Da esquerda para direita, a Imperial Ordem da Rosa, criada em 1829, a
Imperial Ordem de Pedro Primeiro, criada em 1826 e finalmente, a
Imperial Ordem do Cruzeiro, criada em 1º de dezembro de 1822 pelo
imperador D. Pedro I, em decorrência da Independência do Brasil e em
comemoração à sua Aclamação, Sagração e Coroação.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
A temida rua 10 do Carandiru, local onde os presos acertavam as contas através da violência e muito sangue.
A rua 10 foi um corredor muito conhecido e temido pelo detentos
encarcerados no famoso presidio do Carandiru. Ao lado das escadarias de
um dos pavilhões, o corredor ficava do lado oposto das escadas, local
estrategicamente importante para colocar vigias que avisavam quando
guardas se aproximavam, considerado um dos lugares mais sinistros da
prisão e com maior número de histórias para contar os presos do Complexo acertavam suas contas e desavenças nesse espaço.
Portanto estiletes, facas, ou apenas os punhos, geralmente, dois presidiários brigavam até a morte de alguma das partes.
Era comum ver lutas sangrentas entre prisioneiros, algumas delas um pano era amarrado ligando as mãos dos dois oponentes, o tecido só era desamarrado após a morte de um deles, geralmente por golpes de facão ou estocadas de estiletes. Quadrilhas também resolviam seus problemas na rua 10, segundo literatura escrita por ex-internos, o corredor chegou a abrigar uma platéia de 1000 pessoas em uma das brigas mais famosas da história do presidio. Em meados dos anos 90, os acertos de conta da Rua Dez foram proibidos pelo Primeiro Comando da Capital, que passou a monopolizar a violência nas prisões e a gerenciar e decidir sobre as questões que impulsionavam a divergência entre os detentos.
Portanto estiletes, facas, ou apenas os punhos, geralmente, dois presidiários brigavam até a morte de alguma das partes.
Era comum ver lutas sangrentas entre prisioneiros, algumas delas um pano era amarrado ligando as mãos dos dois oponentes, o tecido só era desamarrado após a morte de um deles, geralmente por golpes de facão ou estocadas de estiletes. Quadrilhas também resolviam seus problemas na rua 10, segundo literatura escrita por ex-internos, o corredor chegou a abrigar uma platéia de 1000 pessoas em uma das brigas mais famosas da história do presidio. Em meados dos anos 90, os acertos de conta da Rua Dez foram proibidos pelo Primeiro Comando da Capital, que passou a monopolizar a violência nas prisões e a gerenciar e decidir sobre as questões que impulsionavam a divergência entre os detentos.
A extraordinária Nina Simone, artista que emprestou sua voz e poesia à luta pelos Direitos Civis dos Negros.
Eunice Kathleen Waymon ou apenas Nina Simone. O nome artístico foi
adotado para que a cantora pudesse exercer a profissão escondida dos
pais, que eram contra sua carreira na área musical. Nascida no Estado da
Carolina do Norte, lugar extremamente racista, Nina sofreu com o
preconceito desde criança, tendo estudado em escola apenas para negros e
convivendo em uma sociedade segregada
pelas leis e costumes. Seus pais, membros da igreja metodista, se
recusavam a contestar e combater o sistema racista americano. Desde
pequena Nina se aproximou da música, fazendo parte do coral da igreja em
que frequentava com sua família. Aos poucos Nina Simone foi aprendendo
música de forma autodidata e começou a alçar o mundo da fama com um
estilo musical que mesclava Jazz, Música Clássica, Gospel e R&B, a
partir de muito esforço e talento passou a ser convidada para as
principais casas de show dos Estados Unidos, geralmente se apresentava
apenas para brancos, quando, após uma manifestação contra o racismo,
conheceu membros da luta pelos direitos civis dos negros e a figura de
Medgar Evers, famoso líder, que mudou a vida da cantora para sempre.
Nina passou a realizar shows em manifestações e compor músicas com
letras engajadas, denunciando e expressando toda a indignação negra
através de canções. Quando Evers foi assassinado, a cantora lançou a
música ‘Mississippi Goddam’ (Mississippi puta que o pariu na tradução
livre), em referência ao Estado que mais matou negros na história
americana e que ceifou a vida de Medgar.
Durante a segunda metade da década de 1960, período decisivo para a história do movimento negro, quando os Estados Unidos perderam Martin Luther King e Malcolm X , Nina se destacou por sua fidelidade aos ideais afro-americanos e criou hinos cantados durante as manifestações como: ‘To Young Gifted and Black', o que lhe rendeu problemas de contrato com gravadoras e ascendeu a raiva de parte da população branca do sul do país. Decidida a participar mais efetivamente da causa, a artista continuou cantando sobre as barbaridades cometidas por brancos em relação aos negros, mesmo sabendo que não seria chamada para shows nos palcos mais famosos da época.
Aproveitando-se de seu sucesso na industria cultural americana, a cantora levou para muitos aparelhos de som do mundo o drama dos negros americanos.
Nina acreditava que a arte devia refletir as lutas de sua época e suas canções embalaram o movimento negro e se tornaram verdadeiros documentos históricos que contam em detalhes e em linguagem poética toda a saga dos afro-americano em busca das conquistas de seus direitos ao longo de três décadas.
Durante a segunda metade da década de 1960, período decisivo para a história do movimento negro, quando os Estados Unidos perderam Martin Luther King e Malcolm X , Nina se destacou por sua fidelidade aos ideais afro-americanos e criou hinos cantados durante as manifestações como: ‘To Young Gifted and Black', o que lhe rendeu problemas de contrato com gravadoras e ascendeu a raiva de parte da população branca do sul do país. Decidida a participar mais efetivamente da causa, a artista continuou cantando sobre as barbaridades cometidas por brancos em relação aos negros, mesmo sabendo que não seria chamada para shows nos palcos mais famosos da época.
Aproveitando-se de seu sucesso na industria cultural americana, a cantora levou para muitos aparelhos de som do mundo o drama dos negros americanos.
Nina acreditava que a arte devia refletir as lutas de sua época e suas canções embalaram o movimento negro e se tornaram verdadeiros documentos históricos que contam em detalhes e em linguagem poética toda a saga dos afro-americano em busca das conquistas de seus direitos ao longo de três décadas.
