Em 1972, fui passar o carnaval na Bahia, e encontrei o Afoxé Filhos de
Gandhi reduzido a apenas umas quarenta ou cinquenta pessoas na Praça da
Sé. O bloco começou a sair em 1949, quando eu tinha sete anos; os
integrantes passavam pela porta de casa no bairro de Santo Antônio,
todos de branco e com um toque que era diferente dos outros, dando uma
sensação de espaço sagrado. Eu tinha veneração pelo Gandhi, e ao revê-lo
naquela situação, me deu uma dor seguida de um arroubo filial; resolvi
dar uma força. Primeiro, me inscrevi no bloco para “engrossar o caldo”.
Depois fiz a música, e continuei saindo. As fileiras foram aumentando, e
o Gandhi se recuperando. Enfim, foi um estímulo geral.
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