Martinho Lutero publica suas 95 teses e dá início à Reforma Protestante
Em um dia como este, no ano de 1517, o padre e professor de teologia
Martinho Lutero pregou na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na
Alemanha, um pedaço de papel com suas 95 teses revolucionárias que
começariam a Reforma Protestante. Nelas, ele condenava os excessos e a
corrupção da Igreja Católica Romana, em especial a prática papal de
pedir o pagamento das chamadas "indulgências"
pelo perdão dos pecados. Suas teses foram rapidamente traduzidas do
latim para o alemão e foram amplamente distribuídas. Uma cópia chegou a
Roma e começaram os esforços para fazer com que Lutero mudasse sua
opinião. Ele se recusou a ficar em silêncio e, em 1521, foi excomungado
pelo Papa Leão X. Nesse mesmo ano, Lutero novamente se recusou a se
retratar diante do imperador Carlos V da Alemanha, que publicou o famoso
Édito de Worms, o qual declarava Lutero um fora da lei e herege, dando
permissão para que qualquer um pudesse matá-lo. Protegido pelo príncipe
Frederico I, Lutero começou a trabalhar em uma tradução alemã da Bíblia,
uma tarefa que levou 10 anos para ser concluída.
O termo
"protestante" apareceu pela primeira vez em 1529 , quando Carlos V
revogou a medida que permitia que os governadores de cada estado alemão
pudessem escolher se aceitariam ou não o Édito de Worms. Uma série de
príncipes e outros simpatizantes de Lutero protestaram, declarando que
sua fidelidade a Deus era superior à lealdade ao imperador. Eles se
tornaram conhecidos como protestantes. Gradualmente, este nome foi
aplicado a todos que acreditavam em uma reforma da igreja, mesmo quem
estava fora da Alemanha. Lutero morreu de causas naturais, em 1546, e
suas crenças revolucionárias formaram a base para a Reforma Protestante,
que, ao longo dos próximos três séculos, iria revolucionar sociedade
ocidental.
quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Selebranca.
Selebranca. Em pé: Jardel, Sandro, Normando, Val e Cuscuz.Agachados:João
de Zezo, Paulinho,Laércio, Galeguinho, Naldinho e Darlan.T´tilos
Importantes: Campeão da Copa Borborema 1997.ampeão da Copa Independente
1998, Campeão do II Paraibão 1998 e Bi Campeão do III Paraibão 1999.
No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero publica as suas 95 Teses na porta da Igreja de Wittenberg, Saxônia (Alemanha).
Os desdobramentos deste ato desencadeariam a posterior ruptura de Lutero com a Igreja Católica e a criação da Igreja Luterana.
terça-feira, 30 de outubro de 2018
“Ivan o Terrível e seu filho em 16 de novembro de 1581”, de Ilya Repin de 1885.
A pintura retrata um evento ocorrido na corte do Czar Ivan,
conhecido como "O Terrível". Ivan deu uma surra em sua enteada grávida,
por esta estar usando roupas que ele considerou imodestas, o que
resultou na morte do feto. Seu filho, também chamado Ivan, travou uma
discussão agressiva sobre ocorrido com seu pai. Durante a discussão, num
momento de fúria, o Czar golpeou o filho na cabeça, com a ponta de seu cetro, ferindo-o de morte.
Ilya Repin (1844 - 1930) foi um pintor realista russo brilhante, que no
século 19 alcançou o status de fazer na pintura o que Leo Tolstoy fazia
na literatura.
Em maio de 2018 um homem embriagado atacou a pintura quebrando o vidro de proteção e danificando a pintura. Ele foi preso e culpou a vodca. "Fiquei possuído" - disse em reportagem à uma tv russa.
A pintura também foi atacada à facadas em 2013, por um doente mental.
A restauração está marcada para 2019.
Em maio de 2018 um homem embriagado atacou a pintura quebrando o vidro de proteção e danificando a pintura. Ele foi preso e culpou a vodca. "Fiquei possuído" - disse em reportagem à uma tv russa.
A pintura também foi atacada à facadas em 2013, por um doente mental.
A restauração está marcada para 2019.
PARABÉNS BIBLIOTECA NACIONAL PELOS 206 ANOS!
#nestedia,
em 29/10/1810, o Príncipe Regente D. João, assinou o decreto de criação
da Real Biblioteca, hoje Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de
Janeiro. Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808,
veio também o acervo da biblioteca real, cerca de 60 mil peças, entre
livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. Inicialmente,
ele foi acomodado no andar superior do Hospital da Ordem Terceira do Carmo,
na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. Posteriormente foi
transferido para o lugar que havia servido de catacumbas aos religiosos
do Carmo.
Quando a família
real regressou para Portugal, em 1821, D. João VI levou grande parte
dos manuscritos do acervo. Com a independência, a Biblioteca passou a
ser propriedade do Império do Brasil. Em 1858, foi transferida para
outro endereço. O crescimento constante e permanente do acervo exigiu
nova mudança.
Em 1905, foi construído seu atual prédio inaugurado em 29 de outubro de 1910. Em estilo eclético que mistura neoclássico com art nouveau, a Biblioteca Nacional está localizada na Av. Rio Branco 219, praça da Cinelândia, no Rio de Janeiro. Compõe com o Museu Nacional de Belas Artes e o Teatro Municipal um conjunto arquitetônico e cultural de valor inestimável.
A Biblioteca Nacional é considerada pela UNESCO como a maior biblioteca da América Latina e a sétima maior biblioteca nacional do mundo.
