O historiador francês Philippe Ariès utiliza o termo 'sentiment de
l'enfance' para referir-se à nova postura adotada para com as crianças,
entendendo-as como sujeitos ora distintos dos adultos. Essa postura
desenvolveu-se, inicialmente, com relação às crianças das classes
abastadas (Séc.XVII) e, a posteriori, estendeu-se às parcelas mais
amplas da população (Séc.XVIII). A consciência de uma particularidade
infantil e o direito pleno a ser criança não deixa de ser uma conquista
social historicamente recente, com um desenvolvimento desigual e
combinado, subproduto, esta, da síntese de múltiplas determinações e
relações as mais diversas. Nada tem de 'natural'.
O sentido de infância faz parte da história das relações estabelecidas entre maiores e menores. Assim como a história das relações entre os sexos não deixa de ser um indíce sintomal do processo civilizatório mais geral no sentido da superação daquilo que o velho mouro nunca se avexou em chamar "a velha merda" (ainda e quando a polidez de alguns tradutores tenha reconvertido em "a velha porcaria"). Nenhuma conquista está assegurada enquanto os até agora vencedores cessarem de vencer. Uma vida plena de sentido não foi o porto seguro em que o século vinte fez-nos desembarcar. Cabe a nós, a todos nós, mudar a direção da embarcação.
"Quanto melhor é um homem espiritualmente, de acordo com seus interesses e nível cultural, tanto mais exige de si mesmo e de seus amigos, homens ou mulheres; e na medida em que as exigências sejam mútuas, a relação será mais consistente; mais difícil de romper. Isto significa que a tarefa elementar se põe em todos as esferas de nosso trabalho socialmente necessário para o desenvolvimento da indústria, da agricultura, do bem-estar, da cultura, do conhecimento. Tudo isso não leva a relações caóticas, mas sim, ao contrário, a relações mais estáveis, e que, em última instância, não necessitariam de nenhuma regulamentação estatal." (Leon Trotsky)
O sentido de infância faz parte da história das relações estabelecidas entre maiores e menores. Assim como a história das relações entre os sexos não deixa de ser um indíce sintomal do processo civilizatório mais geral no sentido da superação daquilo que o velho mouro nunca se avexou em chamar "a velha merda" (ainda e quando a polidez de alguns tradutores tenha reconvertido em "a velha porcaria"). Nenhuma conquista está assegurada enquanto os até agora vencedores cessarem de vencer. Uma vida plena de sentido não foi o porto seguro em que o século vinte fez-nos desembarcar. Cabe a nós, a todos nós, mudar a direção da embarcação.
"Quanto melhor é um homem espiritualmente, de acordo com seus interesses e nível cultural, tanto mais exige de si mesmo e de seus amigos, homens ou mulheres; e na medida em que as exigências sejam mútuas, a relação será mais consistente; mais difícil de romper. Isto significa que a tarefa elementar se põe em todos as esferas de nosso trabalho socialmente necessário para o desenvolvimento da indústria, da agricultura, do bem-estar, da cultura, do conhecimento. Tudo isso não leva a relações caóticas, mas sim, ao contrário, a relações mais estáveis, e que, em última instância, não necessitariam de nenhuma regulamentação estatal." (Leon Trotsky)
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