domingo, 30 de setembro de 2018
Relógio a água com decoração de babuino 500 a 30 AC Egito.
A clepsidra ou relógio de água foi um dos primeiros sistemas criados
pelo Homem para medir o tempo. Consiste em dois recipientes, colocados
em níveis diferentes: um na parte superior contendo o líquido, e outro,
na parte inferior, com uma escala de níveis interna, inicialmente vazio.
Através de uma abertura parcialmente controlada no recipiente superior,
o liquido passa para o inferior, observando-se o tempo decorrido pela escala.
Este tipo de instrumento evoluiu técnicamente de forma a permitir uma medição do tempo com relativa exatidão.
A clepsidra mais antiga foi encontrada em Karnak, no Egito, datando do reinado de Amenhotep III. Outros exemplares foram identificados na Grécia antiga, (c. 500 a.C.). Na China, o astrônomo Y. Hang inventou uma clepsidra que indicava os movimentos dos planetas.
A clepsidra mais antiga foi encontrada em Karnak, no Egito, datando do reinado de Amenhotep III. Outros exemplares foram identificados na Grécia antiga, (c. 500 a.C.). Na China, o astrônomo Y. Hang inventou uma clepsidra que indicava os movimentos dos planetas.
30 de Setembro de 2009 - Estreia do documentário "Alô, Alô, Terezinha!"
Alô, Alô, Terezinha!" é um documentário dirigido por Nelson Hoineff e
com roteiro baseado na vida do apresentador de programas de auditório
no rádio e televisão brasileira, Abelardo Barbosa, mais conhecido pelo
seu pseudônimo "Chacrinha". O documentário foi exibido, fora de competição, no Festival do Rio 2009 e na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Em 2009, o documentário levantou os prêmios de melhor filme do júri oficial, melhor filme do júri popular, melhor montagem e o Troféu Gilberto Freire. Também foi um dos indicados ao prêmio de melhor documentário do ano da Academia Brasileira de Cinema.
A obra acabou resultando na abertura de um processo contra a produtora Comalt, responsável pelo filme, uma vez que as ex-dançarinas se sentiram rotuladas como prostitutas. O diretor Nelson Hoineff, posteriormente, produziu ainda um minidocumentário intitulado "Chacretes", focando-se no cotidiano das dançarinas.
.....
- AS CHACRETES
No Brasil dos anos 50, ser bela, famosa, admirada e reconhecida não era privilégio exclusivo das participantes dos Concursos de Miss...
Os programas de auditório investiram na figura das assistentes de palco e dançarinas para dar graça e formosura entre os intervalos comerciais, ou para vender produtos anunciados dentro do próprio programa.
As primeiras dançarinas vestindo maiôs foram as ‘Tevezinhas”, que apareceram nos intervalos dos programas da TV Excelsior do Rio de Janeiro. Os outros canais imitaram a idéia, e a TV Tupi investiu nas “Garotas Tupi" e cada dia da semana era uma que aparecia. Com isso muitas moças enxergaram nestes trabalhos uma oportunidade de alcançar a fama e o sucesso, ou apenas para “aparecer" na televisão.
Um dos primeiros apresentadores a ter um séquito de moças vestindo colants cavados, com botas plataformas e uma coreografia das antigas vedetes de “teatro rebolado" foi Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Evolução natural das meigas “Tevezinhas”, as beldades da Excelsior passaram a se requebrar na abertura e no encerramento dos programas de Chacrinha, Moacyr Franco e César de Alencar. Na Hora da Buzina, porém, elas permaneciam discretamente ao fundo e marcavam o compasso com os pezinhos - sentadas!
Vestindo uniformes de futebol, aos poucos as dançarinas se levantaram, se soltaram e, já na TV Rio em 1967. ganharam o apelido de “Vitaminas”, sendo Addir Silveira uma das pioneiras. Quando chegaram com o Velho Guerreiro à TV Globo em 1970, a imprensa e o público já se referiam a elas como “Chacretes”.
As moças conhecidas como Chacretes carregavam consigo nome e apelido, como: Índia Potira, Estrela Dalva, Sandra Matera, Lia Hollywood, Fernanda Terremoto, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Gracinha Copacabana, Regina Pintinha, Gracinha Portelão, Lucinha Apache, Vera Furacão, Rita Cadilac entre outras.
Todas eternizadas entre as décadas de 1970 e 1980, ao saírem de cena, foram esquecidas ou devolvidas ao ostracismo: tomaram-se donas de casa, casaram-se, converteram-se a alguma religião, trabalharam em outras áreas profissionais fora da esfera artística televisiva.
O cineasta Nelson Hoineff depois de concluir o documentário “Alô, Alô, Terezinha" sobre Chacrinha, desdobrou sua pesquisa e realizou uma série para o Canal Brasil, intitulada “As Chacretes”. Nos depoimentos colhidos elas relembram os momentos que trabalharam no programa e falam das suas vidas depois de terem deixado a televisão. Ali. elas contam que caminho seguiram: índia Potira chegou a ser presa, Beth Boné tomou-se evangélica, celebra cultos pregando a “palavra do senhor" no rádio. Gracinha Copacabana mora sozinha rodeada de cachorros.
Rita Cadilac é uma exceção: fez carreira solo como cantora apresentando-se em boates, prisões e até no garimpo de Serra Pelada, gravou discos, pousou nua em revistas masculinas, participou de programas televisivos, fez filme pomô para comprar casa própria e sustentar sua família, e por último, ganhou um documentário no qual narra sua trajetória artística.
Entre os anos 1960 a 1980 ser Chacrete ou Bolete era sinônimo de prostituta, imoralidade ou o que viria a ser hoje a “garota de programa". Se Beth Boné admite em seu depoimento ter feito strip-tease em boates, a conclusão de que as Chacretes se prostituíam fica a critério do telespectador.
No entanto, as histórias vão de encontro à moralidade por trás de uma aparente liberalidade com o corpo e o sexo. Em seus depoimentos descortinam suas vidas constituída de altos e baixos, de diversões sexuais, do uso e abuso de um “dinheiro fácil'", de um trabalho inapropriado para “moças de família", da exposição do corpo nos melhores anos das suas vidas, uma vida desregrada e tortuosa que cedeu lugar ao ostracismo e declínio; em seguida veio à conscientização dos supostos erros, reflexão, admissão e mudança, eis a insígnia moral.