Conheça, valorize e preserve o patrimônio nacional!
Em 1905, foi construído seu atual prédio inaugurado em 29 de outubro de 1910. Em estilo eclético que mistura neoclássico com art nouveau, a Biblioteca Nacional está localizada na Av. Rio Branco 219, praça da Cinelândia, no Rio de Janeiro. Compõe com o Museu Nacional de Belas Artes e o Teatro Municipal um conjunto arquitetônico e cultural de valor inestimável.
A Biblioteca Nacional é considerada pela UNESCO como a maior biblioteca da América Latina e a sétima maior biblioteca nacional do mundo.
Conheça, valorize e preserve o patrimônio nacional!
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
Bolsonaro é o terceiro militar eleito pelo voto direto.
Havia 73 anos que o Brasil não escolhia pelo voto direto um militar para
ocupar a Presidência da República. Jair Bolsonaro (PSL) é o terceiro
oficial do Exército Brasileiro a obter assim o cargo. Antes dele, apenas
Hermes da Fonseca (1910) e Eurico Gaspar Dutra (1945) o haviam
conquistado.
A chegada do capitão, classificado em 69º na Arma de Artilharia da turma de 1977 da Academia Militar da Agulhas Negras (Aman), reacendeu nos oficiais-generais das três Forças e em pesquisadores acadêmicos temores da volta da política partidária para os quartéis, um dos componentes da instabilidade que marcou a República da proclamação, em 1889, ao fim do regime inaugurado em 1964 com a deposição de João Goulart.
A chegada do capitão, classificado em 69º na Arma de Artilharia da turma de 1977 da Academia Militar da Agulhas Negras (Aman), reacendeu nos oficiais-generais das três Forças e em pesquisadores acadêmicos temores da volta da política partidária para os quartéis, um dos componentes da instabilidade que marcou a República da proclamação, em 1889, ao fim do regime inaugurado em 1964 com a deposição de João Goulart.
29 de outubro de 1959 - Nasce Asterix, o Gaulês.
Os artistas franceses René Goscinny e Albert Uderzo (provavelmente
cansados da invasão de heróis de quadrinhos americanos em todo o mundo)
criaram um grupo de personagens que representariam a síntese do modo de
ser francês, baseando-se nos ancestrais de sua terra, a Gália. Surgiram
então as aventuras de Asterix, o Gaulês, em 1959, publicadas
inicialmente na revista Pilote. A partir de 1961, foram lançados álbuns
contendo aventuras longas com os personagens.
Asterix é um guerreiro baixinho, inteligente e invocado que, junto a
seu grande amigo Obelix, um comilão carregador de menires, enfrenta os
soldados romanos que invadiram a Gália. A premissa da história é que no
ano 50 a.C. toda a Gália foi ocupada por Júlio César. Toda? Não. Uma
pequena aldeia resiste, ainda e sempre, aos invasores.
Panoramix, o druida da aldeia, criou uma poção mágica que torna invencível quem a toma, e por isso os guerreiros gauleses são um páreo duro para os pobres legionários romanos que tentam impor sua Pax àquele cantinho da Gália. Todos os guerreiros gauleses precisam tomar a poção de tempos em tempos para adquirir superforça, menos Obelix, em quem os efeitos são permanentes – pois ele caiu dentro do caldeirão de poção quando era bebê.
Em 1989 foi inaugurado um parque temático em Paris, com uma reprodução da aldeia em que viveram Asterix, Obelix e Panoramix, sob o governo do chefe Abracurcix e embalados pelas horríveis canções do bardo Chatotorix.
Muitas das aventuras foram adaptadas para longas de animação, e mais recentemente (a partir de 1999) têm sido lançados filmes com atores interpretando os personagens.
Especula-se que o ator francês Gérard Depardieu tenha nascido destinado desde o berço a interpretar Obelix... embora não se tenha notícia se ele caiu dentro de algum caldeirão na infância.
.....
FONTE: "ENCICLONERDIA - Almanaque de cultura nerd" - Luís Flávio Fernandes e Rosana Rios.
Panoramix, o druida da aldeia, criou uma poção mágica que torna invencível quem a toma, e por isso os guerreiros gauleses são um páreo duro para os pobres legionários romanos que tentam impor sua Pax àquele cantinho da Gália. Todos os guerreiros gauleses precisam tomar a poção de tempos em tempos para adquirir superforça, menos Obelix, em quem os efeitos são permanentes – pois ele caiu dentro do caldeirão de poção quando era bebê.
Em 1989 foi inaugurado um parque temático em Paris, com uma reprodução da aldeia em que viveram Asterix, Obelix e Panoramix, sob o governo do chefe Abracurcix e embalados pelas horríveis canções do bardo Chatotorix.
Muitas das aventuras foram adaptadas para longas de animação, e mais recentemente (a partir de 1999) têm sido lançados filmes com atores interpretando os personagens.
Especula-se que o ator francês Gérard Depardieu tenha nascido destinado desde o berço a interpretar Obelix... embora não se tenha notícia se ele caiu dentro de algum caldeirão na infância.
.....
FONTE: "ENCICLONERDIA - Almanaque de cultura nerd" - Luís Flávio Fernandes e Rosana Rios.
Pintura Rupestre.
A cultura humana nasceu muito antes do que imaginávamos. E na África –
não na Europa, como pensavam os estudiosos. Há 77 mil anos, os
ancestrais do homem já eram capazes de fazer arte e pensar de forma abstrata.
