terça-feira, 26 de agosto de 2014



PROJETO PEDAGÓGICO

O NEGRO NO MUNDO DOS BRANCOS



Aula expositiva, com rodas de debates




                                                                                 

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO INOVADOR SENADOR JOSÉ GAUDÊNCIO.


PROJETO PEDAGÓGICO

O NEGRO NO MUNDO DOS BRANCOS





 Apresentação
O trabalho ora apresentado foi realizado ao longo das três primeira unidades do ano letivo de 2013, pelo componente curricular de história e o macrocampo de Produção e Fruição das Artes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Inovador Senador José Gaudêncio. Todas as atividades foram trabalhadas junto a 1ª série do ensino médio nas turmas A e B.  O mesmo objetivou o estudo e pesquisas relacionadas à cultura africana e afro-brasileira, juntamente com o conteúdo das aulas e do livro didático para apresentar o resultado das pesquisas em forma de mural, pinturas ou atividades lúdicas que melhor se apliquem ao contexto.
O projeto surge da percepção de que é impossível enquanto brasileiro e especialmente enquanto educador renegar as contribuições da cultura africana para a formação histórica do povo brasileiro, não é possível deixar de analisar a trajetória do africano para o Brasil, o seu cotidiano como cativo, bem como suas formas de resistir às mazelas impostas por uma sociedade escravista, altamente preconceituosa e excludente e que via o negro como mais um produto inserido em uma economia que servia para impulsionar uma outra, a europeia, gerando lucro para os traficantes e os senhores de escravos. Portanto, ao negro foi relegado o trabalho braçal e a exclusão do sistema educacional, consequentemente a marginalização social.




Justificativa

Trazer a discussão do tema “Preconceito Racial” para o espaço escolar é de extrema importância para que os estudantes do Macrocampo de Fruição da Arte  reflitam sobre a origem do preconceito na formação da sociedade brasileira. Abordar a temática da referida aula no ambiente escolar é vital para que os discentes entendam que o preconceito vem desde o período colonial. Além do mais compreendam que foi a partir do Brasil colônia que os portugueses difundiram que a população negra era considerada inferior. Na verdade o estigma contra os negros vem desde muito tempo, e ao serem trazidos ao Brasil pela Coroa portuguesa o estigma continuou sendo difundido. A frota portuguesa os via como uma raça inferior, diminuída, desprezada, uma espécie plenamente má, perigosa ou fraca.
 O autor Erving Goffman  aponta que  “A sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas e o total de atributos considerados como comuns e naturais para os membros de cada uma dessas categorias” (GOFFMAN, 2008 p.11). Goffman ressalta que quando há um estranho a nossa frente podem de fato surgir demonstrações de este indivíduo é caracterizado por atributo que o torna diferente de outros “que se encontram numa categoria em que pudesse ser incluído, sendo, até, de uma espécie menos desejável num caso extremo, uma pessoa completamente má, perigosa ou fraca” (GOFFMAN, 2008 p.12). Dessa forma, a sociedade deixa de considerar pessoa comum e completa restringindo numa pessoa diminuída deteriorada. Tal característica é um estigma, Goffman destaca que essa desvantagem em relações ao outro “constitui uma discrepância específica entre a identidade virtual e a identidade social real”. (GOFFMAN, 2008 p. 12).
É necessário que os estudantes entendam que mesmo com abolição da escravidão, a massa negra continuou a mercê da sociedade, ou seja, acreditava-se que seriam incorporados como mão de obra livre para atuar no setor industrial. Mas não foi bem assim, pois continuaram sendo excluídos de toda benfeitoria e a única alternativa encontrada foi se dirigir para as periferias onde foram exercer trabalhos autônomos.
Além disso, debater esta temática com os alunos e a sociedade civil é imprescindível, pois mesmo nos dias atuais, com algumas conquistas da população negra ainda há discursos do senso comum, como por exemplo, piadas, frases que rebaixam os negros. Estas práticas preconceituosas muitas das vezes são reproduzidas e mantidas como se fossem naturais na realidade social, bem como tais práticas podem causar uma sensação de não pertencer ao coletivo provocando atitudes de violência simbólica, fortalecendo a criminalidade. Acredito que essa exposição instigara os alunos a comunidade escolar, e ate onde as ideias deste projeto forem difundidas a repensarem e refletirem para não cometerem tal prática.
            Nesta perspectiva o projeto “O negro no Mundo do Branco” busca debater a temática acima descrita junto aos alunos da 1ª série do ensino médio neste educandário, trabalhando de forma lúdica questões tão fortes e delicadas como a questão do racismo em nosso país e como se deu todo o processo de trafico negro desde o brasil colônia até a abolição. Trabalharemos através de pinturas, recortes de jornais, debates em sala de aula dentre outras questões.       