Como toda “história” — principalmente as contadas na televisão — depois de sacolejarem seus corpos para as câmeras televisivas, depois de serem vendidas e expostas como um produto, suas vidas tomam outro rumo, em nome do casamento, da família, do isolamento e recato moral pela resignação religiosa, estas “senhoras do bem" guardam algumas fotos, adereços e roupas daquela época. Mas tudo isso só pode ser retratado décadas mais tarde em televisão paga.
Na época, ao mesmo tempo que o apresentador era tido como paizinho, por trás de tamanho respeito propiciava-se a liberalidade do sexo e insinuava-se a prostituição; não se duvidava da Chacrete como “puta", designação que anteriormente Rita Cadilac as auto-define no documentário. Para a família moralista, as Chacretes contribuíram com o erotismo na família: apresentaram à dona de casa quem era a acompanhante ou amante do marido.
.....
FONTES:
- "Mulheres na Televisão" - Lúcia Soares da Silva (trecho de uma tese de doutorado para a PUC-SP: "Política e modulações do entretenimento televisivo: mulheres e denúncias" - 2011)
- Wikipedia
- IMDb
Em 2009, o documentário levantou os prêmios de melhor filme do júri oficial, melhor filme do júri popular, melhor montagem e o Troféu Gilberto Freire. Também foi um dos indicados ao prêmio de melhor documentário do ano da Academia Brasileira de Cinema.
A obra acabou resultando na abertura de um processo contra a produtora Comalt, responsável pelo filme, uma vez que as ex-dançarinas se sentiram rotuladas como prostitutas. O diretor Nelson Hoineff, posteriormente, produziu ainda um minidocumentário intitulado "Chacretes", focando-se no cotidiano das dançarinas.
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- AS CHACRETES
No Brasil dos anos 50, ser bela, famosa, admirada e reconhecida não era privilégio exclusivo das participantes dos Concursos de Miss...
Os programas de auditório investiram na figura das assistentes de palco e dançarinas para dar graça e formosura entre os intervalos comerciais, ou para vender produtos anunciados dentro do próprio programa.
As primeiras dançarinas vestindo maiôs foram as ‘Tevezinhas”, que apareceram nos intervalos dos programas da TV Excelsior do Rio de Janeiro. Os outros canais imitaram a idéia, e a TV Tupi investiu nas “Garotas Tupi" e cada dia da semana era uma que aparecia. Com isso muitas moças enxergaram nestes trabalhos uma oportunidade de alcançar a fama e o sucesso, ou apenas para “aparecer" na televisão.
Um dos primeiros apresentadores a ter um séquito de moças vestindo colants cavados, com botas plataformas e uma coreografia das antigas vedetes de “teatro rebolado" foi Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Evolução natural das meigas “Tevezinhas”, as beldades da Excelsior passaram a se requebrar na abertura e no encerramento dos programas de Chacrinha, Moacyr Franco e César de Alencar. Na Hora da Buzina, porém, elas permaneciam discretamente ao fundo e marcavam o compasso com os pezinhos - sentadas!
Vestindo uniformes de futebol, aos poucos as dançarinas se levantaram, se soltaram e, já na TV Rio em 1967. ganharam o apelido de “Vitaminas”, sendo Addir Silveira uma das pioneiras. Quando chegaram com o Velho Guerreiro à TV Globo em 1970, a imprensa e o público já se referiam a elas como “Chacretes”.
As moças conhecidas como Chacretes carregavam consigo nome e apelido, como: Índia Potira, Estrela Dalva, Sandra Matera, Lia Hollywood, Fernanda Terremoto, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Gracinha Copacabana, Regina Pintinha, Gracinha Portelão, Lucinha Apache, Vera Furacão, Rita Cadilac entre outras.
Todas eternizadas entre as décadas de 1970 e 1980, ao saírem de cena, foram esquecidas ou devolvidas ao ostracismo: tomaram-se donas de casa, casaram-se, converteram-se a alguma religião, trabalharam em outras áreas profissionais fora da esfera artística televisiva.
O cineasta Nelson Hoineff depois de concluir o documentário “Alô, Alô, Terezinha" sobre Chacrinha, desdobrou sua pesquisa e realizou uma série para o Canal Brasil, intitulada “As Chacretes”. Nos depoimentos colhidos elas relembram os momentos que trabalharam no programa e falam das suas vidas depois de terem deixado a televisão. Ali. elas contam que caminho seguiram: índia Potira chegou a ser presa, Beth Boné tomou-se evangélica, celebra cultos pregando a “palavra do senhor" no rádio. Gracinha Copacabana mora sozinha rodeada de cachorros.
Rita Cadilac é uma exceção: fez carreira solo como cantora apresentando-se em boates, prisões e até no garimpo de Serra Pelada, gravou discos, pousou nua em revistas masculinas, participou de programas televisivos, fez filme pomô para comprar casa própria e sustentar sua família, e por último, ganhou um documentário no qual narra sua trajetória artística.
Entre os anos 1960 a 1980 ser Chacrete ou Bolete era sinônimo de prostituta, imoralidade ou o que viria a ser hoje a “garota de programa". Se Beth Boné admite em seu depoimento ter feito strip-tease em boates, a conclusão de que as Chacretes se prostituíam fica a critério do telespectador.
No entanto, as histórias vão de encontro à moralidade por trás de uma aparente liberalidade com o corpo e o sexo. Em seus depoimentos descortinam suas vidas constituída de altos e baixos, de diversões sexuais, do uso e abuso de um “dinheiro fácil'", de um trabalho inapropriado para “moças de família", da exposição do corpo nos melhores anos das suas vidas, uma vida desregrada e tortuosa que cedeu lugar ao ostracismo e declínio; em seguida veio à conscientização dos supostos erros, reflexão, admissão e mudança, eis a insígnia moral.
Como toda “história” — principalmente as contadas na televisão — depois de sacolejarem seus corpos para as câmeras televisivas, depois de serem vendidas e expostas como um produto, suas vidas tomam outro rumo, em nome do casamento, da família, do isolamento e recato moral pela resignação religiosa, estas “senhoras do bem" guardam algumas fotos, adereços e roupas daquela época. Mas tudo isso só pode ser retratado décadas mais tarde em televisão paga.