O genocídio cambojano feito pelo Khmer Vermelho é um dos maiores massacres da história, provavelmente o maior se você compará-los com o tempo decorrido e a população afetada.
O genocídio cambojano feito pelo Khmer Vermelho é um dos maiores
massacres da história, provavelmente o maior se você compará-los com o
tempo decorrido e a população afetada.
Cerca de um quarto da população morreu entre 1975 e 1979. De acordo com
os números expostos pelo historiador David Chandler, 1,5 milhão de
pessoas morreram de desnutrição, trabalho forçado e doenças mal
assistidas. Outras 200 mil pessoas foram executadas sem julgamento,
classificadas como "inimigos". O Camboja também é o país com maior
número de pessoas desaparecidas. O regime comunista trouxe consigo
sérios problemas psicológicos, que não estão sendo abordados pela falta
de especialistas. Muitas das vítimas apresentam sintomas depressivos que
impedem que elas funcionem. Os poucos especialistas que existem no
Camboja asseguram que a maioria da população tenha algum tipo de sequela
psicológica, que além disso está sendo transmitida para as novas
gerações de forma inconsciente. A violência e a desconfiança
características do regime do Khmer Vermelho ainda estão presentes na
sociedade de hoje.
FOTO: Exposição de ossos humanos do genocídio do Khmer Vermelho cambojano.
domingo, 28 de outubro de 2018
Fotografia da Rainha D. Maria Pia de Portugal, por volta de 1900.
Fotografia da Rainha D. Maria Pia de Portugal, por volta de 1900. D.
Maria Pia está trajando vestes tipicas portuguesas, mais precisamente
uma roupa de varina. Varinas são vendedoras ambulantes de peixes muito
comuns na costa portuguesa e suas tradicionais roupas coloridas fazem
parte do folclore naquele país.
sábado, 27 de outubro de 2018
Família de operário, que trabalhou na construção de Brasília, aprecia com emoção os prédios da capital nacional, durante sua inauguração, em 1960.
Família de operário, que trabalhou na construção de Brasília, aprecia
com emoção os prédios da capital nacional, durante sua inauguração, em
1960.
Conhecidos como "Candangos", homens e mulheres de todos os lugares do Brasil(principalmente da região nordeste) trabalharam horas a fio para construir a capital brasileira, foram 5 anos de construções pesadas e muito suor, para levantar uma cidade inteira e dar um lar para os poderosos políticos.
O suor e o sangue deixados nas construções dos prédios do Distrito Federal foram retirados dos corpos dos trabalhadores brasileiros, hoje muitas dessas famílias moram em regiões conhecidas como cidades satélites, nos arredores da cidade.
Conhecidos como "Candangos", homens e mulheres de todos os lugares do Brasil(principalmente da região nordeste) trabalharam horas a fio para construir a capital brasileira, foram 5 anos de construções pesadas e muito suor, para levantar uma cidade inteira e dar um lar para os poderosos políticos.
O suor e o sangue deixados nas construções dos prédios do Distrito Federal foram retirados dos corpos dos trabalhadores brasileiros, hoje muitas dessas famílias moram em regiões conhecidas como cidades satélites, nos arredores da cidade.
Foto: René Burri.
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
No dia 26 de outubro de 1886, ocorre a inauguração da Estátua da Liberdade.
A Estátua da Liberdade foi inaugurada como comemoração do centenário da criação da Declaração
de Independência dos Estados Unidos. Representa também um tratado de
amizade entre a França e os Estados Unidos, pois foi construída pelo
escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi.
A Estátua da Liberdade foi inspirada no Colosso de Rodhes, uma das sete
maravilhas do mundo antigo. Durante sua construção, Bartholdi recebeu
assistência do engenheiro Gustave Eiffel, que projetou a torre Eiffel.
É curioso notar que a estátua apresenta símbolos da maçonaria, como a tocha, o livro não mão esquerda, a coroa de sete espigões e a inspiração na deusa Sophia. Além disso, de 1886 a 1902, a estátua funcionou como um farol, sendo pioneira na utilização de rede elétrica em faróis.
Na imagem, cromolitógrafo da Currier & Ives publicado um ano antes da estátua ser erguida. Manhattan e a Ponte do Brooklyn são vistas em segundo plano.
É curioso notar que a estátua apresenta símbolos da maçonaria, como a tocha, o livro não mão esquerda, a coroa de sete espigões e a inspiração na deusa Sophia. Além disso, de 1886 a 1902, a estátua funcionou como um farol, sendo pioneira na utilização de rede elétrica em faróis.
Na imagem, cromolitógrafo da Currier & Ives publicado um ano antes da estátua ser erguida. Manhattan e a Ponte do Brooklyn são vistas em segundo plano.
quinta-feira, 25 de outubro de 2018
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
A Revolução de 1930.
Em 24 de outubro de 1930, reconhecendo o avanço da guerra civil, os
militares do Rio de Janeiro depuseram o presidente Washington Luís,
semanas antes do fim de seu mandato. O poder foi entregue a Getúlio
Vargas, chefe político da Revolução de 1930. Iniciava o período
getulista ou a Era Vargas.
Maria Quitéria de Jesus Medeiros foi uma militar, heroína da Guerra de Independência.
Conhecida como a Joana D'Arc brasileira, Maria Quitéria de Jesus Medeiros foi uma militar, heroína da Guerra de Independência.