“É uma obrigação artística refletir o meu tempo.”
Texto - Joel Paviotti
Texto - Joel Paviotti
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
domingo, 25 de fevereiro de 2018
D. Amélia de Leuchtenberg.
A beleza da segunda Imperatriz do Brasil, a esposa de D. Pedro I, D.
Amélia de Leuchtenberg. Curiosamente, em sua homenagem, D. Pedro criou e
Imperial Ordem da Rosa, cor predileta da nova esposa e cujo lema era
"Amor e Fidelidade"
Dom Hélder Pessoa Câmara (1909-1999)
Dom Hélder Pessoa Câmara (1909-1999) foi um bispo católico, e arcebispo
emérito de Olinda e Recife. Foi um dos fundadores da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil e grande defensor dos direitos humanos
durante o período de ditadura militar. Pregava uma Igreja simples,
voltada para os pobres, e o uso da não-violência. Por sua atuação,
recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, sendo o brasileiro
por mais vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz (quatro indicações).
Leni Riefenstahl,
Leni
Riefenstahl, a cineasta do 3º Reich, diretora do filme "O Triunfo da
Vontade", é fotografada no momento exato do assassinato de 22 civis por
soldados alemães. Polônia, setembro de 1939.
Kim Phúc, a garota da Napalm.
Em 8 de julho de 1972, no vilarejo de Trang Bang, no Vietnã do Sul,
uma imagem em que crianças correm e choram enquanto a fumaça dos
explosivos é vista ao fundo seria eternizada pelo fotógrafo vietnamita
Nick Ut. A foto comoveu o mundo e tornou-se símbolo da Guerra do Vietnã.
'A dor física permanece, mas agora eu me sinto livre' - Kim Phúc
'A dor física permanece, mas agora eu me sinto livre' - Kim Phúc
sábado, 24 de fevereiro de 2018
Uma história de força e determinação:
Laura
Smith, uma 'Quaker' do Canadá casou-se com Charles Haviland Jr em 1825.
Poucos anos depois eles se mudaram para Michigan, no Condado de
Lenawee.
Haviland e outros membros da Comunidade ajudaram Elizabeth Margaret Chandler a organizar uma 'sociedade antiescravagista feminina' de Logan em 1832. Tanto Laura como Elizabeth presenciaram os afro-americanos sendo abusados fisicamente. Essas lembranças causaram muita repulsa.
Cinco anos mais tarde, em 1837, Haviland e seu marido fundaram uma escola para crianças negras e carentes, mais tarde foi conhecido como 'Instituto Raisin'.
A Srª Haviland instruiu as meninas em tarefas domésticas, enquanto o marido e um de seus irmãos, Harvey Smith, ensinou os meninos a realizar trabalho agrícola. Por insistência dos Havilands, a escola estava aberta a todas as crianças, independentemente de raça, credo ou sexo. Foi a primeira escola de integração racial do Michigan.
Em 1838, Harvey Smith vendeu sua fazenda, e os recursos foram utilizados para construir acomodações para cinquenta alunos. Os Havilands expandiram o currículo da escola. Contrataram um graduado da faculdade de Oberlin para servir como diretor. Devido à sua diligência, o Instituto Raisin foi logo reconhecido como uma das melhores escolas do território.
Os Havilands tornaram-se mais envolvidos na luta contra a escravidão, as tensões cresceram na comunidade Quaker. Houve uma divisão entre os chamados "abolicionistas radicais". Os Havilands romperam com os quakers e se juntaram aos metodistas (wesleyanos) que eram contra a escravidão.
Na primavera de 1845, uma epidemia de erisipela matou seis membros da família de Haviland, incluindo seu marido e seu filho mais novo. Aos trinta e seis anos, Haviland se viu uma viúva com sete filhos para sustentar, uma fazenda para cuidar e gerenciar o Instituto Raisin, além de dívidas substanciais para pagar. Devido à falta de fundos, Haviland foi forçada a fechar o Instituto Raisin em 1849.
Apesar de suas perdas pessoais, continuou com o trabalho abolicionista, por volta de 1856, ela tinha levantado fundos suficientes para reabrir o Instituto Raisin.
O Instituto fechou mais uma vez em 1864, depois que a maioria dos integrantes do Instituto Raisin se alistaram para lutar na Guerra Civil Americana.
Durante a sua vida, Laura Haviland não só combateu a escravidão como trabalhou para melhorar as condições de vida dos libertos, ela também se envolveu ativamente em outras causas sociais, defendendo o sufrágio feminino.
Laura Haviland morreu em 20 de abril de 1898 em Grand Rapids, Michigan.
Foto: Laura Simith Haviland mostra os instrumentos de punição dos escravos.
Haviland e outros membros da Comunidade ajudaram Elizabeth Margaret Chandler a organizar uma 'sociedade antiescravagista feminina' de Logan em 1832. Tanto Laura como Elizabeth presenciaram os afro-americanos sendo abusados fisicamente. Essas lembranças causaram muita repulsa.
Cinco anos mais tarde, em 1837, Haviland e seu marido fundaram uma escola para crianças negras e carentes, mais tarde foi conhecido como 'Instituto Raisin'.
A Srª Haviland instruiu as meninas em tarefas domésticas, enquanto o marido e um de seus irmãos, Harvey Smith, ensinou os meninos a realizar trabalho agrícola. Por insistência dos Havilands, a escola estava aberta a todas as crianças, independentemente de raça, credo ou sexo. Foi a primeira escola de integração racial do Michigan.
Em 1838, Harvey Smith vendeu sua fazenda, e os recursos foram utilizados para construir acomodações para cinquenta alunos. Os Havilands expandiram o currículo da escola. Contrataram um graduado da faculdade de Oberlin para servir como diretor. Devido à sua diligência, o Instituto Raisin foi logo reconhecido como uma das melhores escolas do território.
Os Havilands tornaram-se mais envolvidos na luta contra a escravidão, as tensões cresceram na comunidade Quaker. Houve uma divisão entre os chamados "abolicionistas radicais". Os Havilands romperam com os quakers e se juntaram aos metodistas (wesleyanos) que eram contra a escravidão.