Na época, ao mesmo tempo que o apresentador era tido como paizinho, por trás de tamanho respeito propiciava-se a liberalidade do sexo e insinuava-se a prostituição; não se duvidava da Chacrete como “puta", designação que anteriormente Rita Cadilac as auto-define no documentário. Para a família moralista, as Chacretes contribuíram com o erotismo na família: apresentaram à dona de casa quem era a acompanhante ou amante do marido.
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FONTES:
- "Mulheres na Televisão" - Lúcia Soares da Silva (trecho de uma tese de doutorado para a PUC-SP: "Política e modulações do entretenimento televisivo: mulheres e denúncias" - 2011)
- Wikipedia
- IMDb
O Brasão da República.
O
Brasão da República é composto por uma estrela de cinco pontas que leva
um escudo repleto de estrelas, uma espada na vertical, um esplendor de
ouro e sobre ele ramos - do lado esquerdo de quem o vê, ramos de café;
do lado direito, ramo de fumo florido.
Esse símbolo foi desenhado pelo engenheiro Artur Zauer e é usado obrigatoriamente pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como pelas Forças Armadas.
Esse símbolo foi desenhado pelo engenheiro Artur Zauer e é usado obrigatoriamente pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como pelas Forças Armadas.
Projeto: Êxodos ©Sebastião Salgado/Amazonas images
"Algumas pessoas sabem para aonde estão indo, confiantes de que as
espera uma vida melhor. Outras estão simplesmente em fuga, aliviadas por
estarem vivas."
- Sebastião Salgado, no livro 'Êxodos'.
- Sebastião Salgado, no livro 'Êxodos'.
Atração turística de Chicago (EUA), estátua de 26 metros de altura de Marilyn Monroe.
"A escultura de 15 toneladas foi construída pelo artista plástico
Seward Johnson e foi concebida com base no filme ‘O pecado mora ao
lado’, reproduzindo uma das cenas mais sexy e importantes da história do
cinema. A Marilyn gigante estava exposta desde julho de 2011.
Desmontada em 07 de maio de 2012, após polêmica envolvendo moradores,
que achavam a obra ‘inapropriada."
Texto montado a partir de matéria no "G1.globocom". Imagem: Via "Magical Beauty of Cities Around the World".
Texto montado a partir de matéria no "G1.globocom". Imagem: Via "Magical Beauty of Cities Around the World".
O couraçado japonês Yamato foi uma verdadeira maravilha. Possuindo o título de navio de guerra mais pesado já construído.
O couraçado japonês Yamato foi uma verdadeira maravilha. Possuindo o
título de navio de guerra mais pesado já construído, Yamato e seu navio
irmão, Musashi, deslocaram 72.800 toneladas quando totalmente carregados
e estavam armados com canhões principais de 9,18,1 polegadas (46cm).
Essas armas foram as maiores já montadas em um navio de guerra na história. O Japão fez com que Yamato assumisse os navios de guerra aliados numericamente superiores (principalmente americanos) no Pacífico, embora Yamato mal tenha lutado contra qualquer navio americano durante a guerra.
Essas armas foram as maiores já montadas em um navio de guerra na história. O Japão fez com que Yamato assumisse os navios de guerra aliados numericamente superiores (principalmente americanos) no Pacífico, embora Yamato mal tenha lutado contra qualquer navio americano durante a guerra.
Em 1943, Yamato serviu como o carro-chefe da frota combinada japonesa,
mas na maior parte de 1944, ela se mudou entre as bases navais japonesas
de Truk e Kure em resposta às ameaças americanas.
Em abril de 1945, ela foi enviada em uma missão solo para apoiar a batalha em Okinawa, com a intenção de se encalhar para não poder recuar. Em 7 de abril, após ser localizado por submarinos e aeronaves dos EUA, Yamato foi afundado por bombardeiros baseados em porta-aviões e bombardeiros-torpedeiros.
Com a perda da maioria de sua tripulação. Mesmo que Yamato não tenha desempenhado um papel crucial na Segunda Guerra Mundial, ele será sempre lembrada como a Rei de todos os navios de guerra.
A criação de enormes navios de guerra no período entre guerras e o início da Segunda Guerra Mundial foi a última vez que o navio de guerra seria considerado o navio-chefe de uma frota e a força dominante nos mares.
O porta-aviões provaria ser mais poderoso do que as principais armas de 17 polegadas, devido à sua versatilidade e ao custo comparativamente baixo de substituir as aeronaves transportadas, em vez de um navio de guerra inteiro.
O melhor dos navios de guerra: o Bismarck, Tirpitz, Príncipe de Gales, Roma, Arizona, Musashi e Yamato foram todos afundados por aeronaves, provando ao mundo que a era dos navios de guerra havia acabado e que a idade do porta-aviões estava aqui. Ainda é até hoje.
Em abril de 1945, ela foi enviada em uma missão solo para apoiar a batalha em Okinawa, com a intenção de se encalhar para não poder recuar. Em 7 de abril, após ser localizado por submarinos e aeronaves dos EUA, Yamato foi afundado por bombardeiros baseados em porta-aviões e bombardeiros-torpedeiros.
Com a perda da maioria de sua tripulação. Mesmo que Yamato não tenha desempenhado um papel crucial na Segunda Guerra Mundial, ele será sempre lembrada como a Rei de todos os navios de guerra.
A criação de enormes navios de guerra no período entre guerras e o início da Segunda Guerra Mundial foi a última vez que o navio de guerra seria considerado o navio-chefe de uma frota e a força dominante nos mares.
O porta-aviões provaria ser mais poderoso do que as principais armas de 17 polegadas, devido à sua versatilidade e ao custo comparativamente baixo de substituir as aeronaves transportadas, em vez de um navio de guerra inteiro.
O melhor dos navios de guerra: o Bismarck, Tirpitz, Príncipe de Gales, Roma, Arizona, Musashi e Yamato foram todos afundados por aeronaves, provando ao mundo que a era dos navios de guerra havia acabado e que a idade do porta-aviões estava aqui. Ainda é até hoje.
sábado, 29 de setembro de 2018
29 de setembro de 1964 - Aniversário da Mafalda.