Maria Quitéria teve uma infância comum, porém após a morte da mãe teve que assumir a tarefa de cuidar dos dois irmãos mais novos. Quando despontou a guerra, os partidários convocavam soldados para a batalha. Maria pediu ao pai permissão, porém não a obteve. Então, pegou roupas do cunhado e contra a vontade do pai alistou-se no Batalhão de Artilharia como "soldado Medeiros" em 1822. Após algumas semanas, foi desmascarada pelo pai, que a encontrou. Porém sua habilidade para o manejo das armas e estratégias militares fizeram com que os oficiais não permitissem que ela partisse.
Depois da Declaração da Independência, as tropas portuguesas seguiram lutando no país. Numa batalha ocorrida na foz do rio Paraguaçu, o grupo de combatentes mulheres liderado por Maria Quitéria teve grande destaque, e quando os portugueses foram derrotados ela foi reconhecida como heroína de guerra, recebendo do Imperador o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.
Maria Quitéria teve uma infância comum, porém após a morte da mãe teve que assumir a tarefa de cuidar dos dois irmãos mais novos. Quando despontou a guerra, os partidários convocavam soldados para a batalha. Maria pediu ao pai permissão, porém não a obteve. Então, pegou roupas do cunhado e contra a vontade do pai alistou-se no Batalhão de Artilharia como "soldado Medeiros" em 1822. Após algumas semanas, foi desmascarada pelo pai, que a encontrou. Porém sua habilidade para o manejo das armas e estratégias militares fizeram com que os oficiais não permitissem que ela partisse.
Depois da Declaração da Independência, as tropas portuguesas seguiram lutando no país. Numa batalha ocorrida na foz do rio Paraguaçu, o grupo de combatentes mulheres liderado por Maria Quitéria teve grande destaque, e quando os portugueses foram derrotados ela foi reconhecida como heroína de guerra, recebendo do Imperador o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.
terça-feira, 23 de outubro de 2018
Esta é considerada a primeira vez que uma aeronave desliza e decola utilizando apenas suas próprias forças.
No dia 23 de outubro de 1906, Alberto Santos-Dumont faz, em
Bagatelle, voo de cerca de 50 metros a aproximadamente 2 metros do chão,
com o 14-Bis, conquistando a "Taça Archdeacon".
Esta é considerada a primeira vez que uma aeronave desliza e decola utilizando apenas suas próprias forças.
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
O Sentido da Vida e a Morte.
Jung afirma que a enfermidade de todos os seus pacientes na metanóia
está vinculada a perda do sagrado, podemos afirmar que se é possível
alguma saúde e qualidade de vida, sem a experiência contínua de ligação
com o sagrado, ela só é possível até a meia-idade, a partir dessa virada
de “volta para casa” é imprescindível que busquemos o sentido mais
profundo de nossa existência.
A filosofia, para Sêneca, é comparável à medicina, enquanto uma cura o corpo a outra fornece os “remédios para a alma”. Assim podemos lembrar que o maior terapeuta da alma de toda a história do pensamento existiu como um grande filósofo, muito antes de a psicologia haver se constituído: Sócrates. Esse grande sábio da Antiguidade, através da maiêutica levava seus interlocutores a buscarem no mais profundo deles próprios, no Self, a resposta para seus problemas e angústias. Como os órficos ensinavam: a alma conhece todas as respostas é preciso treinar a consciência para fazer-lhe as perguntas corretas.
Essa esfera numinosa que é nosso Self corresponde ao atman hindu, é a centelha divina em cada um de nós. Participa da essência do sagrado, é a particularização da totalidade divina. Daí a importância do ensinamento órfico mais conhecido em toda a história da filosofia: “Homem conhece-te a ti mesmo. E só então poderás conhecer os deuses”. Aquele que quer participar da esfera mística e sagrada, da plenitude conferida pelo numinoso, precisa antes conhecer-se, o que não constitui tarefa fácil.
Nietzsche dizia que era preciso inserir o risco em nossas vidas. Não o risco de inconsequências, mas o de conhecer-se a si mesmo. Esse sim era o maior de todos os riscos para a consciência, que em confronto com os conteúdos sombrios do inconsciente poderia ter sua lucidez perdida. Dizia ainda ser preciso dizer sim à vida. Quantas vezes adoecemos porque não dizemos sim às nossas vidas? Dizia também que devíamos nos afastar dos fracos e dos ressentidos para podermos nos tornar aristocratas, senhores de nós mesmos, super-homens, livres e alados.
Essa atitude afirmativa, alegre, que prenuncia uma alvorada é o ensinamento de Nietzsche, um homem que sofreu dores e tormentos desde a infância e viveu os últimos anos de sua vida com febres, dores e delírios em consequência da encefalite herdada. Ainda assim nenhum filósofo superou-o na apologia a vida que também era uma apologia à morte: “Muitos morrem demasiado tarde e alguns, demasiado cedo. Ainda soa estranha a doutrina: ´Morre a tempo!´
Morre a tempo: é o que ensina Zaratustra.
Sem dúvida, quem nunca vive a tempo, como iria morrer a tempo? Antes não tivesse nascido! – É assim que aconselho os supérfluos.
Mas também os supérfluos levam sua morte muito a sério e também a mais vazia das nozes quer ser quebrada.
Todos dão importância à morte; no entanto, ainda a morte não é uma festa. Ainda os homens não aprenderam como se consagram as festas mais bonitas.
Eu vos mostro a morte que aperfeiçoa que se torna, para o vivo, um aguilhão e uma promessa.
Da sua morte, morre o homem realizador de si mesmo; morre vitorioso, rodeado de gente esperançosa a fazer auspiciosas promessas.