Na primavera de 1845, uma epidemia de erisipela matou seis membros da família de Haviland, incluindo seu marido e seu filho mais novo. Aos trinta e seis anos, Haviland se viu uma viúva com sete filhos para sustentar, uma fazenda para cuidar e gerenciar o Instituto Raisin, além de dívidas substanciais para pagar. Devido à falta de fundos, Haviland foi forçada a fechar o Instituto Raisin em 1849.
Apesar de suas perdas pessoais, continuou com o trabalho abolicionista, por volta de 1856, ela tinha levantado fundos suficientes para reabrir o Instituto Raisin.
O Instituto fechou mais uma vez em 1864, depois que a maioria dos integrantes do Instituto Raisin se alistaram para lutar na Guerra Civil Americana.
Durante a sua vida, Laura Haviland não só combateu a escravidão como trabalhou para melhorar as condições de vida dos libertos, ela também se envolveu ativamente em outras causas sociais, defendendo o sufrágio feminino.
Laura Haviland morreu em 20 de abril de 1898 em Grand Rapids, Michigan.
Foto: Laura Simith Haviland mostra os instrumentos de punição dos escravos.
Retrato da rainha Maria Antonieta, sua filha, Maria Teresa, e sua amiga e dama-de-companhia, a princesa de Lamballe.
Retrato da rainha Maria Antonieta, sua filha, Maria Teresa, e sua amiga e
dama-de-companhia, a princesa de Lamballe. A última, seria, como a
rainha, decapitada. Porém, antes disso, ela fora linchada. A princesa
fugiria da França em 1795, e foi a única das quatro crianças da rainha a
sobreviver à maioridade, se casando com um primo, o duque de Angoulême,
mas não tendo filhos.
O Monte Saint-Michel
12 h · O
Monte Saint-Michel é uma ilhota rochosa na foz do Rio Couesnon, na
França. Crê-se que a história da abadia tenha iniciado em 708,
construída em homenagem ao arcanjo São Miguel.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Nostrático: o idioma falado na idade da pedra.
O
linguista dinamarquês Holger Pedersen, no início do século XX (1903),
ao estudar línguas antigas, como o grego e o hebraico, percebeu padrões
semânticos que apontavam para a existência de uma língua ainda mais
pretérita, que havia precedido esses idiomas e que serviu de tronco
linguístico comum a eles. Para esta proto língua, anterior ao grego e o
hebraico, Pedersen deu o nome de "nostrático".
O
fato de diferentes línguas apresentarem um tronco linguístico comum não
é uma novidade. Um exemplo deste fenômeno, que não podemos esquecer, é a
derivação da língua portuguesa, do espanhol e do italiano de um tronco
linguístico comum que foi o latim.
Após
esta descoberta de Holger Pedersen, muitos linguistas se debruçaram
sobre a pesquisa do nostrático. Atualmente, a Universidade de Cambridge,
no Reino Unido, constitui um dos principais centros de estudo deste
idioma pré-histórico. Inclusive, no portal virtual da Cambridge há uma
plataforma de livre acesso para um dicionário de nostrático. (Deixaremos
o link do dicionário ao final deste texto).
A
intensa pesquisa acadêmica demonstrou que o nostrático influenciou um
conjunto bem maior de idiomas pelo globo. Entre eles, podemos citar: as
línguas afro-asiáticas, a dravídica, a elamita, a esquimó, o
indo-europeu, o sumério e a urálica.
Atualmente,
acredita-se que a fase áurea do nostrático se deu no período
mesolítico, que compreendeu às mudanças culturais entre o paleolítico e o
neolítico. Neste contexto, o nostrático foi a forma de expressão típica
de uma fase de intensas mudanças econômicas e sociais. Os grupos
humanos deixavam a economia meramente baseada na caça e na coleta e
iniciavam a importante revolução agrícola. O homem deixava uma vida
nômade para se fixar numa região (passando ao sedentarismo). A
implementação de técnicas agrícolas cada vez mais eficazes levaria à
obtenção de um excedente de produção que propiciou um modo de vida
totalmente inovador, que foi o urbano.
Esse
conjunto de transformações culturais e as possibilidades migratórias
levando grupos a se fixarem em regiões cada vez mais distantes acarretou
na paulatina transformação do nostrático em diversos outros idiomas.
Este é, aliás, um fenômeno muito comum na produção da comunicação
falada. Para se ter uma ideia, nos tempos atuais há cerca de 6.909
línguas com falantes no mundo. A maioria destas línguas deriva por volta
de apenas 35 troncos linguísticos distintos entre si. Certamente, no
período pré-histórico também houve uma grande diversidade de códigos
falados além do citado nostrático.
Ocorre
que a fala é uma característica essencial do ser humano. O homem possui
duas dimensões evolutivas: a biológica e a cultural. Na biológica, como
ocorre com todas as demais espécies animais, a configuração
anotômico-fisiológica foi se transformando através do processo de
seleção natural. Por outro lado, a dimensão cultural é única da espécie
humana. Através da cultura o homem produz respostas às exigências do
meio através da solução de problemas e não mais do puro instinto.
Contudo, o acervo cultural deve ser transmitido de uma geração a outra
através da língua e da fala. Neste sentido, muitos pesquisadores
asseveram que o ser humano não nasce homem, ele se torna homem. É o
convívio social e a transmissão da cultura que humaniza o indivíduo. A
língua constitui o código formal institucionalizado e a fala é a
mensagem enunciada pelos sujeitos da comunicação.
Diversos
estudiosos, notadamente em sede antropológica, aventaram várias
hipóteses para explicar o surgimento da fala entre os humanos. Temos a
teoria onomatopeica da fala que prevê a origem dela através da imitação
de sons, ruídos, gritos, dando-lhes um caráter verbal. A teoria dos
gestos sugere que a fala surge da tentativa de se acompanhar, com a
língua, os gestos realizados com o corpo. Há a teoria da evolução da
cultura material, preconizando que quanto mais sofisticada se tornou a
indústria lítica, mais complexo se tornou o cérebro humano, o que
possibilitou o evento da fala. A teoria musical, proposta pelos
professor Otto Jespersen, imagina que o homem ao aprender a tirar sons
rítmicos dos instrumentos dados pela natureza (pedras, madeiras, etc)
passou a cantarolar acompanhando a melodia.