O universo de Mafalda não é apenas o de uma América Latina urbana e
desenvolvida; é também, de modo geral e em muitos aspectos, um universo
latino, o que a torna mais compreensível do que muitos quadrinhos
norte-americanos." (Umberto Eco)
.....
Mafalda foi publicada nos jornais argentinos entre 1964 e 1973. A personagem apareceu pela primeira vez em 1962, mas Quino considera que o aniversário se dá em 29 de setembro de 1964, dia em que foi publicada pela primeira vez na imprensa. As tirinhas receberam – e ainda recebem – diversos prêmios e já foram traduzidas para mais de 20 idiomas.
.....
Quino nasceu em Mendoza, Argentina, em 1932. Em 1949 abandonou a Faculdade de Belas Artes determinado a desenhar quadrinhos. Conseguiu vender sua primeira história em quadrinhos em 1950 – uma propaganda para uma loja de sedas. Em 1978 ganhou o Troféu Palma de Ouro, do Salão Internacional do Humorismo de Bridigher. Foi eleito Desenhista do Ano em 1982.
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Mafalda foi publicada nos jornais argentinos entre 1964 e 1973. A personagem apareceu pela primeira vez em 1962, mas Quino considera que o aniversário se dá em 29 de setembro de 1964, dia em que foi publicada pela primeira vez na imprensa. As tirinhas receberam – e ainda recebem – diversos prêmios e já foram traduzidas para mais de 20 idiomas.
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Quino nasceu em Mendoza, Argentina, em 1932. Em 1949 abandonou a Faculdade de Belas Artes determinado a desenhar quadrinhos. Conseguiu vender sua primeira história em quadrinhos em 1950 – uma propaganda para uma loja de sedas. Em 1978 ganhou o Troféu Palma de Ouro, do Salão Internacional do Humorismo de Bridigher. Foi eleito Desenhista do Ano em 1982.
Residência de Verão de Rui Barbosa em Petrópolis.
Rui Barbosa, mantinha uma casa para sua residência de verão na
cidade serrana de Petrópolis, um hábito compartilhado pela aristocracia
da antiga capital federal de sua época.
Políticos e Ministros da Antiga República, se mudavam para Petrópolis durante os meses mais quentes do ano
Residência de Rui Barbosa em Petrópolis - Sobrado em estilo eclético A casa de verão de Rui Barbosa de Petrópolis fica na Av. Ipiranga n. 405, sendo uma residência particular. A visitação é apenas externa, ou seja, pode-se ver a partir da rua, mas não é permitido o ingresso em suas dependências.
Políticos e Ministros da Antiga República, se mudavam para Petrópolis durante os meses mais quentes do ano
Residência de Rui Barbosa em Petrópolis - Sobrado em estilo eclético A casa de verão de Rui Barbosa de Petrópolis fica na Av. Ipiranga n. 405, sendo uma residência particular. A visitação é apenas externa, ou seja, pode-se ver a partir da rua, mas não é permitido o ingresso em suas dependências.
Rui Barbosa em Petrópolis
A nobreza e aristocracia do Rio de Janeiro, na segunda metade do século 19 e início do século 20 costumava manter casas ou residências de verão em Petrópolis, para fugir das altas temperaturas do verão carioca. O clima serrano de Petrópolis, era o grande atrativo durante o meses de verão, onde o Imperador Pedro II também tinha seu outro Palácio Imperial.
Rui Barbosa, foi um dos mais árduos críticos do Império ou da antiga Monarquia Constitucional, que ele ajudou a derrubar e participou inclusive do primeiro gabinete ministerial após o golpe que deu início à República. Rui Barbosa era um defensor ferrenho do liberalismo e das liberdades individuais, e certamente não foi por causa do bom gosto do Imperador ao escolher Petrópolis para passar o verão que ele ajudou a derrubar seu regime monárquico constitucional.
Afinal, tanto Rui Barbosa, como os políticos e Presidentes, também sentiam calor, e certamente também tinha medo dos mosquitos que proliferavam e propagavam epidemias durante o verão do Rio de Janeiro. Afinal, como um autentico liberal e defensor dos direitos individuais, certamente ele também se julgava no direito livre de escolher onde residir no verão, mesmo que alguns não tivessem oportunidade de se livrar do calor e dos mosquitos.
Rui Barbosa era um homem bem sucedido, mantendo sua aristocrática residência no Rio de Janeiro, na Rua São Clemente em Botafogo, quase um palacete, e tendo também uma residência de verão um pouco mais modesta em Petrópolis, isto é, se comparada à casa de outros homens de maiores posses.
Foi nesta residência de verão em Petrópolis que Rui Barbosa escreveu algumas de suas obras, como “Introdução ao Código Civil” e “Oração aos Moços”. Foi também na casa de Petrópolis que Rui Barbosa falece em 1923.
Após a sua morte, o Governo adquiriu os bens da casa, incluindo mobiliário e biblioteca, assim como ocorreu com a casa de Botafogo, no Rio de Janeiro.
A nobreza e aristocracia do Rio de Janeiro, na segunda metade do século 19 e início do século 20 costumava manter casas ou residências de verão em Petrópolis, para fugir das altas temperaturas do verão carioca. O clima serrano de Petrópolis, era o grande atrativo durante o meses de verão, onde o Imperador Pedro II também tinha seu outro Palácio Imperial.
Rui Barbosa, foi um dos mais árduos críticos do Império ou da antiga Monarquia Constitucional, que ele ajudou a derrubar e participou inclusive do primeiro gabinete ministerial após o golpe que deu início à República. Rui Barbosa era um defensor ferrenho do liberalismo e das liberdades individuais, e certamente não foi por causa do bom gosto do Imperador ao escolher Petrópolis para passar o verão que ele ajudou a derrubar seu regime monárquico constitucional.
Afinal, tanto Rui Barbosa, como os políticos e Presidentes, também sentiam calor, e certamente também tinha medo dos mosquitos que proliferavam e propagavam epidemias durante o verão do Rio de Janeiro. Afinal, como um autentico liberal e defensor dos direitos individuais, certamente ele também se julgava no direito livre de escolher onde residir no verão, mesmo que alguns não tivessem oportunidade de se livrar do calor e dos mosquitos.