Seria mister aprender a morrer assim; e não deveria haver festa na qual um moribundo não consagrasse os juramentos dos vivos.”
O processo de individuação mostra que aquele que vivencia esse processo morre como um vitorioso, porque realizou o si-mesmo, atingiu o seu mais alto fim existencial. Sua morte deve ser celebrada, festejada por aqueles que a tomarão como exemplo de realização e plenitude, porque ele deixa a promessa de que é possível dizer sim a vida apesar da dor e do sofrimento que possam acompanha-la.
E. Simone d. Magaldi, professora do IJEP
www.ijep.com.br
A filosofia, para Sêneca, é comparável à medicina, enquanto uma cura o corpo a outra fornece os “remédios para a alma”. Assim podemos lembrar que o maior terapeuta da alma de toda a história do pensamento existiu como um grande filósofo, muito antes de a psicologia haver se constituído: Sócrates. Esse grande sábio da Antiguidade, através da maiêutica levava seus interlocutores a buscarem no mais profundo deles próprios, no Self, a resposta para seus problemas e angústias. Como os órficos ensinavam: a alma conhece todas as respostas é preciso treinar a consciência para fazer-lhe as perguntas corretas.
Essa esfera numinosa que é nosso Self corresponde ao atman hindu, é a centelha divina em cada um de nós. Participa da essência do sagrado, é a particularização da totalidade divina. Daí a importância do ensinamento órfico mais conhecido em toda a história da filosofia: “Homem conhece-te a ti mesmo. E só então poderás conhecer os deuses”. Aquele que quer participar da esfera mística e sagrada, da plenitude conferida pelo numinoso, precisa antes conhecer-se, o que não constitui tarefa fácil.
Nietzsche dizia que era preciso inserir o risco em nossas vidas. Não o risco de inconsequências, mas o de conhecer-se a si mesmo. Esse sim era o maior de todos os riscos para a consciência, que em confronto com os conteúdos sombrios do inconsciente poderia ter sua lucidez perdida. Dizia ainda ser preciso dizer sim à vida. Quantas vezes adoecemos porque não dizemos sim às nossas vidas? Dizia também que devíamos nos afastar dos fracos e dos ressentidos para podermos nos tornar aristocratas, senhores de nós mesmos, super-homens, livres e alados.
Essa atitude afirmativa, alegre, que prenuncia uma alvorada é o ensinamento de Nietzsche, um homem que sofreu dores e tormentos desde a infância e viveu os últimos anos de sua vida com febres, dores e delírios em consequência da encefalite herdada. Ainda assim nenhum filósofo superou-o na apologia a vida que também era uma apologia à morte: “Muitos morrem demasiado tarde e alguns, demasiado cedo. Ainda soa estranha a doutrina: ´Morre a tempo!´
Morre a tempo: é o que ensina Zaratustra.
Sem dúvida, quem nunca vive a tempo, como iria morrer a tempo? Antes não tivesse nascido! – É assim que aconselho os supérfluos.
Mas também os supérfluos levam sua morte muito a sério e também a mais vazia das nozes quer ser quebrada.
Todos dão importância à morte; no entanto, ainda a morte não é uma festa. Ainda os homens não aprenderam como se consagram as festas mais bonitas.
Eu vos mostro a morte que aperfeiçoa que se torna, para o vivo, um aguilhão e uma promessa.
Da sua morte, morre o homem realizador de si mesmo; morre vitorioso, rodeado de gente esperançosa a fazer auspiciosas promessas.
Seria mister aprender a morrer assim; e não deveria haver festa na qual um moribundo não consagrasse os juramentos dos vivos.”
O processo de individuação mostra que aquele que vivencia esse processo morre como um vitorioso, porque realizou o si-mesmo, atingiu o seu mais alto fim existencial. Sua morte deve ser celebrada, festejada por aqueles que a tomarão como exemplo de realização e plenitude, porque ele deixa a promessa de que é possível dizer sim a vida apesar da dor e do sofrimento que possam acompanha-la.
E. Simone d. Magaldi, professora do IJEP
www.ijep.com.br
A "Guerra dos Mísseis"
Em 22 de outubro de 1962, americanos e soviéticos por pouco não
iniciaram o que seria a Terceira Guerra Mundial. O presidente americano
John Kennedy anuncia ter provas da existência dos mísseis soviéticos e
monta um bloqueio aeronaval contra Cuba. A União Soviética cede seis
dias mais tarde.
domingo, 21 de outubro de 2018
Desfile dos soldados da FEB (Força Expedicionária Brasileira) os "pracinhas", na cidade de São Paulo em 1945.
Desfile dos soldados da FEB (Força Expedicionária Brasileira) os
"pracinhas", na cidade de São Paulo em 1945. Ao fundo da foto pode-se
ver o edifício Altino Arantes, também conhecido como Banespa (atual
Farol Santander) e a sua direita o edifício Martinelli.
Fonte: Arquivo do Estado de São Paulo - Memória Pública
Fonte: Arquivo do Estado de São Paulo - Memória Pública
Alfred Nobel.
Alfred Nobel era um pacifista, mas um pacifista de um tipo particular: um fabricante
de armas. Ele tinha um plano de criar uma arma tão poderosa que
tornaria as guerras inúteis. Ou seja, acreditava que, se fizesse as
armas mais aterrorizantes do mundo, acabaria com as guerras
ÍNDIOS ASURINI DO XINGU.
Os Asurini compõem uma etnia indígena brasileira. Estes se
autodenominam Awaete, e habitam o estado do Pará. Sua população atual é
de 165 indivíduos (Siasi/Sesai, 2012) e pertencem a família linguística Tupi-Guarani.