Outra
tentativa interessante de se explicar a origem da fala é a "teoria da
caça". Nesta concepção, a articulação da fala foi uma necessidade
imposta a partir do exercício da caça de animais de grande porte. Caçar
animais de grande porte era uma tarefa complicada. O homem possui uma
estrutura física frágil perante a maioria dos grandes animais. Por isso,
o êxito da caçada estava numa ação conjunta dos indivíduos em torno de
uma estratégia comum. Para coordenar essa estratégia no campo de caça
foi de importância sine qua non o código sonoro. Pois a comunicação por gestos desviaria a atenção visual que deveria estar focada na presa.
Todas
estas teorias possuem muitas críticas. Contudo, todas elas podem
concorrer, em parte, para a explicação do nascimento da fala.
Estudos
anatômicos realizados em fósseis humanos concluíram que não apenas o
homo sapiens sapiens, mas diversos outros gêneros humanos possuíam a
capacidade para a fala. Muitos daqueles também produziam uma indústria
lítica, possuindo cultura. E sabemos que cultura e linguagem andam
associadas uma à outra. Notadamente, o homem de neandertal apresentava
uma cultura bem desenvolvida. Seus fósseis são achados conjuntamente com
objetos manufaturados. E seus ritos funerários apontam para a presença
da religião e de uma cultura mais complexa. Provavelmente houve um ou
mais idiomas neandertais. O problema é que estes grupos jamais chegaram
ao estágio de invenção da escrita. Somente o homo sapiens sapiens
desenvolveu uma codificação gráfica para representar a língua falada.
Desta forma, não há qualquer vestígio das supostas línguas faladas por
outros hominídios.
Saliente-se
que foi o advento da escrita que foi tomado como critério para dividir a
passagem do homem pelo globo em pré-história e história.
Finalizando,
foram formuladas algumas críticas a respeito do marco da escrita para
separar história e pré-história. Uma delas declara que a história
desprezou 2 milhões de anos, desde o surgimento do homem, para
considerar apenas os últimos 5 mil anos (quando surge a primeira forma
escrita na Suméria). Outra crítica, bem inteligente, é aquela que expõe
que mesmo após a descoberta da escrita, durante quase toda a
antiguidade, idade média e modernidade, apenas uma pequena parte da
população mundial dominava a escrita. Assim, a história escrita é uma
história preponderantemente elitista.
Hospício Nacional dos Alienados, Rio de Janeiro
O
Hospício Nacional dos Alienados, ou também Hospício D. Pedro II, foi
inaugurado em 1852, e sua construção durou de 1842 a 1852. O prédio,
situado na Praia Vermelha, Zona Sul da cidade, abriga atualmente o
Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Dia Internacional do Maçom e sua História
os dias 20, 21 e 22 de fevereiro de 1.994, realizou-se em Washington,
nos Estados Unidos, a Reunião Anual dos Grão-mestres das Grandes Lojas
da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México).
Na ocasião, estiveram presentes como Obediências Coirmãs (Sister Jurisdictions), a Grande Loja Unida da Inglaterra, a Grande Loja Nacional Francesa, a Grande Loja Regular de Portugal, a Grande Loja Regular da Itália, O Grande Oriente da Itália, a Grande Loja Regular da Grécia, a Grande Loja das Filipinas, a Grande Loja do Irã, no exílio; além do Grande Oriente do Brasil, com uma delegação chefiada por seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, que ali estava como observador. Ao encerramento dos trabalhos, o Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Ir .’. Fernando Paes Coelho Teixeira, apresentou uma sugestão encampada pelos Grãos-Mestres de todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos e mais as do México e Canadá, no sentido de fixar o dia 22 de fevereiro como o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM, a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi totalmente aprovado.
E por quê 22 de fevereiro?
Porque foi no dia 22 de fevereiro de 1.732, em Bridges Creek, Na Virginia (EUA), que nasceu GEORGE WASHINGTON, o principal artífice da independência dos Estados Unidos. Nascido pouco depois do início da Maçonaria nos Estados Unidos – o que ocorreu em 23 de abril de 1.730, no estado de Massachussets – Washington foi iniciado a 4 de novembro de 1.752, na “Loja Fredericksburg nº 4”, de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1.753, e exaltado a Mestre em 4 de agosto de 1.754.
Representante da Virginia no 1º Congresso Continental (1.774) e Comandante-geral das forças coloniais (1.775), dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1.776. Ao ser firmada a paz em 1.783, renunciou à chefia do Exército, dedicando-se então aos seus afazeres particulares. Em 1.787, reunia-se, em Filadélfia, a Assembléia Constituinte, para redigir a Constituição Federal e Washington, que era um dos Delegados da Virginia, foi eleito, por unanimidade, para presidi-la. E, depois de aprovada a Constituição, havendo a necessidade de se proceder à eleição de um Presidente, figura nova na política norte-americana, Washington, pelo seu passado, pela sua liderança, e pelo prestígio internacional de que desfrutava, era o candidato lógico e foi eleito por unanimidade, embora desejasse retornar à vida privada e dedicar-se às suas propriedades.
Como Presidente da República norte-americana, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em abril de 1.789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da “Loja Alexandria nº 22”, da qual fora Venerável Mestre em 1.788; em 18 de setembro de 1.783, como Grão-Mestre pro-tempore da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio – o Congresso norte-americano – apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom. Falecido em 14 de dezembro de 1.799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, em sua propriedade de Mount Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da “Loja Alexandria nº 22”, e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma Oficina.
Como se vê, a criação do DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM representou uma homenagem mais do que justa a um grande maçom, além de também ser historicamente pertinente.
O Grande Oriente do Brasil, através do Decreto nº 003, de 10/02/95, do seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, atendeu à recomendação da reunião das mais importantes potências Maçônicas do mundo, e passa a comemorar o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM a 22 de fevereiro, com plenas justificativas maçônicas e históricas.
