recrutadas nas aldeias russas ou polonesas foram atraídas com falsas propostas de casamento ou emprego em casas de família, isso não quer dizer que não viessem também mulheres que já desempenhavam estas práticas no velho continente.
Existia uma instituição internacional criminosa encarregada de organizar o transporte e exploração dessas moças, com grande destaque para a Zwi Migdal, que controlava com monopólio o tráfico na Europa Centro-Oriental, em Varsóvia, Paris, Berlim e no Porto de Odessa.
O principal ponto de distribuição dessas escravas sexuais era a cidade de Buenos Aires, onde as jovens foram vendidas como nos antigos mercados de escravos. Elas foram exibidas nuas e leiloados pelo melhor lance em pontos da alta sociedade como o Café Parisién e o Hotel Palestine. Somente na Argentina a Zwi Midgal possuía 3 mil bordeis. Na língua da época, uma "viagem a Buenos Aires" era sinônimo de início da prática dessa profissão antiga.
Rio de Janeiro, São Paulo, Belém e Manaus eram os principais pontos no Brasil de destino destas moças. Os cafés destas cidades abriram espaço para o desenvolvimento da prostituição de luxo, vinculado à expansão dos lazeres noturnos. Meretrizes estrangeiras, de diferentes categorias e preços, disputam de maneira acirrada o espaço na cidade. Surge a figura da “francesa”, meretriz frequentadora de um determinado espaço e ocupante de um determinado lugar na hierarquia da prostituição.
Muitas destas “francesas” não eram de nascimento, isso se dava, em parte, pelo fato de o porto de Marselha na França ser o início da jornada dessas mulheres e com isso sabiam falar francês e adquiriram um certo comportamento que lhes permitiam “passar” por francesas. A atração que os homens ricos sentiam por estas judias era confundida com a identificação nacional. Se nas cidades mais ao sul a prostituta judia era “polaca”, no Amazonas se transmutava em “francesa”. O prazer a ser encontrado deveria ter o estilo francês, seu estilo de vida, de preferência na companhia de prostitutas bem vestidas, adornadas com joias e brancas.
Iniciar-se sexualmente pelas mãos experientes das “francesas” tornou-se símbolo da modernidade e do refinamento dos costumes. A prostituição de luxo tinha mesmo uma função “civilizadora” ao introduzir os jovens nas “artes do amor” e ensinar códigos mais modernos de civilidade aos rudes fazendeiros e demais provincianos.
Nas 4 capitais era possível encontrar ruas exclusivas para esse comercio, como na Praça Onze no Rio de Janeiro e a Riachuelo e Padre Prudêncio em Belém. Tanto nos bordéis, quanto nas ruas, estabeleceu-se uma hierarquia: de um lado, as cocottes francesas que representavam a elite do meretrício, mulheres de boa aparência que circulavam nas altas rodas da sociedade; de outro, as polacas, que levavam consigo a imagem de proletárias do sexo.
No caso do Norte do Brasil, a derrocada da borracha afastou a rota de exploração sexual, logo no início do século XX enquanto no sudeste grande parte da organização foi desmantelada com a eclosão da segunda guerra mundial, mas que de modo algum representou o fim desse mercado. Até os dias de hoje somos surpreendidos com notícias nesse sentido.Fonte:Consultoria Mnesis.
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