Araweté, Arara, Parakanã - recebiam o nome Asurini (Asonéri, na língua Juruna), que significa "vermelho", segundo o etnógrafo Curt Nimuendajú (1963c: 225). A margem direita do Rio Xingu sempre foi chamada "Terra dos Assuriní" pelos habitantes de Altamira e demais moradores das margens do referido rio, em seu curso médio (Lukesch,1976:11 e Soares,1971b:3). O cronista estrangeiro Condreau (1977:37) também cita os asurini com um dos grupos que habitavam o Baixo Xingu.
De acordo com Nimuendajú (1963c:225), a denominação dada pelos Kayapó aos Asurini é Kub(ẽ)-Kamrég-ti, (sendo Kub(ẽ), "índio"; Kamrég-ti, "vermelho"; ti, aumentativo). De acordo com os Xikrin do Bacajá (subgrupo Kayapó), o nome que dão ao Asurini é Krã-akâro (cabeça com corte de cabelo arredondado, ou cabeça redonda). Nimuendaju menciona Asurini e Asurinikin como outras denominações do grupo, além de Surini, em Juruna; Adgí Kaporuri-ri (adji, "selvagem", Kaporurí, "vermelho", ri, "muito"), em Xipáia; e Nupánunupag (Nupánu, "índio"; pag "vermelho"), em Kuruaia.
Ao contatar os índios do Igarapé Ipiaçava, o missionário católico e etnólogo A. Lukesch denominou-os Asurini, por serem Tupi e "índios vermelhos", devido o uso abundante do urucum (1976:42). O sertanista da Funai A. Cotrim, que deu continuidade ao trabalho feito por Lukesch, também os chamou de Asurini (1971b). Esta denominação é aceita pela Funai, que a utiliza até os dias de hoje. Também são conhecidos com Asurini do Xingu, diferenciando-os dos Asurini do Tocantins (Akuáwa Asurini).
A autodenominação do grupo é Awaeté, que significa "gente de verdade" (Awa= gente, eté = sufixo que dá ênfase como "verdadeiro", "muito"). Diante dos "brancos", chamam-se At(*s)urini, da palavra asuruni, denominação dada pelas frentes de atração.
Na aldeia asurini existem diferentes tipos de habitação, sendo que as mais comuns, onde residem os diferentes grupos domésticos, são do tipo regional, ou seja, com paredes de barro, estrutura de madeira e cobertura de palha. A maior casa da aldeia (aketé, tavywa), medindo aproximadamente 30m de comprimento, 12m de largura e 7m de altura, corresponde à descrição da moradia característica dos Tupi: a planta é retangular. A colocação dos moirões, vigas e traves obedecem a regras adequadas para a construção da estrutura básica que caracteriza sua forma abobadada. Nesse sentido, ela difere das demais por ter uma construção melhor elaborada. Na cobertura é utilizado apenas o broto da folha de palmeira e na estrutura são usadas determinadas espécies de árvores para cada posição. Na construção participa todo o grupo, sob a liderança dos que passarão a residir na casa. No chão são enterrados os mortos e aí se realizam as principais cerimônias asurini.
Tradicionalmente, a aketé ou tavywa era a habitação coletiva de um grupo local. Entretanto, reunidos junto ao Posto da Funai, os Asurini se reorganizaram num grupo formado por indivíduos de diferentes grupos locais e com população demograficamente desequilibrada, devido ao decréscimo populacional. Como observa Soares (1971b:23), desde a época do contato a morte dos mais velhos abalou a estrutura política do grupo, já que entre eles se encontravam os seus líderes. A maioria dos homens é xamã (pa(z*)é) e a intensificação dos rituais xamanísticos deve estar relacionada a esse esforço de reorganização tribal.
A composição dos grupos domésticos revela uma tendência da estrutura social típica dos grupos Tupi, mas observa-se também uma instabilidade decorrente do desequilíbrio demográfico. Há certa semelhança entre a organização social asurini e tenetehara, para os quais, segundo Galvão e Wagley (1961:39), "em essência, a família extensa é um grupo de mulheres relacionadas por parentesco, sob liderança de um homem". A regra de residência é uxorilocal e os homens que pertencem a um grupo doméstico, pelo casamento com mulheres aparentadas entre si, mantêm relações de cooperação nas atividades de subsistência.Nas famílias nucleares, há vários casos de poliandria. Nesses casos, a mulher mais velha já passou da fase de procriação e a mais nova dedica-se intensamente às atividades rituais (são as cantadoras que acompanham os pajés), ao aprendizado da arte gráfica (pintura corporal e decoração de cerâmica) e auxilia a "mãe" nas atividades básicas de sobrevivência (roça, cozinha, tecelagem, cerâmica e coleta).
A mulher asurini casa-se na adolescência, mas terá seu primeiro filho na juventude (25 anos aproximadamente). Até esse período, estará aprendendo e aperfeiçoando-se nas tarefas subsistência, de modo que participará dos rituais como cantadora. A confecção da cerâmica, muito valorizada entre os Asurini (estética e utilitariamente) também pode ser definida como atividade excludente às funções procriativas da mulher. Há mulheres asurini que nunca tiveram filhos (hoje com mais de 45 anos de idade), entre as quais há exímias artistas.