Fonte: Gerald Koppe Junior
Na ocasião, estiveram presentes como Obediências Coirmãs (Sister Jurisdictions), a Grande Loja Unida da Inglaterra, a Grande Loja Nacional Francesa, a Grande Loja Regular de Portugal, a Grande Loja Regular da Itália, O Grande Oriente da Itália, a Grande Loja Regular da Grécia, a Grande Loja das Filipinas, a Grande Loja do Irã, no exílio; além do Grande Oriente do Brasil, com uma delegação chefiada por seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, que ali estava como observador. Ao encerramento dos trabalhos, o Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Ir .’. Fernando Paes Coelho Teixeira, apresentou uma sugestão encampada pelos Grãos-Mestres de todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos e mais as do México e Canadá, no sentido de fixar o dia 22 de fevereiro como o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM, a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi totalmente aprovado.
E por quê 22 de fevereiro?
Porque foi no dia 22 de fevereiro de 1.732, em Bridges Creek, Na Virginia (EUA), que nasceu GEORGE WASHINGTON, o principal artífice da independência dos Estados Unidos. Nascido pouco depois do início da Maçonaria nos Estados Unidos – o que ocorreu em 23 de abril de 1.730, no estado de Massachussets – Washington foi iniciado a 4 de novembro de 1.752, na “Loja Fredericksburg nº 4”, de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1.753, e exaltado a Mestre em 4 de agosto de 1.754.
Representante da Virginia no 1º Congresso Continental (1.774) e Comandante-geral das forças coloniais (1.775), dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1.776. Ao ser firmada a paz em 1.783, renunciou à chefia do Exército, dedicando-se então aos seus afazeres particulares. Em 1.787, reunia-se, em Filadélfia, a Assembléia Constituinte, para redigir a Constituição Federal e Washington, que era um dos Delegados da Virginia, foi eleito, por unanimidade, para presidi-la. E, depois de aprovada a Constituição, havendo a necessidade de se proceder à eleição de um Presidente, figura nova na política norte-americana, Washington, pelo seu passado, pela sua liderança, e pelo prestígio internacional de que desfrutava, era o candidato lógico e foi eleito por unanimidade, embora desejasse retornar à vida privada e dedicar-se às suas propriedades.
Como Presidente da República norte-americana, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em abril de 1.789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da “Loja Alexandria nº 22”, da qual fora Venerável Mestre em 1.788; em 18 de setembro de 1.783, como Grão-Mestre pro-tempore da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio – o Congresso norte-americano – apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom. Falecido em 14 de dezembro de 1.799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, em sua propriedade de Mount Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da “Loja Alexandria nº 22”, e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma Oficina.
Como se vê, a criação do DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM representou uma homenagem mais do que justa a um grande maçom, além de também ser historicamente pertinente.
O Grande Oriente do Brasil, através do Decreto nº 003, de 10/02/95, do seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, atendeu à recomendação da reunião das mais importantes potências Maçônicas do mundo, e passa a comemorar o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM a 22 de fevereiro, com plenas justificativas maçônicas e históricas.
Fonte: Gerald Koppe Junior
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
A História da educadora Dorina Nowill, a mulher que dedicou a vida à educação para pessoas cegas.
Dorina Nowill nasceu na cidade de São Paulo, em 1919. Filha da
classe médica paulistana ficou cega aos 17 anos de idade em virtude de
uma hemorragia decorrente de uma infecção ocular. Mesmo sem a visão
conseguiu ingressar e se formar no Magistério. Militante do ensino para
cegos, conseguiu a base de de muita negociação com os dirigentes da
Escola, convencer a instituição a instalar
o primeiro curso de formação de especialistas em ensino para cegos do
país, curso em que foi primeira formanda e professora.Naquela época
livros e materiais em braille eram raríssimos no Brasil, para se
especializar e realizar o sonho de incluir cegos na educação formal,
Dorina conseguiu uma bolsa na Universidade de Columbia, nos Estados
Unidos, paga pelo próprio governo Americano.
De volta ao Brasil, Dorina se concentrou na criação da primeira imprensa para cegos do país: A Fundação Dorina Nowill, que passou a editar livros, materiais didáticos e obras clássicas da literatura mundial em braille ou em audiobook, além de oferecer cursos de especialização em educação para cegos para professores e crianças deficientes visuais.
A educadora também se voltou à regulamentação da educação para cegos. Na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, ela foi a responsável pela criação do Departamento de Educação Especial para Cegos e em 1961, graças a seu empenho, o direito à educação ao cego virou lei. Nessa mesma época, entre 1961 a 1973, ela dirigiu em Brasília o primeiro órgão nacional de educação de cegos no Brasil, criado pelo Ministério da Educação, bem como realizou programas e projetos que implantaram serviços para cegos em diversos estados da nação, além de eventos e campanhas para a prevenção da cegueira.
Em 1981, Ano Internacional da Pessoa Deficiente, Dorina foi convidada e discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas como representante brasileira, sua fala versou sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência para atingir uma educação mais igualitária, foi aplaudida de pé por mais de 150 representantes de diversos países.
O trabalho de Dorina não se ateve apenas a educação, sua fundação e suas pesquisas contribuíram para desenvolvimento de técnicas e métodos de reabilitação, treinamento e profissionalização de pessoas que possuíam visão mas ficaram cegas após fatalidades como acidentes e doenças.
Dorina Nowill faleceu aos 91 anos, vitima de uma parada cardíaca. A fundação que leva seu nome ainda hoje é a maior editora de material em braille do Brasil e uma dos maiores e mais respeitados centros de educação para cegos no mundo.
No final da vida, a educadora costumava colocar em seus discursos a seguinte frase:
De volta ao Brasil, Dorina se concentrou na criação da primeira imprensa para cegos do país: A Fundação Dorina Nowill, que passou a editar livros, materiais didáticos e obras clássicas da literatura mundial em braille ou em audiobook, além de oferecer cursos de especialização em educação para cegos para professores e crianças deficientes visuais.
A educadora também se voltou à regulamentação da educação para cegos. Na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, ela foi a responsável pela criação do Departamento de Educação Especial para Cegos e em 1961, graças a seu empenho, o direito à educação ao cego virou lei. Nessa mesma época, entre 1961 a 1973, ela dirigiu em Brasília o primeiro órgão nacional de educação de cegos no Brasil, criado pelo Ministério da Educação, bem como realizou programas e projetos que implantaram serviços para cegos em diversos estados da nação, além de eventos e campanhas para a prevenção da cegueira.
