4 de setembro de 1969 militantes do MR-8 sequestraram o embaixador, Charles Burke Elbrick.

No dia 4 de setembro de 1969 ocorreu o sequestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick no Rio de Janeiro. A ação foi um ato de organizações que participavam da luta armada no país. O sequestro foi idealizado por Franklin Martins, militante estudantil da Dissidência, e Cid Benjamin. O objetivo era conseguir a libertação do líder estudantil Vladimir Palmeira, principal articulador político das manifestações contra o regime em 1968 na Guanabara. O sequestro aconteceu às 14h30, na rua Marques, bairro do Humaitá, Rio. O carro em que o embaixador estava foi fechado e quatro guerrilheiros renderam Elbrick e seu motorista. Uma carta com exigências foi deixada com o motorista no carro. O sequestro durou quase três dias, e o governo brasileiro atendeu às exigências dos sequestradores e 13 presos políticos foram enviados ao exílio político no México. Elbrick foi solto nas proximidades do Estádio do Maracanã, durante a saída de um clássico America x Fluminense, de maneira que os guerrilheiros pudessem sumir no meio do tumulto.

SEQUESTRADORES: Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, Cid Queiroz Benjamin, Sérgio Rubens de Araújo Torres, Vera Sílvia Araújo de Magalhães, João Lopes Salgado, Franklin de Souza Martins, Paulo de Tarso, Fernando Gabeira, Virgílio Gomes da Silva, Joaquim Câmara Ferreira, José Sebastião Rios e Cláudio Torres da Silva.
OS PRESOS QUE FORAM LIBERTADOS:
1) Luís Travassos 2) José Dirceu de Oliveira e Silva 3) José Ibraim 4) Onofre Pinto 5) Ricardo Vilasboas Sá Rego 6) Maria Augusta Carneiro 7) Ricardo Zaratini 8) Rolando Fratti 9) João Leonardo da Silva Rocha 10) Agonalto Pacheco da Silva 11) Vladimir Palmeira 12) Ivens Marchetti 13) Flávio Tavares