A fotografia foi tirada por Alice Seeley Harris, uma missionária, fotógrafa e ativista dos Direitos Humanos que se tornou uma das primeiras pessoas a denunciar ao mundo as barbaridades que eram praticadas pelos colonos belgas no Congo. Segue-se o relato de Harris sobre essa imagem:
"A filha não tinha conseguido cumprir sua cota de extração de borracha nesse dia, motivo pelo qual os supervisores designados pelas autoridades belgas deceparam sua mão e seu pé. A menina se chamava Boali e tinha apenas cinco anos. Depois disso, a assassinaram. Mas não terminou aí. Logo também mataram sua esposa. E, como isso não parecesse suficientemente cruel, cozinharam e comeram os restos mortais de Boali e de sua mãe. E entregaram para Nsala esses 'presentes'".
Entre 1877 e 1908, sob o domínio do Rei da Bélgica, Leopoldo II, os
nativos escravizados do Congo eram obrigados a bater metas para
colheita, plantação, extração de borracha, etc. Quando falhavam, eram
punidos com amputação de mãos, pés, tortura, estupro e execução.
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