Em 1981, Ano Internacional da Pessoa Deficiente, Dorina foi convidada e discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas como representante brasileira, sua fala versou sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência para atingir uma educação mais igualitária, foi aplaudida de pé por mais de 150 representantes de diversos países.
O trabalho de Dorina não se ateve apenas a educação, sua fundação e suas pesquisas contribuíram para desenvolvimento de técnicas e métodos de reabilitação, treinamento e profissionalização de pessoas que possuíam visão mas ficaram cegas após fatalidades como acidentes e doenças.
Dorina Nowill faleceu aos 91 anos, vitima de uma parada cardíaca. A fundação que leva seu nome ainda hoje é a maior editora de material em braille do Brasil e uma dos maiores e mais respeitados centros de educação para cegos no mundo.
No final da vida, a educadora costumava colocar em seus discursos a seguinte frase:
“O bem estar de todos os membros da sociedade, sem exceções, é o que faz de um país um povo civilizado”
Referência: site Fundação Dorina Nowill/ acessibilidade Brasil/ wikipédia
Referência: site Fundação Dorina Nowill/ acessibilidade Brasil/ wikipédia
A interessante história de Marechal Cândido Rondon
Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon,
foi um militar e sertanista brasileiro, reconhecido mundialmente como um
dos exploradores mais influentes da história. Nascido em Santo Antônio
de Leverger, Mato Grosso, era descendente de indígenas, ficou órfão
muito novo e passou a morar com um tio. Durante a juventude se
transferiu para o Rio de Janeiro onde ingressou na Escola Militar da
cidade, ainda estudante, participou do
Movimento Abolicionista e Republicano ao lado de outros militares
veteranos da Guerra do Paraguai. Com o destaque nos estudos, Rondon
nomeado como chefe da construção e expansão de linhas telegráficas em
Mato Grosso, sua missão era chefiar grupos de exploradores para, a
partir do contato com Indígenas, avançar em território da floresta
amazônica, pouco explorado até então. Rondon cumpriu essa missão abrindo
caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo
mapeamentos dos terrenos e principalmente estabelecendo relações
cordiais com os índios.Manteve contato com muitas tribos , entre elas os
Bororo, Nhambiquara, Urupá, Jaru, Karipuna, Ariquemes, Boca Negra,
Pacaás Novo, Macuporé, Guaraya, Macurape. Os homens chefiados por Rondon
eram proibidos de entrar em confronto com as tribos indígenas, os
contatos deveriam sempre obedecer o pacifismo.
Em poucos anos o Brasil criou uma rede telegráfica significativa. Munido da experiência no desbravamento das terras mato-grossenses, Rondon chefiou expedições de vários países pela floresta Amazônica, com o objetivo de encontrar plantas medicinais e catalogar parte da fauna e flora da gigantesca floresta, uma quantidade significativa de fármacos foram desenvolvidos a partir do trabalho de Rondon. Em uma dessas expedições o explorador foi ferido por uma flecha indigena envenenada. O atirador foi localizado, mas Rondon, antes de desmaiar impediu que fosse realizada vingança, pois sua política de pacifismo em relação aos indígenas impedia a retaliação. Foi o mais importante registrador de etnias indígenas do Brasil. Para facilitar o contato com os índios, Rondon e sua equipe se utilizavam de presentes, entregues a eles durante os primeiros encontros. Ele falava várias línguas indígenas, mas em sua equipe encontravam-se outros tradutores. Os contatos eram objeto de relatórios, registrando assim as novas etnias identificadas. Foi o principal idealizador e apoiador da criação do SPI(Serviço de Proteção ao Índio). Com uma vida cheia de feitos impressionantes, Marechal Cândido Rondon é considerado um dos brasileiros mais ilustres da história do país, Em 1957, foi indicado para o prêmio Nobel da Paz, pelo Explorers Club, de Nova Iorque. Morreu um ano depois aos 92 anos.
Em poucos anos o Brasil criou uma rede telegráfica significativa. Munido da experiência no desbravamento das terras mato-grossenses, Rondon chefiou expedições de vários países pela floresta Amazônica, com o objetivo de encontrar plantas medicinais e catalogar parte da fauna e flora da gigantesca floresta, uma quantidade significativa de fármacos foram desenvolvidos a partir do trabalho de Rondon. Em uma dessas expedições o explorador foi ferido por uma flecha indigena envenenada. O atirador foi localizado, mas Rondon, antes de desmaiar impediu que fosse realizada vingança, pois sua política de pacifismo em relação aos indígenas impedia a retaliação. Foi o mais importante registrador de etnias indígenas do Brasil. Para facilitar o contato com os índios, Rondon e sua equipe se utilizavam de presentes, entregues a eles durante os primeiros encontros. Ele falava várias línguas indígenas, mas em sua equipe encontravam-se outros tradutores. Os contatos eram objeto de relatórios, registrando assim as novas etnias identificadas. Foi o principal idealizador e apoiador da criação do SPI(Serviço de Proteção ao Índio). Com uma vida cheia de feitos impressionantes, Marechal Cândido Rondon é considerado um dos brasileiros mais ilustres da história do país, Em 1957, foi indicado para o prêmio Nobel da Paz, pelo Explorers Club, de Nova Iorque. Morreu um ano depois aos 92 anos.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Fortes marés podem ter fomentado a evolução de membros nos peixes, o primeiro passo para o surgimento do ser humano na Terra
Cientistas anunciaram uma nova hipótese esta semana, a qual coloca as
marés como as responsáveis por terem engatilhado a transição
peixe-tetrápode, a qual culminou na origem dos primeiros vertebrados
terrestres. Para entender o assunto, acesse a matéria abaixo.
Sambista Bezerra da Silva nas ruas do Rio de Janeiro.
O cantor ficou famoso por interpretar canções de sucesso, sambas que
entraram para a história da música brasileira, geralmente compostos por
amigos da comunidade onde morava.
Os principais temas de suas canções foram a vida do povo e os problemas da sociedade e das favelas, como a exploração e a opressão sofridas pelos trabalhadores, a malandragem e ladrões à margem da lei, a questão do uso de drogas como a maconha e a condenação à caguetagem (delação de companheiros).