Rui Barbosa era um homem bem sucedido, mantendo sua aristocrática residência no Rio de Janeiro, na Rua São Clemente em Botafogo, quase um palacete, e tendo também uma residência de verão um pouco mais modesta em Petrópolis, isto é, se comparada à casa de outros homens de maiores posses.
Foi nesta residência de verão em Petrópolis que Rui Barbosa escreveu algumas de suas obras, como “Introdução ao Código Civil” e “Oração aos Moços”. Foi também na casa de Petrópolis que Rui Barbosa falece em 1923.
Após a sua morte, o Governo adquiriu os bens da casa, incluindo mobiliário e biblioteca, assim como ocorreu com a casa de Botafogo, no Rio de Janeiro.
Joaquim Maria MACHADO DE ASSIS.
No dia 29 de setembro de 1908, falecia, aos 69 anos, Joaquim Maria
MACHADO DE ASSIS, principal nome da literatura brasileira, fundador e
presidente da Academia Brasileira de Letras.
O Monumento as Bandeiras .
O Monumento as Bandeiras ( Victor Brecheret ) no Parque do Ibirapuera é
uma obra em homenagem aos Bandeirantes, que desbravavam os sertões
durante os séculos XVII e XVIII. Foi inaugurada no ano de 1953, fazendo
parte das comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo.
O vigor dos bandeirantes como colonizadores, é interpretado como estando refletido na força produtiva do Estado de São Paulo no cenário nacional.
O vigor dos bandeirantes como colonizadores, é interpretado como estando refletido na força produtiva do Estado de São Paulo no cenário nacional.
A espada do Rei Salomão...
A espada de Salomão acompanhou-o durante todo o seu reinado.
Salomão é um dos reis mais populares da história do antigo Israel. Rei
de Israel (rumo a 970-931 A.C.). Filho do Rei Davi e de Betsabá, Salomão
foi ungido como soberano dos Hebreus e instruído sobre as suas
obrigações por seu pai, em detrimento de Adonias, seu meio-irmão mais
velho, que aspirava à sucessão ao trono de Israel.
Com a morte do Rei Davi e contando com o apoio de sua mãe, do profeta Natan, do general Banaías e do sumo sacerdote Zadoque, Salomão eliminou os seus adversários políticos (seu meio-Irmão Adonias e o general Joab) e iniciou um reinado caracterizado por um longo período de paz e boas relações com os povos vizinhos (Egito, Arábia, fenícia, Edom e Damasco), durante o qual o país sofreu um grande desenvolvimento econômico e cultural.
A segurança interna e o controle das vias de comunicação facilitaram uma ampla expansão do comércio hebraico, em especial o dos cavalos que eram transportados para o Egito. Além disso, a fim de promover a atividade comercial, Salomão ordenou construir uma frota que tinha a sua base no porto de Esionguéber, ao lado de Elat, nas margens do Mar Vermelho, e consolidou o poder político de Israel na região
Casou-se com uma das Filhas do Faraó do Egito e estreitou os laços de amizade com Hiram I, rei da cidade de Tiro.
A prosperidade econômica, por outro lado, permitiu ao monarca levantar em Jerusalém o grande templo que David projetado para abrigar a Arca da Aliança e um suntuoso palácio real, que acabou sendo destruído na invasão babilônica.
Estas e muitas outras obras públicas, bem como as despesas da corte, foram suportadas por um pesado regime fiscal, sustentado por uma reforma administrativa que dividia o país em doze distritos, cuja extensão variava em função da maior ou menor fertilidade do solo.
NO fim da vida de Salomão, no entanto, houve uma elevada pressão fiscal e a proliferação de cultos a divindades estrangeiras (Astarte, Camós, Milcom ou Moloc), introduzidos pelas numerosas mulheres estrangeiras do monarca, criaram um crescente mal-estar popular que explodiria. Durante o reinado de Roboão, seu filho e sucessor, não se conseguiu evitar a rebelião de dez das doze tribos hebraicas (todas exceto as de Judá e Benjamim) e a posterior cisão do país em dois reinos: o de Israel, ao norte, com capital em Shechem, e o de Judá, ao sul, com capital em Jerusalém (929 A.C.), que seguiram em seguida uma evolução independente, quando não hostil.
Apesar de reprovar com dureza a permissividade do Rei Salomão para com as práticas pagãs de boa parte de suas mulheres e de considerar a divisão de Israel como um castigo divino por sua idolatria, a tradição bíblica idealizou a figura do soberano, apresentado como um. Homem de grande sabedoria, paradigma de ponderação e justiça, em diversas passagens das Sagradas Escrituras, entre eles o famoso julgamento de Salomão ou a visita da rainha de Sabá.
Também foi atribuída a Salomão a autoria de diferentes livros sapienciais do Antigo Testamento, como o cantar dos cânticos, o Eclesiastes, o livro da sabedoria, os provérbios e os salmos de Salomão, alguns dos quais, no entanto, parece que foram compostos muito depois da época salomônica.
A Salomão é atribuída a famosa história da disputa de duas mulheres que afirmavam serem mães da mesma criança. Foram até o palácio do rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". Salomão, reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o filho.
Por Reis Gonzalez
Com a morte do Rei Davi e contando com o apoio de sua mãe, do profeta Natan, do general Banaías e do sumo sacerdote Zadoque, Salomão eliminou os seus adversários políticos (seu meio-Irmão Adonias e o general Joab) e iniciou um reinado caracterizado por um longo período de paz e boas relações com os povos vizinhos (Egito, Arábia, fenícia, Edom e Damasco), durante o qual o país sofreu um grande desenvolvimento econômico e cultural.
A segurança interna e o controle das vias de comunicação facilitaram uma ampla expansão do comércio hebraico, em especial o dos cavalos que eram transportados para o Egito. Além disso, a fim de promover a atividade comercial, Salomão ordenou construir uma frota que tinha a sua base no porto de Esionguéber, ao lado de Elat, nas margens do Mar Vermelho, e consolidou o poder político de Israel na região
Casou-se com uma das Filhas do Faraó do Egito e estreitou os laços de amizade com Hiram I, rei da cidade de Tiro.
