Dizia o comercial de TV que incomodadas ficavam as nossas avós. Ele
tinha razão. Antes da invenção do absorvente descartável, a mulherada
sofria. E improvisava.
De acordo com dados do Museu da Menstruação
e da Saúde Feminina, na Antiguidade, em Roma, as mulheres enfiavam
pequenos chumaços de lã no interior da vagina para conter o fluxo
menstrual. Em algumas tribos da África, usavam rolinhos de grama. As
gregas revestiam ripas de madeira com várias camadas de retalho. Já as
japonesas se viravam confeccionando canudinhos de papel. Na Indonésia,
fibras vegetais eram usadas na tentativa de absorver o fluxo, ao passo
que, no Egito, canutilhos de papiro faziam as vezes de absorvente
higiênico. Todas essas invenções eram intravaginais – por isso, era
melhor deixar um pedacinho para fora, para facilitar a retirada.
Registros
arqueológicos mostram que, desde o século 15 a.C, as mulheres já
pensavam em alguma espécie de proteção para aqueles dias. Mas uma das
referências mais conhecidas acerca do assunto é encontrada nos escritos
deixados pelo grego Hipócrates, mencionando expressamente a utilização
de protetores intravaginais entre suas contemporâneas – ele viveu de 460
a 370 a.C.
Durante toda a Idade Média uma opção eram as
toalhinhas higiênicas, feitas de qualquer resto de tecido – não raro,
elas levavam ao surgimento de coceiras, assaduras e irritações no corpo.
De todo modo, qualquer coisa devia ser melhor do que o isolamento a que
as mulheres de diversas tribos indígenas eram submetidas: elas ficavam
longe dos olhos dos outros, sentadas numa espécie de ninho, que absorvia
o sangue.
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