Outra condição para a procriação é a existência de dois maridos, um jovem e outro mais velho. Durante a gestação até o quarto mês, vários homens participam da formação do feto e mantêm relações sexuais freqüentes com a mulher para que a criança "nasça forte". No resguardo, participam apenas os dois pais casados com a mãe. O pai mais velho será o principal responsável pela educação do filho, se for do sexo masculino. Para o mais novo, o nascimento do primeiro filho é marca de passagem de uma categoria de idade à outra (essa passagem não é formalmente ritualizada entre os Asurini). Uma das justificativas das mulheres para os casamentos sem filhos é a ausência do pai mais novo (iau n´ative).
Após o contato com a sociedade nacional, em 1971, os Asurini do Xingu - cuja denominação foi dada pelas frentes de atração - sofreram uma drástica baixa populacional. Contudo, o perigo eminente de sua extinção física sempre contrastou com uma extrema vitalidade cultural, manifesta na realização de extensos rituais, práticas de xamanismo e um elaborado sistema de arte gráfica.
Araweté, Arara, Parakanã - recebiam o nome Asurini (Asonéri, na língua Juruna), que significa "vermelho", segundo o etnógrafo Curt Nimuendajú (1963c: 225). A margem direita do Rio Xingu sempre foi chamada "Terra dos Assuriní" pelos habitantes de Altamira e demais moradores das margens do referido rio, em seu curso médio (Lukesch,1976:11 e Soares,1971b:3). O cronista estrangeiro Condreau (1977:37) também cita os asurini com um dos grupos que habitavam o Baixo Xingu.
De acordo com Nimuendajú (1963c:225), a denominação dada pelos Kayapó aos Asurini é Kub(ẽ)-Kamrég-ti, (sendo Kub(ẽ), "índio"; Kamrég-ti, "vermelho"; ti, aumentativo). De acordo com os Xikrin do Bacajá (subgrupo Kayapó), o nome que dão ao Asurini é Krã-akâro (cabeça com corte de cabelo arredondado, ou cabeça redonda). Nimuendaju menciona Asurini e Asurinikin como outras denominações do grupo, além de Surini, em Juruna; Adgí Kaporuri-ri (adji, "selvagem", Kaporurí, "vermelho", ri, "muito"), em Xipáia; e Nupánunupag (Nupánu, "índio"; pag "vermelho"), em Kuruaia.
Ao contatar os índios do Igarapé Ipiaçava, o missionário católico e etnólogo A. Lukesch denominou-os Asurini, por serem Tupi e "índios vermelhos", devido o uso abundante do urucum (1976:42). O sertanista da Funai A. Cotrim, que deu continuidade ao trabalho feito por Lukesch, também os chamou de Asurini (1971b). Esta denominação é aceita pela Funai, que a utiliza até os dias de hoje. Também são conhecidos com Asurini do Xingu, diferenciando-os dos Asurini do Tocantins (Akuáwa Asurini).
A autodenominação do grupo é Awaeté, que significa "gente de verdade" (Awa= gente, eté = sufixo que dá ênfase como "verdadeiro", "muito"). Diante dos "brancos", chamam-se At(*s)urini, da palavra asuruni, denominação dada pelas frentes de atração.
Na aldeia asurini existem diferentes tipos de habitação, sendo que as mais comuns, onde residem os diferentes grupos domésticos, são do tipo regional, ou seja, com paredes de barro, estrutura de madeira e cobertura de palha. A maior casa da aldeia (aketé, tavywa), medindo aproximadamente 30m de comprimento, 12m de largura e 7m de altura, corresponde à descrição da moradia característica dos Tupi: a planta é retangular. A colocação dos moirões, vigas e traves obedecem a regras adequadas para a construção da estrutura básica que caracteriza sua forma abobadada. Nesse sentido, ela difere das demais por ter uma construção melhor elaborada. Na cobertura é utilizado apenas o broto da folha de palmeira e na estrutura são usadas determinadas espécies de árvores para cada posição. Na construção participa todo o grupo, sob a liderança dos que passarão a residir na casa. No chão são enterrados os mortos e aí se realizam as principais cerimônias asurini.
Tradicionalmente, a aketé ou tavywa era a habitação coletiva de um grupo local. Entretanto, reunidos junto ao Posto da Funai, os Asurini se reorganizaram num grupo formado por indivíduos de diferentes grupos locais e com população demograficamente desequilibrada, devido ao decréscimo populacional. Como observa Soares (1971b:23), desde a época do contato a morte dos mais velhos abalou a estrutura política do grupo, já que entre eles se encontravam os seus líderes. A maioria dos homens é xamã (pa(z*)é) e a intensificação dos rituais xamanísticos deve estar relacionada a esse esforço de reorganização tribal.
A composição dos grupos domésticos revela uma tendência da estrutura social típica dos grupos Tupi, mas observa-se também uma instabilidade decorrente do desequilíbrio demográfico. Há certa semelhança entre a organização social asurini e tenetehara, para os quais, segundo Galvão e Wagley (1961:39), "em essência, a família extensa é um grupo de mulheres relacionadas por parentesco, sob liderança de um homem". A regra de residência é uxorilocal e os homens que pertencem a um grupo doméstico, pelo casamento com mulheres aparentadas entre si, mantêm relações de cooperação nas atividades de subsistência.Nas famílias nucleares, há vários casos de poliandria. Nesses casos, a mulher mais velha já passou da fase de procriação e a mais nova dedica-se intensamente às atividades rituais (são as cantadoras que acompanham os pajés), ao aprendizado da arte gráfica (pintura corporal e decoração de cerâmica) e auxilia a "mãe" nas atividades básicas de sobrevivência (roça, cozinha, tecelagem, cerâmica e coleta).