  INFORMAÇÕES DO PROJETO:

TEMA:

O negro no mundo do branco
OBJETIVO:
Combater ideias preconceituosas na busca por uma sociedade mais igualitária

SÉRIE TRABALHADA:

1º ano do ensino médio na modalidade regular
TURMAS:
A e B
ÁREA:
Macrocampo de Fruição da Arte
ÁREAS INTERDISCIPLINARES
Filosofia, Português, Geografia, Sociologia e História
PERÍODO:
Integral
PRODUTO:
Educação / formação cidadã

PROBLEMATIZAÇÃO:
         Conforme um dos fascículos “Adolescentes e jovens para a Educação entre pares” intitulado “Raças e Etnias” apresenta diversos estudos e pesquisas que o ambiente escolar tem se configurado como local em que os estudantes negros defrontam-se de forma mais incisiva com a vivencia do racismo. A situação de rejeição enfrentada pelas os educando de cor negra tem produzido graves consequências na autoestima destes repercutindo de maneira negativa no desenvolvimento escolar. De acordo com referido fascículo as situações constrangedoras que crianças e adolescentes tem passado no espaço escolar é ainda um dos fatores que contribuem para a evasão escolar. Segundo dados do jornal “Folha de São Paulo” mostra que as notas tiradas pelos alunos brancos de escolas particulares no exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) são em media, 21% superiores as dos negros da rede publica acima da diferença de 17% entre as notas gerais, independentemente da cor da pele, dos estudantes da rede privada e os da rede pública.
      Outro dado oriundo do fascículo é que em 2001dados revelaram que alunos negros representavam apenas um quinto da população universitária (19,7%), enquanto brancos eram a maioria (78,3%) dos estudantes. Diante disso, faz-se necessária a abertura de debate sobre a temática, não se limitando apenas ao espaço escolar mas expandindo para toda sociedade. Assim esperar-se que os estudantes da 1ª série do Ensino Médio da Escola Senador Jose Gaudêncio atuem como multiplicadores no combate ao preconceito racial.


OBJETIVOS

GERAL
Fornecer informações principais acerca da origem do preconceito na sociedade brasileira. Aprofundando a reflexão sobre das causas do preconceito, evidenciando que muitas das vezes proposições do senso comum comprovam o ato do preconceito, sendo assim, desencadeando a reprodução e a manutenção da desigualdade racial, que às vezes tornam-se como naturais as diferenças sociais, bem como estimular a não prática do preconceito.

OBJETIVOS ESPECIFICOS
·         Perceber a influência da cultura africana em nossa cultura;
·         Conhecer a história afro-brasileira;
·         Valorizar a arte afro-brasileira;
·         Vivenciar as manifestações da cultura afro-brasileira


CONTEÚDOS:
·         Negros no Brasil;
·         O negro no mundo dos brancos;
·         Pintura da cultura negra;
·         Instrumentos musicais afro-brasileiros;
·         Heróis negros no mundo;
·         A imagem do negro no Brasil.


METODOLOGIA:

·         Apresentação da temática aos educandos da primeira série do ensino médio através de aula expositiva com uso de data show, charges e dinâmicas;
·         Exibir vídeos e musicas que retratem sobre as questões relacionadas ao preconceito racial
·         Confecção de mural de combate ao preconceitos negro.
·         Sessão para exibição dos filmes.
·         Realizar um dia especifico na referida escola de combate ao preconceito com palestras ministradas por profissionais da área.
·         Entrevistas nas emissoras (Serra Branca FM, Independente FM e Solidariedade FM), com alunos do 1º ano do ensino médio;
·         Criação de grupo de capoeira com alunos da 1ª série do ensino médio;
FORMAS DE SOCIALIZAÇÃO DO PROJETO:

O projeto terá suas atividades iniciadas no primeiro bimestre escolar, culminando com o tema trabalhado em sala de aula, e terá a conclusão das atividades desenvolvidas em cada turma no dia 19 de novembro de 2013, por ser este um dia que poderemos mobilizar toda a comunidade escolar para exposição da problemática, realizando o primeiro dia da Consciência negra. A socialização do mesmo acontecerá através da realização das palestras, das entrevistas nas rádios locais.


Conclusões

            Após a execução da primeira meta do projeto “o negro no mundo dos brancos”, foi possível analisar que essa nova forma de fazer educação é mais interativa, fazendo com que os envolvidos aprendam com maior facilidade, deixando de ser meros decodificadores de falas, ou decoradores de conteúdo para aprenderem realmente de forma mais sistêmica.
            Com atividades planejadas previamente nos encontros por  área fica mais fácil e apaixonante desenvolver as atividades docentes, não sendo o processo de transmitir conteúdo tão monótono. Com as experiências das primeiras etapas e em socialização com o planejamento geral da escola foi percebido que não existe mais espaço no mundo atual para praticas estáticas de educação, não pode-se utilizar apenas os recursos já conhecidos, faz-se necessário ousar, ser um professor pesquisador que tenha a percepção que temos de aliar o tradicional ao moderno, para vencermos obstáculos difíceis como as questões raciais em nosso país.

