Maria Gomes de Oliveira ou Maria de Dea (nascimento 08/03/1911 - BA)
foi uma cangaceira brasileira, companheira de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros do Nordeste.
Anteriormente foi casada com o sapateiro Zé de Neném, com o qual não gerou filhos.
Devido ao fracasso de seu casamento, em 1929 tornou-se a namorada de Virgulino, conhecido também como o "Lampião".
Após um ano de namoro foi chamada por Lampião para fazer efetivamente
parte do bando de cangaceiros, assim se tornando a mulher dele, com quem
viveria por oito anos. Tiveram 5 filhos, sendo 2 nascidos natimortos.
Os cangaceiros eram um grupo de banditismo ou quadrilha do sertão, que
no início do século XX fez o terror pelo Nordeste. Eles roubavam,
assassinam, estupravam e tocavam o terror por onde passavam. Procuravam
justiça, vingança e resolver pelas suas armas o problema de desemprego e
fome.
Maria era delicada mas também uma mulher forte, foi a
partir dela que outras mulheres entraram no grupo do cangaço. Os demais
cangaceiros respeitavam-na muito.
Por sua beleza seu amado Lampião a
chamava de minha Maria Bonita, o amor entre eles era nítido e tórrido, e
mesmo sendo um bandido temido, com ela era jeitoso e carinhoso, fazendo
de tudo para agrada-la, mesmo vivendo pelo sertão, no mato, sem
conforto ou luxo.
Maria Bonita morreu em 28/07/1938 em Sergipe
por um ataque surpresa da polícia armada oficial (conhecida como
"volante"). Foi degolada por 'Sebastião do Facão' ainda viva após ser
baleada no abdômen, assim como Lampião e outros nove cangaceiros. Suas
cabeças foram expostas pelas cidades como sinal de vingança por tudo que
já tinham feito.
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