Os principais temas de suas canções foram a vida do povo e os problemas da sociedade e das favelas, como a exploração e a opressão sofridas pelos trabalhadores, a malandragem e ladrões à margem da lei, a questão do uso de drogas como a maconha e a condenação à caguetagem (delação de companheiros).
domingo, 18 de fevereiro de 2018
A leoa de Guennol é uma estatueta mesopotâmica, elamita, representando uma leoa-mulher musculosa. Feita de pedra calcárea, ela mede um pouco mais de 8 cm de altura.
A leoa de Guennol é uma estatueta mesopotâmica, elamita, representando
uma leoa-mulher musculosa. Feita de pedra calcárea, ela mede um pouco
mais de 8 cm de altura. Foi criada por volta de 3000-2800 a.C.,
aproximadamente na mesma época do primeiro uso (conhecido) da roda, do
desenvolvimento da escrita cuneiforme e do surgimento das primeiras
cidades. Foi encontrada perto de Bagdá, no Iraque. Em dezembro de 2007, a
estatueta foi vendida na casa de leilões da Sotheby’s por US$ 57,2
milhões para um colecionador particular cujo apelido é Guennol, daí o
nome Leoa de Guennol.
sábado, 17 de fevereiro de 2018
Quem foi Giordano Bruno, o místico 'visionário' queimado na fogueira há 418 anos
Há 418 anos, em 17 de fevereiro de 1600, centenas de pessoas lotaram o
Campo dei Fiori (Campo das Flores) para assistir à morte na fogueira de
Giordano Bruno, por ordem da Santa Inquisição. No livro As Sete Maiores
Descobertas Científicas da História, os irmãos David Eliot e Arnold
Brody contam que a história desse desfecho trágico, mas mais ou menos
previsível para a época, começou a ser escrita em 1575, quando Bruno leu
textos proibidos do filósofo holandês Desidério Erasmo (1466-1536), o
que lhe valeu o primeiro processo de excomunhão.
Uma das poucas fotografias de uma sessão do STF Estadunidense, tirada nos anos 30, por um jovem ousado que conseguiu esconder a câmera em sua mala.
Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos, é proibido filmar ou fotografar sessões da mais alta corte de Justiça do país.
A restrição, além de ser uma tradição, garante o anonimato das decisões e traz mais liberdade aos magistrados no momento da aplicação das leis, evitando influências externas e um cenário de Reality Show. Além de manter os juízes em uma posição de maior simplicidade, diminuindo a imagem de poder que as fotografias criam.
A restrição, além de ser uma tradição, garante o anonimato das decisões e traz mais liberdade aos magistrados no momento da aplicação das leis, evitando influências externas e um cenário de Reality Show. Além de manter os juízes em uma posição de maior simplicidade, diminuindo a imagem de poder que as fotografias criam.
Huey Newton, a história do verdadeiro Pantera Negra.
Huey Percy Newton, nasceu em Oakland, Califórnia, em 1942. Desde muito
novo observava a truculência da policia no tratamento com
Afro-Americanos, durante a adolescência sofreu violência policial várias
vezes. Ao completar a maioridade se aproximou das ideias de Malcolm X, e
iniciou militância no movimento negro, onde conheceu e desenvolveu
amizade com Bob Seale. Os amigos, munidos do mesmo sentimento de
indignação frente ao racismo, formaram o famoso Partido dos Panteras
Negras. A principio, a ideia de Huey e seale era conscientizar os negros
americanos sobre seus direitos, Newton conhecia o código penal e a
constituição americana como ninguém, munido de conhecimento legal,
passou a organizar reuniões em diversos bairros e cidades da Califórnia,
nesses encontros lecionou curso para Afro-americanos, que mais tarde
contribuiria para a formação de patrulhas negras que vigiavam o trabalho
policial evitando o abuso de autoridade e as práticas racistas tão
comuns na época. Nomeado como Ministro da Defesa do Partido dos Panteras
Negras, Huey fez uma revolução no sistema de autodefesa contra o
racismo, iniciando um programa de conscientização e incentivo ao uso de
armas pelos afro-americanos como direito à resistência. No inicio dos
anos 70, parcela significativa da população negra americana se armou e
enfrentou legalmente toda forma de abuso policial e institucional. A
frente dos Panteras Negras Newton formou-se PHD em filosofia pela
Universidade da Califórnia e foi o principal responsável pela
implantação do primeiro curso de História Afro-americana em uma
universidade Estadunidense. Outros feitos importantíssimos realizados
pelo "Pantera Negra" foi a implantação de práticas de assistência
social. O Partido dos Black Panters passou, com a liderança de Huey, a
distribuir café da manhã para crianças negras carentes, compras básicas
como leite, ovos e frutas para famílias afro-americanas pobres que
ocupavam os guetos de toda a Califórnia. Junto com Bob Seale e a cúpula
do partido, Newton abriu escolas informais para alfabetização de
crianças, adolescentes e adultos, em meio ao processo de ensino, os
alunos também recebiam ensinamentos sobre a história africana e estética
negra, fatores imprescindíveis para o reforço e formação do orgulho
negro, que mais tarde desencadearia o movimento Black Power.
O jeito aguerrido e feroz com o qual Newton desafiava o sistema político americano trouxe muitas consequências, uma delas foi a inimizade mortal com o FBI. A instituição tentou de todas as formas acabar com o partido dos Panteras Negras e seus líderes(fatos comprovados por documentos oficiais), o próprio Huey foi indiciado pela justiça duas vezes. A primeira por um tiroteio com as forças policiais, onde um dos policiais foi morto e a segunda detenção por uma acusação de estupro, da qual foi inocentado pela própria vítima e pela inexistência de provas. Perseguido por duas décadas pela política e sistema policial americano, Newton precisou se exilar e fugir da Califórnia por várias vezes, mas sempre se manteve líder do Partido dos Panteras Negras e sua vida virou símbolo de luta e resistência negra contra o racismo institucional americano. Ao longo dos anos 80 e 90 foi lembrado em musicas por rappers famosos como, Tupac Shakur e Notorious BIG e entrou para a cultura pop norte-americana como figura emblemática da história do país.