A prosperidade econômica, por outro lado, permitiu ao monarca levantar em Jerusalém o grande templo que David projetado para abrigar a Arca da Aliança e um suntuoso palácio real, que acabou sendo destruído na invasão babilônica.
Estas e muitas outras obras públicas, bem como as despesas da corte, foram suportadas por um pesado regime fiscal, sustentado por uma reforma administrativa que dividia o país em doze distritos, cuja extensão variava em função da maior ou menor fertilidade do solo.
NO fim da vida de Salomão, no entanto, houve uma elevada pressão fiscal e a proliferação de cultos a divindades estrangeiras (Astarte, Camós, Milcom ou Moloc), introduzidos pelas numerosas mulheres estrangeiras do monarca, criaram um crescente mal-estar popular que explodiria. Durante o reinado de Roboão, seu filho e sucessor, não se conseguiu evitar a rebelião de dez das doze tribos hebraicas (todas exceto as de Judá e Benjamim) e a posterior cisão do país em dois reinos: o de Israel, ao norte, com capital em Shechem, e o de Judá, ao sul, com capital em Jerusalém (929 A.C.), que seguiram em seguida uma evolução independente, quando não hostil.
Apesar de reprovar com dureza a permissividade do Rei Salomão para com as práticas pagãs de boa parte de suas mulheres e de considerar a divisão de Israel como um castigo divino por sua idolatria, a tradição bíblica idealizou a figura do soberano, apresentado como um. Homem de grande sabedoria, paradigma de ponderação e justiça, em diversas passagens das Sagradas Escrituras, entre eles o famoso julgamento de Salomão ou a visita da rainha de Sabá.
Também foi atribuída a Salomão a autoria de diferentes livros sapienciais do Antigo Testamento, como o cantar dos cânticos, o Eclesiastes, o livro da sabedoria, os provérbios e os salmos de Salomão, alguns dos quais, no entanto, parece que foram compostos muito depois da época salomônica.
A Salomão é atribuída a famosa história da disputa de duas mulheres que afirmavam serem mães da mesma criança. Foram até o palácio do rei Salomão e contaram-lhe a história. Ele mandou chamar um dos guardas e lhe ordenou: "Corte o bebê ao meio e dê um pedaço para cada uma". Falado isso, uma das mães começou a chorar e disse: "Não, eu prefiro ver meu filho nos braços de outra do que morto nos meus", enquanto a outra disse: "Pra mim é justo". Salomão, reconhecendo a mãe na primeira mulher, mandou que lhe entregassem o filho.
Por Reis Gonzalez
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
28 DE SETEMBRO - DIA DA GRATIDÃO À MÃE PRETA
Escravidão e Maternidade: a triste história das amas-de-leite no Brasil
- O aleitamento materno entre os índios tupinambás era a regra geral até a chegada dos colonizadores europeus que não viam a amamentação em sua cultura como uma atividade nobre à mulher branca. O amor materno era deixado de lado, pois não tinha valor social e moral. Assim, a amamentação era vista como “indigna” para estas damas, que recorriam as amas-de-leite para alimentar seus filhos.
Essa cultura acabou sendo difundida também para as classes mais pobres da sociedade brasileira - e é aí que entram em atuação as “saloias” ou “amas-de-leite”. Inicialmente, eram índias ou mulheres muito pobres que amamentavam os filhos das damas, sendo estas as primeiras versões de amas-de-leite no Brasil.
Porém, como as índias eram culturalmente rejeitadas, um novo modelo de amas-de-leite entrou em atuação: as amas africanas, que eram trazidas tanto para amamentar os filhos das damas como para cuidar deles.
Uma vez o rebento chegado, a maternidade não parecia interessar muito às classes dominantes brasileiras. O principal papel das senhoras se reduzia a parir um grande número de filhos e, em seguida, entregá-los para que uma ama de bom leite os amamentasse e criasse e, assim que as crianças se tornam incomodas ao conforto da senhora, são despachadas para a escola.
Fragilidade psicológica das mães muito jovens? Saúde precária da mãe, depressão pós-parto, desnutrição? Faltam respostas.
Quando as amas-de-leite africanas entravam em atuação para amamentar os filhos de seu Senhor, o desmame de seus próprios filhos ocorria de forma brusca e violenta.
Com o tempo a moda “escravas amas-de-leite” se ampliou e virou um negócio que gerava muito lucro para quem o praticava. Reduzidas, muitas vezes, a anúncios de compra e venda nos jornais, as amas eram uma substituta afetuosa, ainda que inferiorizada, responsabilizada pela educação de crianças brancas, dos seus filhos e dos bastardos de seu senhor.
Escravas eram vendidas como amas com ou sem seus filhos. A mulher escrava era comercializada como mero objeto e seu bebê completamente ignorado. O negócio de amas-de-leite era considerado algo mais rentável até mesmo do que plantar café, como afirmaram alguns senhores de escravos (Ewbank, 1976).
As sessões de anúncios nos grandes periódicos da capital do Império, como o Jornal do Commércio, em 14 de abril de 1835, exibiam propostas:
“Compra-se uma boa ama de leite parda, do primeiro ou segundo parto, mucama recolhida, que saiba coser e engomar perfeitamente, sem vícios, nem manchas nem moléstias.”
Ou...
“Vende-se uma preta, moça, com bom leite, com filho ou sem ele de dois meses” (1850)
Em famílias de poucas posses não era incomum que as mulheres livres se oferecessem para amamentar ou “vender” seu leite. Era uma forma de aumentar a renda, como se vê no anúncio do mesmo Jornal do Commércio de 04 de setembro de 1864:
“Uma família moradora num arrabalde desta cidade, tendo uma parda com muito e bom leite, toma uma criança para criar”.
Ou, nesse de 1º. de março de 1857:
“Uma senhora branca, parida há vinte e tantos dias, com muito e bom leite, recebe uma criança para criar, na Rua da Carioca 103”.
Mulheres pobres, forras ou brancas presas às suas obrigações domésticas, se ofereciam para amamentar ou criar crianças em domicílio.
