Na ocasião, brasileiros e chilenos discursaram. Apesar do avanço da
hora sobre a cidade, que naquela noite não dormiria, quando Ouro Preto
concluiu o seu discurso com um viva ao Chile, a fortaleza de Villegagnon
salvou 21 vezes. A Família Imperial retirou-se por volta das 3 horas da
madrugada, mas D. Pedro Augusto ficou um pouco mais; fora o único a
valsar. Inúmeras foram as histórias que recobriram o fausto do baile,
assunto até mesmo de obras literárias, como Esaú e Jacó, de Machado de
Assis. Também surgiram histórias lendárias, com indícios de terem sido
inventadas posteriormente, como o tropeço do imperador. Ao desembarcar
na Ilha Fiscal, D. Pedro II teria quase ido ao chão, se não fosse o
braço prestativo do dr. Mota Maia. Na ocasião, o monarca teria dito que
“a monarquia tropeçou, mas não caiu”. Outra história, pouco lembrada,
mas que se ventilou na época, diz respeito à ida do monarca ao baile.
Quando a sua carruagem e a escolta passavam pelo Campo de Santana,
ouviu-se um grande barulho. Parando a comitiva para ver o que
acontecera, descobriram que a coroa imperial que ornava um edifício
estatal havia desabado e jazia estilhaçada no chão.
REZZUTTI, Paulo. D. Pedro II, a história não contada.
Publicado originalmente pelo historiador e escritor Paulo Rezzutti
REZZUTTI, Paulo. D. Pedro II, a história não contada.
Publicado originalmente pelo historiador e escritor Paulo Rezzutti
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