Em 22 de agosto de 1989, Huey Newton foi assassinado a tiros em Oakland, Califórnia. As investigações, inconclusivas, apontavam como assassino um traficante de 25 anos, que, segundo investigações, não recebera o que devia de Newton. A versão policial, contestada pelo movimento negro e pela justiça americana, nunca chegou a ser concluída como verdadeira. O fato é que Newton foi morto, mas saiu da vida para entrar na história. Seus feitos são lembrados até hoje e o punho fechado levantado, símbolo dos direitos humanos que Huey ajudou a popularizar entre a população negra, ainda causa arrepio entre racistas de todo o mundo.
O jeito aguerrido e feroz com o qual Newton desafiava o sistema político americano trouxe muitas consequências, uma delas foi a inimizade mortal com o FBI. A instituição tentou de todas as formas acabar com o partido dos Panteras Negras e seus líderes(fatos comprovados por documentos oficiais), o próprio Huey foi indiciado pela justiça duas vezes. A primeira por um tiroteio com as forças policiais, onde um dos policiais foi morto e a segunda detenção por uma acusação de estupro, da qual foi inocentado pela própria vítima e pela inexistência de provas. Perseguido por duas décadas pela política e sistema policial americano, Newton precisou se exilar e fugir da Califórnia por várias vezes, mas sempre se manteve líder do Partido dos Panteras Negras e sua vida virou símbolo de luta e resistência negra contra o racismo institucional americano. Ao longo dos anos 80 e 90 foi lembrado em musicas por rappers famosos como, Tupac Shakur e Notorious BIG e entrou para a cultura pop norte-americana como figura emblemática da história do país.
Em 22 de agosto de 1989, Huey Newton foi assassinado a tiros em Oakland, Califórnia. As investigações, inconclusivas, apontavam como assassino um traficante de 25 anos, que, segundo investigações, não recebera o que devia de Newton. A versão policial, contestada pelo movimento negro e pela justiça americana, nunca chegou a ser concluída como verdadeira. O fato é que Newton foi morto, mas saiu da vida para entrar na história. Seus feitos são lembrados até hoje e o punho fechado levantado, símbolo dos direitos humanos que Huey ajudou a popularizar entre a população negra, ainda causa arrepio entre racistas de todo o mundo.
Garoto em frente à uma estátua caída de Lênin, na Etiópia, em 1991.
A Etiópia - país no leste da África - experimentou um regime
Socialista oficial de 1984 até 1991, após a ascensão de um violento
movimento de derrubada do antigo governo (regido por um Imperador),
incluindo a morte de dezenas de milhares de pessoas e um sangrento
conflito com a Somália (onde houve um auxílio militar da URSS contra os
Somalianos). De 1987 até 1991, o país ficou oficialmente conhecido como
República Democrática do Povo da
Etiópia, nome estabelecido pelo governo Comunista de Mengistu Haile
Mariam e pelo altamente centralizado Partido dos Trabalhadores da
Etiópia.
Com o fim do suporte dado pelos Soviéticos na década de 1980, as duradouras consequências de uma crise de fome na década de 1970 - além de pesadas crises econômicas e de secas prolongadas - e uma tendência democrática se espalhando pela África, o governo Comunista no país resolveu abandonar o monopólio de poder em 1990, abraçando uma economia mista. Mas isso não adiantou, e o governo colapsou em 1991, sob a tomada de poder dos rebeldes em 28 de Maio do mesmo ano.
Com o fim do suporte dado pelos Soviéticos na década de 1980, as duradouras consequências de uma crise de fome na década de 1970 - além de pesadas crises econômicas e de secas prolongadas - e uma tendência democrática se espalhando pela África, o governo Comunista no país resolveu abandonar o monopólio de poder em 1990, abraçando uma economia mista. Mas isso não adiantou, e o governo colapsou em 1991, sob a tomada de poder dos rebeldes em 28 de Maio do mesmo ano.
Mobral - Movimento Brasileiro de Alfabetização.
Placa do Mobral - Movimento Brasileiro de Alfabetização - em Andradina
(SP), no ano de 1972. Criado durante a ditadura militar para tentar
acabar com o analfabetismo entre jovens e adultos no País, o programa
que durou 15 anos não atingiu seus objetivos.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Algumas da cédulas de Réis, que circulavam no Brasil durante o Império, no fim do século XIX, com a efigie do Imperador D. Pedro II.
Algumas da cédulas de Réis, que circulavam no Brasil durante o
Império, no fim do século XIX, com a efigie do Imperador D. Pedro II.
No livro 1808, Laurentino Gomes faz uma conversão de réis em Real, baseando-se em outros autores, que se empenharam para torná-la o mais próxima do valor atual, levando em consideração os valores da inflação. Cabe lembrar que a conversão, mesmo próxima, não é exata. O valor aproximado é o seguinte:
1 Real (Réis) - R$ 0,123
1 Mirréis (Mil Réis) - R$ 123,00
1 Conto de Réis (Mil mirréis) - R$ 123.000,00
900 Contos de Réis - R$ 110.700.000,00
No livro 1808, Laurentino Gomes faz uma conversão de réis em Real, baseando-se em outros autores, que se empenharam para torná-la o mais próxima do valor atual, levando em consideração os valores da inflação. Cabe lembrar que a conversão, mesmo próxima, não é exata. O valor aproximado é o seguinte:
1 Real (Réis) - R$ 0,123
1 Mirréis (Mil Réis) - R$ 123,00
1 Conto de Réis (Mil mirréis) - R$ 123.000,00
900 Contos de Réis - R$ 110.700.000,00
Em 1846, uma saca de café era comprada por 12$000 réis e um escravo
valia 350$000 réis, os escravos com habilidades (carpinteiro,
fundidor¸maquinista, etc) valiam 715$000 reis.
Em 1854, a receita total do Império foi de 35.000 contos de réis.
Entre 1856 e 1862, em Vassouras, 1 conto de réis (1:000$000=1 milhão de réis) comprava 1 escravo.
Em 1860, 1 conto de réis (1:000$000= 1 milhão de réis) comprava 1 kg. de ouro.
Em 1854, a receita total do Império foi de 35.000 contos de réis.
Entre 1856 e 1862, em Vassouras, 1 conto de réis (1:000$000=1 milhão de réis) comprava 1 escravo.
Em 1860, 1 conto de réis (1:000$000= 1 milhão de réis) comprava 1 kg. de ouro.