Na metade do século XIX, a opinião dos viajantes estrangeiros sobre tal prática era divergente. Houve quem, como o escritor francês Charles Expilly, destacasse o fato de que tais cativas recebiam roupas novas, alimentação suplementar e mesmo ostentavam “luxo insolente”, pois exprimiam a “prosperidade da casa”. Ou o viajante W. Heine que sublinhava que tais amas sofriam em amamentar seus filhos e os filhos de outrem.
Dramas não faltaram. Amas sob cujos cuidados perdiam-se crianças, eram acusadas, julgadas e muitas vezes presas e condenadas.
Por vezes, os menores tinham cada qual a sua babá, enquanto os mais crescidos contavam com amas secas, mas, também, com a companhia de “crias”, ou seja, crianças, filhos de escravos da casa e outros criados domésticos. Mini acompanhantes também podiam ser alugados como se vê num anúncio do mesmo Jornal do Commércio, em 21 de janeiro de 1835:
“Precisa-se de uma negrinha para andar com uma criança, que esta seja carinhosa, e não exceda o seu aluguel de 6$rs. Mensais”.
No final do século, a situação mudou. Médicos condenavam a presença da escrava no ambiente do lar, fustigando a vaidade e a futilidade das mães que não queriam estragar os seios, aleitando.
Em 1867, surgiu na Europa a primeira fórmula industrializada de amamentação de recém-nascidos. A novidade logo bateu aqui. Discutia-se também o emprego de leite de jumenta ou de vaca, fervido ou não, servido em “vasos” para nutrir o bebê. A ama de leite passou a ser indesejada e signo de atraso aos olhos dos estudos “científicos”.
.....
FONTE:
1) “Histórias da Gente Brasileira: Império (vol.2)” – por Mary del Priore, Editora LeYa: 2016.
2) A triste história das amas-de-leite no Brasil - por Suelen Maistro
Texto completo disponível em https://maepop.com.br/historia-das-amas-de-leite/
.....
MONTAGEM:
Da esquerda para A direita:
1) João Ferreira Villela com a Ama-de-Leite Mônica, 1860;
2) Mãe preta - foto da coleção de Randolph Linsly Simpson - "Collection of African American History";
3) Ama de Leite - foto sem data (Serra da Mantiqueira);
4) Eugen Keller e sua Mãe Preta em Pernambuco, Brazil, ca. 1874 - foto de Alberto Henschel;
5) José Eugênio Moreira Alves e ama-de-leite, do estúdio de Alberto Henschel, Recife (1866-1877). Cartão de visita (6,5 x 10 cm) - Coleção Francisco Rodrigues. CFR 551. Fundação Joaquim Nabuco de Pesqusias Sociais.
- O aleitamento materno entre os índios tupinambás era a regra geral até a chegada dos colonizadores europeus que não viam a amamentação em sua cultura como uma atividade nobre à mulher branca. O amor materno era deixado de lado, pois não tinha valor social e moral. Assim, a amamentação era vista como “indigna” para estas damas, que recorriam as amas-de-leite para alimentar seus filhos.
Essa cultura acabou sendo difundida também para as classes mais pobres da sociedade brasileira - e é aí que entram em atuação as “saloias” ou “amas-de-leite”. Inicialmente, eram índias ou mulheres muito pobres que amamentavam os filhos das damas, sendo estas as primeiras versões de amas-de-leite no Brasil.
Porém, como as índias eram culturalmente rejeitadas, um novo modelo de amas-de-leite entrou em atuação: as amas africanas, que eram trazidas tanto para amamentar os filhos das damas como para cuidar deles.
Uma vez o rebento chegado, a maternidade não parecia interessar muito às classes dominantes brasileiras. O principal papel das senhoras se reduzia a parir um grande número de filhos e, em seguida, entregá-los para que uma ama de bom leite os amamentasse e criasse e, assim que as crianças se tornam incomodas ao conforto da senhora, são despachadas para a escola.
Fragilidade psicológica das mães muito jovens? Saúde precária da mãe, depressão pós-parto, desnutrição? Faltam respostas.
Quando as amas-de-leite africanas entravam em atuação para amamentar os filhos de seu Senhor, o desmame de seus próprios filhos ocorria de forma brusca e violenta.
Com o tempo a moda “escravas amas-de-leite” se ampliou e virou um negócio que gerava muito lucro para quem o praticava. Reduzidas, muitas vezes, a anúncios de compra e venda nos jornais, as amas eram uma substituta afetuosa, ainda que inferiorizada, responsabilizada pela educação de crianças brancas, dos seus filhos e dos bastardos de seu senhor.
Escravas eram vendidas como amas com ou sem seus filhos. A mulher escrava era comercializada como mero objeto e seu bebê completamente ignorado. O negócio de amas-de-leite era considerado algo mais rentável até mesmo do que plantar café, como afirmaram alguns senhores de escravos (Ewbank, 1976).
As sessões de anúncios nos grandes periódicos da capital do Império, como o Jornal do Commércio, em 14 de abril de 1835, exibiam propostas:
“Compra-se uma boa ama de leite parda, do primeiro ou segundo parto, mucama recolhida, que saiba coser e engomar perfeitamente, sem vícios, nem manchas nem moléstias.”
Ou...
“Vende-se uma preta, moça, com bom leite, com filho ou sem ele de dois meses” (1850)
Em famílias de poucas posses não era incomum que as mulheres livres se oferecessem para amamentar ou “vender” seu leite. Era uma forma de aumentar a renda, como se vê no anúncio do mesmo Jornal do Commércio de 04 de setembro de 1864:
“Uma família moradora num arrabalde desta cidade, tendo uma parda com muito e bom leite, toma uma criança para criar”.
Ou, nesse de 1º. de março de 1857:
“Uma senhora branca, parida há vinte e tantos dias, com muito e bom leite, recebe uma criança para criar, na Rua da Carioca 103”.
Mulheres pobres, forras ou brancas presas às suas obrigações domésticas, se ofereciam para amamentar ou criar crianças em domicílio.
Na metade do século XIX, a opinião dos viajantes estrangeiros sobre tal prática era divergente. Houve quem, como o escritor francês Charles Expilly, destacasse o fato de que tais cativas recebiam roupas novas, alimentação suplementar e mesmo ostentavam “luxo insolente”, pois exprimiam a “prosperidade da casa”. Ou o viajante W. Heine que sublinhava que tais amas sofriam em amamentar seus filhos e os filhos de outrem.