A mulher asurini casa-se na adolescência, mas terá seu primeiro filho na juventude (25 anos aproximadamente). Até esse período, estará aprendendo e aperfeiçoando-se nas tarefas subsistência, de modo que participará dos rituais como cantadora. A confecção da cerâmica, muito valorizada entre os Asurini (estética e utilitariamente) também pode ser definida como atividade excludente às funções procriativas da mulher. Há mulheres asurini que nunca tiveram filhos (hoje com mais de 45 anos de idade), entre as quais há exímias artistas.
Outra condição para a procriação é a existência de dois maridos, um jovem e outro mais velho. Durante a gestação até o quarto mês, vários homens participam da formação do feto e mantêm relações sexuais freqüentes com a mulher para que a criança "nasça forte". No resguardo, participam apenas os dois pais casados com a mãe. O pai mais velho será o principal responsável pela educação do filho, se for do sexo masculino. Para o mais novo, o nascimento do primeiro filho é marca de passagem de uma categoria de idade à outra (essa passagem não é formalmente ritualizada entre os Asurini). Uma das justificativas das mulheres para os casamentos sem filhos é a ausência do pai mais novo (iau n´ative).
Após o contato com a sociedade nacional, em 1971, os Asurini do Xingu - cuja denominação foi dada pelas frentes de atração - sofreram uma drástica baixa populacional. Contudo, o perigo eminente de sua extinção física sempre contrastou com uma extrema vitalidade cultural, manifesta na realização de extensos rituais, práticas de xamanismo e um elaborado sistema de arte gráfica.
Asurini por ocasião do primeiro contato. Foto: Monsenhor Anton Lukesch,1971.
sábado, 20 de outubro de 2018
18 de Outubro de 1833 - Nasce BENJAMIN CONSTANT, introdutor da divisa positivista “ordem e progresso” na bandeira brasileira.
Benjamin Constant Botelho de Magalhães foi um militar, engenheiro,
professor e estadista brasileiro. Adepto do positivismo, foi um dos
principais articuladores do levante republicano de 1889.
Foi nomeado Ministro da Guerra e, depois, Ministro da Instrução Pública
no governo provisório. Na última função, promoveu uma importante
reforma curricular.
A reforma curricular do ensino primário e secundário do Distrito Federal, antigo município da corte, Decreto nº 981, de 8 de novembro de 1890, estabeleceu novas diretrizes para a instrução pública, propunha a descentrabilidade da mesma, construção de prédios apropriados ao ensino, criação de novas escolas, inclusive Escolas Normais para formação adequada de professores e instituição de um fundo escolar.
As disposições transitórias da Constituição de 1891 consagraram-no como fundador da República brasileira.
Faleceu aos 57 anos, na cidade do Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério São João Batista na mesma cidade.
A reforma curricular do ensino primário e secundário do Distrito Federal, antigo município da corte, Decreto nº 981, de 8 de novembro de 1890, estabeleceu novas diretrizes para a instrução pública, propunha a descentrabilidade da mesma, construção de prédios apropriados ao ensino, criação de novas escolas, inclusive Escolas Normais para formação adequada de professores e instituição de um fundo escolar.
As disposições transitórias da Constituição de 1891 consagraram-no como fundador da República brasileira.
Faleceu aos 57 anos, na cidade do Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério São João Batista na mesma cidade.
20 de outubro 1951 - Primeira Bienal das Artes de São Paulo.
Foi notícia em 20 de outubro de 1951 - Mais de 5 mil pessoas
participaram da inauguração da Primeira Bienal das Artes de São Paulo,
em um pavilhão especialmente construído no Parque Trianon, junto à
avenida Paulista.
São 21 países
representados por cerca de 1,8 mil obras. Entre os artistas brasileiros,
destacam-se Di Cavalcanti, Aldemir Martins, Lasar Segall, Cândido
Portinari e Victor Brecheret.
“Nós, que constituímos uma certa elite, temos de instruir o povo”, disse, na inauguração, o industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, o “Ciccillo”, patrono da Bienal.
O crítico de arte Mário Pedrosa afirmou ao Jornal Século XX que a Bienal rompeu o círculo fechado em que se desenrolam as atividades artísticas do Brasil, tirando-as de um isolacionismo provinciano.
.....
ARTE Cena de Cabaré, 1951 - por Di Cavalcanti (1897-1976). Emiliano Augusto Cavalcanti de Paula Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista brasileiro.
“Nós, que constituímos uma certa elite, temos de instruir o povo”, disse, na inauguração, o industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, o “Ciccillo”, patrono da Bienal.
O crítico de arte Mário Pedrosa afirmou ao Jornal Século XX que a Bienal rompeu o círculo fechado em que se desenrolam as atividades artísticas do Brasil, tirando-as de um isolacionismo provinciano.
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ARTE Cena de Cabaré, 1951 - por Di Cavalcanti (1897-1976). Emiliano Augusto Cavalcanti de Paula Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista brasileiro.
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
No dia 19 de outubro de 1981, a União é responsabilizada pelo sequestro, prisão ilegal, tortura, morte e ocultamento do cadáver de MÁRIO ALVES, em 1970.
No
dia 19 de outubro de 1981, a União é responsabilizada pelo sequestro,
prisão ilegal, tortura, morte e ocultamento do cadáver de MÁRIO ALVES,
em 1970.
Mário Alves foi um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). É considerado desaparecido político.
Mário Alves foi um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). É considerado desaparecido político.