domingo, 22 de abril de 2018

A POLÊMICA DO "DESCOBRIMENTO" DO BRASIL (inclusive sobre sua data!)

#nestedia, na manhã de 22 de abril de 1500, a armada comandada por Pedro Álvares Cabral avistou um monte redondo, a que chamaram de Pascoal por estarem na semana da Páscoa. A armada, composta por 13 embarcações e cerca de 1300 homens, havia saído de Lisboa no dia 9 de março.
Não era a primeira vez que europeus pisavam no território que viria a ser o Brasil. O navegador português Duarte Pacheco Pereira esteve entre novembro e dezembro de 1498, em algum ponto da costa entre o Maranhão e o Pará, e dali alcançou a foz do rio Amazonas e a ilha de Marajó. Veio em missão secreta para reconhecer os territórios pertencentes a Portugal de acordo com o Tratado de Tordesilhas, de 1494.
Em 26 de janeiro de 1500, a expedição do espanhol Vicente Yáñez Pinzón chegou ao Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco. Seguindo para o norte, atingiu, em fevereiro, a foz do rio Amazonas, a qual denominou de Mar Dulce, de onde prosseguiu para as Guianas e, daí para o Mar do Caribe.
A data do “descobrimento” do Brasil foi, por muito tempo considerada como sendo o dia 3 de maio. Desconhecia-se a Carta de Pero Vaz de Caminha que só foi encontrada em 1817 entre os documentos trazidos pela Família Real ao Brasil, em 1808. Porém, o 3 de maio continuou a ser popularmente o dia do descobrimento reconhecido, inclusive, por decreto republicano de 1890.
Foi um decreto de Getúlio Vargas, de 1930, que extinguiu o feriado de 3 de maio e instituiu o dia 22 de abril como o Dia do Descobrimento do Brasil.
Imagem: Nau de Pedro Álvares Cabral conforme retratada no Livro das Armadas, atualmente na Academia das Ciências de Lisboa..
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