REFERÊNCIAS:

GOFFMAN, Erving. Estigma Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. (tradução de Márcia Bandeira de Melo leite Nunes) editora: LCT, Rio de Janeiro 2008.
http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/26355/cota-nao-garante-aluno-de-escola-publica-em-vestibular/






[1] Projeto pedagógico desenvolvido na cidade de Serra Branca com alunos da 1ª  série A do ensino médio da Escola Senador José Gaudêncio

quarta-feira, 13 de agosto de 2014






 Império Novo

            Os faraós do Império Novo estabeleceram um período de prosperidade sem precedentes, ao assegurar suas fronteiras e reforçar os laços diplomáticos com seus vizinhos. Campanhas militares sob Tutmés I e seu neto Tutmés III, estenderam a influência dos faraós para o maior império que o Egito já havia visto.  Quando Tutmés morreu em 1425 a.C., o Egito se estendia de Niya no norte da Síria até a quarta catarata do Nilo, na Núbia, cimentando lealdades e abrindo acesso às importações essenciais, como bronze e madeira.Os faraós do Império Novo começaram uma campanha de construção em grande escala para promover o deus Amon, cujo culto foi crescendo com base em Karnak. Eles também construíram monumentos para glorificar suas próprias realizações, tanto reais como imaginárias. A faraó feminina Hatchepsut usou como propaganda para legitimar sua pretensão ao trono. Seu reinado bem sucedido foi marcado por expedições comerciais em Punt, um templo mortuário elegante, um par de obeliscos colossais e uma capela em Karnak. Apesar de suas realizações, o sobrinho e enteado de Hatchepsut, Tutmés III tentou apagar o seu legado perto do fim de seu reinado, possivelmente em represália por usurpar seu trono. Sob Tutmés IV (1397-1388 a.C.) realizou uma aliança com Mitanni para empreender ataques contra os hititas. Durante Amenófis III foram edificados os templos de Luxor, o palácio de Malaqata e o Templo de Milhões de Anos, do qual atualmente só restam os conhecidos "Colossos de Memnon"; também mandou ampliar o templo de Amon em Karnak. Durante seu reinado, com colheitas férteis e excedentes, Amenófis III pode assegurar relações com os reinos orientais assim como os nobres das cidades Sírio-Palestinas por meio de acordo diplomáticos que podiam envolver casamentos reais. Cerca de 1350 a.C., a estabilidade do Império Novo foi ameaçada quando Amenófis IV subiu ao trono e instituiu uma série de reformas radicais e caóticas. Mudando seu nome para Akhenaton (O Esplendor de Aton), ele classificou o anteriormente obscuro deus sol Aton como a divindade suprema, suprimindo o culto de outras divindades, e atacando o poder do estabelecimento sacerdotal.Mudando a capital para a nova cidade de Akhetaten (Horizonte de Áton, atual Amarna), Akhenaton tornou-se desatento aos negócios estrangeiros deixando-se absorver pela devoção a Aton e a sua personalidade de artista e pacifista.Durante seu reinado as relações comerciais com o mar Egeu (minoicos e micênios) são cortadas e os hititas começam a por em dúvida a soberania egípcia na Síria. Após sua morte, o culto de Aton foi rapidamente abandonado, e os faraós Tutancâmon, Ay e Horemheb apagaram todas as referências a heresia de Akhenaton, agora conhecida como Período Amarna.
As quatro colossais estátuas de Ramsés II na entrada do templo de Abu Simbel. Sob Seti I, o Egito controlou revoltas e conquistou a cidade de Kadesh e da região vizinha de Amurru, ambas localidades palestinas. Cerca de 1279 a.C., Ramsés II também conhecido como Ramsés, o Grande ascendeu ao trono, e passou a construir mais templos, erguer mais estátuas e obeliscos, além de ter sido o faraó com a maior quantidade de filhos da história. Ramsés II também mudou a capital do império de Tebas para Pi-Ramsés no Delta Oriental.Ousado líder militar, Ramsés II levou seu exército contra os hititas na Batalha de Kadesh em 1274 a.C. e depois de um empate, assinou, em 1258 a.C., o primeiro tratado de paz da história, onde ambas as nações comprometiam-se a se ajudaram mutuamente contra inimigos internos ou externos .O tratado foi selado com o casamento de Ramsés II e a filha mais velha do imperador Hatusil III .
A riqueza do Egito fez dele um alvo tentador para uma invasão, em especial de líbios e dos povos do mar. Sob Merneptá o Egito começou a enfrentar a ameaça dos povos do mar. Aliaram-se com os líbios planejando atacar o Egito, assim como incitaram os núbios a revolta, no entanto, Merneptá conseguiu suplantar os revoltosos na medida em que repeliu os invasores. Durante o reinado de Ramsés III o faraó conseguiu em duas grandes batalhas expulsando os povos do mar para fora do Egito, no entanto, eles acabariam por se assentarem na costa palestina e durante o reinado de seus sucessores tomariam por completo a região.