Dramas não faltaram. Amas sob cujos cuidados perdiam-se crianças, eram acusadas, julgadas e muitas vezes presas e condenadas.
Por vezes, os menores tinham cada qual a sua babá, enquanto os mais crescidos contavam com amas secas, mas, também, com a companhia de “crias”, ou seja, crianças, filhos de escravos da casa e outros criados domésticos. Mini acompanhantes também podiam ser alugados como se vê num anúncio do mesmo Jornal do Commércio, em 21 de janeiro de 1835:
“Precisa-se de uma negrinha para andar com uma criança, que esta seja carinhosa, e não exceda o seu aluguel de 6$rs. Mensais”.
No final do século, a situação mudou. Médicos condenavam a presença da escrava no ambiente do lar, fustigando a vaidade e a futilidade das mães que não queriam estragar os seios, aleitando.
Em 1867, surgiu na Europa a primeira fórmula industrializada de amamentação de recém-nascidos. A novidade logo bateu aqui. Discutia-se também o emprego de leite de jumenta ou de vaca, fervido ou não, servido em “vasos” para nutrir o bebê. A ama de leite passou a ser indesejada e signo de atraso aos olhos dos estudos “científicos”.
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FONTE:
1) “Histórias da Gente Brasileira: Império (vol.2)” – por Mary del Priore, Editora LeYa: 2016.
2) A triste história das amas-de-leite no Brasil - por Suelen Maistro
Texto completo disponível em https://maepop.com.br/historia-das-amas-de-leite/
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MONTAGEM:
Da esquerda para A direita:
1) João Ferreira Villela com a Ama-de-Leite Mônica, 1860;
2) Mãe preta - foto da coleção de Randolph Linsly Simpson - "Collection of African American History";
3) Ama de Leite - foto sem data (Serra da Mantiqueira);
4) Eugen Keller e sua Mãe Preta em Pernambuco, Brazil, ca. 1874 - foto de Alberto Henschel;
5) José Eugênio Moreira Alves e ama-de-leite, do estúdio de Alberto Henschel, Recife (1866-1877). Cartão de visita (6,5 x 10 cm) - Coleção Francisco Rodrigues. CFR 551. Fundação Joaquim Nabuco de Pesqusias Sociais.
28 de setembro de 1871 - Entra em vigor a Lei do Ventre Livre no Brasil.
Em setembro de 1871 era promulgada no Brasil a Lei do Ventre Livre,
ou seja, crianças filhas de escravos a partir desta data não seriam mais
obrigadas ao regime da escravidão. A lei pretendia estabelecer um
estágio evolutivo entre o trabalho escravo e o regime de trabalho livre,
sem, contudo, causar mudanças abruptas na economia ou na sociedade.
Segundo a lei, os filhos dos escravos, chamados de ingênuos, tinham
duas opções: ou ficavam com os senhores de suas mães até a maioridade
(21 anos) ou poderiam ser entregues ao governo. Na prática, os ingênuos
seguiram nas propriedades e foram tratados como escravos.
Também houve um aumento da mortalidade infantil entre os escravos, já que além das péssimas condições de vida, aconteceu um descaso pelos recém-nascidos. Além disso, jamais foi fornecida a ajuda financeira aos fazendeiros para que estes arcassem com as despesas da criação dos ingênuos como estava prevista na Lei do Ventre Livre.
.....
No desenho de Rugendas, duas mulheres negras fazem negociação envolvendo a compra de adereços femininos. A que está em pé, comprando - uma negra vendedeira de frutas - carrega filho às costas à maneira africana. A prática de carregar filho às costas era bastante disseminada na África e em toda Afro-América. Ela permitia à mulher negra - cuja família muitas vezes era composta por apenas mãe e filhos - ter mais autonomia em suas atividades cotidianas.
.....
FONTES:
1) Portal "SeuHistory"
2) "A travessia da calunga grande: três séculos de imagens sobre o negro no Brasil" (1637-1899) - por Carlos Eugênio Marcondes de Moura. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.
3) A família negra no Paraná oitocentista - documentos, literatura e imagens. Disponível em https://docs.ufpr.br/~lgeraldo/familiaimagens.html
.....
ARTE: "Negras do Rio de Janeiro", 1835 - Desenho por Johann Moritz Rugendas (1802-1858)
Também houve um aumento da mortalidade infantil entre os escravos, já que além das péssimas condições de vida, aconteceu um descaso pelos recém-nascidos. Além disso, jamais foi fornecida a ajuda financeira aos fazendeiros para que estes arcassem com as despesas da criação dos ingênuos como estava prevista na Lei do Ventre Livre.
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No desenho de Rugendas, duas mulheres negras fazem negociação envolvendo a compra de adereços femininos. A que está em pé, comprando - uma negra vendedeira de frutas - carrega filho às costas à maneira africana. A prática de carregar filho às costas era bastante disseminada na África e em toda Afro-América. Ela permitia à mulher negra - cuja família muitas vezes era composta por apenas mãe e filhos - ter mais autonomia em suas atividades cotidianas.
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FONTES:
1) Portal "SeuHistory"
2) "A travessia da calunga grande: três séculos de imagens sobre o negro no Brasil" (1637-1899) - por Carlos Eugênio Marcondes de Moura. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.
3) A família negra no Paraná oitocentista - documentos, literatura e imagens. Disponível em https://docs.ufpr.br/~lgeraldo/familiaimagens.html
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ARTE: "Negras do Rio de Janeiro", 1835 - Desenho por Johann Moritz Rugendas (1802-1858)
Uma líder discursa em uma manifestação, na Fábrica da Citroen, na França, em 1938.
As
operárias reivindicavam igualdade em condições de trabalho e salário .
Na época, as mulheres ganhavam até 70% a menos que os homens e não
podiam exercer cargos executivos ou de chefia em empresas.
27 de setembro de 295 - Morrem Cosme e Damião.
.....
Arte: "Decapitação dos Santos Cosme e Damião" - por Francesco Pesellino (provavelmente 1422-1457), pintor italiano de Florença.